"Se você está deprimido, está vivendo no passado...se você está ansioso, está vivendo no futuro...se você está em paz, está vivendo no presente." (Lao Tzu)
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"Quando eu fui ferido, vi tudo mudar. Das verdades que eu sabia, só sobraram restos que eu não esqueci...toda aquela paz que eu tinha.Eu que tinha tudo hoje estou mudo...estou mudado à meia-noite, à meia luz, pensando! Daria tudo, por um modo de esquecer..."("Meu mundo e nada mais."-Guilherme Arantes)
Davi deu um soco no rádio do carro e interrompeu aquela música que parecia ser a trilha sonora da sua vida despedaçada!
Precisava do colo da mãe Iolanda...precisava dos ouvidos carinhosos de Arlete...precisava do "seu mundo e nada mais...daria tudo por um modo de esquecer" aquele encontro monstruoso com Carla!
Maldita hora que Arlete e Iolanda aceitaram viajar com aquela criatura dos diabos de nome Alessia...será que ela estava fazendo a cabeça das duas contra ele? Era bem possível!
Deu um murro no volante e lembrou-se tarde demais que a mão estava ferida do murro que dera na cabeceira da cama do motel...e que Arlete não estaria em casa pra lhe preparar água morna com sal grosso e vinagre de maçã para melhorar a dor! E se houvesse um ou dois dedos quebrados naquela mão dolorida?
Ainda não acreditava que elas haviam abandonado ele daquela forma...nunca se ausentavam as duas...na falta de Arlete, corria até a mãe e Iolanda o socorria! Precisava de uma delas naquele momento trágico...precisava das duas!
Chegou em casa nervoso, pois a chuva o pegou no caminho e logo se formou uma lama espessa que atrasou seu retorno...fez o caminho de vota no dobro do tempo!
Tudo estava contra ele...a mãe...a amiga Arlete...o tempo chuvoso...a mão que doía...o pau que parecia encolhido debaixo das dobras da calça jeans como se temesse que ele o arrancasse e jogasse fora por sua incompetência!
Talvez não devesse ter voltado pra casa...talvez devesse ter ido a algum bar...tentado convencer algum comerciante a vender pra ele fiado...poderia ter feito isso se não suspeitasse que a impotência catastrófica pudesse ser culpa do álcool! E se ele nunca mais tivesse uma ereção?
Não...não era possível...parou o carro bruscamente. Não podia acreditar naquilo! Tinha apenas 35 anos...não podia se conformar em ficar daquele jeito...não depois de tanto esforço de Carla que o chupara bravamente por todo aquele tempo, mesmo ele ainda estando murcho...ela já estava espalhando a notícia pra cidade toda... aquilo seria o seu fim! Talvez ela pedisse a Júlio, o homem que fazia o jornal local e que tinha uma queda por ela, pra publicar na capa do jornal do outro dia...ou preferissem fazer um outdoor: DAVI PEDRO BROCHOU!
Retirou o membro pra fora quase não percebendo a sensibilidade da pele com pele. Pareceu sentir que ele estava meio dormente...será que teria uma gangrena? Quantos homens mesmo amputavam o pênis todos os anos devido a DSTs(Doenças Sexualmente Transmissíveis)? Ele tinha lido em algum lugar...ele entraria para as estatísticas?
Não...não era doença coisa nenhuma...era Carla a culpada!
Era isso...ela não estava tão gostosa quando das outras vezes...aquele corte de cabelos não lhe caíra bem, era isso...e ainda tinha o cheiro de gordura nos cabelos, pois ela viera direto do trabalho.
Começou a se masturbar esperançoso...A mão não teve sucesso daquela vez...não gerou prazer, senão dor...dor na alma devido à decepção... agonia...desespero!
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MATÉRIA BRUTA- Armando Scoth Lee-romance gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS: contém sexo explícito e linguagem chula! Um agricultor tem um estranho sonho no Brasil: num ritual erótico, um homem misterioso cobre o corpo do agricultor com tinta azul! Enquanto isso, um artista italiano re...