21.a kingdom of ash and snow

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Jihyo tentou acompanhar os passos largos de Mina, mas ela simplesmente não podia forçar as pernas cansadas e tremulas mais rápido. Exaustão e as botas muito grandes a deixavam desajeitada. Ela tropeçou e teria caído sobre os escombros irregulares se Mina não tivesse virado e habilmente a pegado. Ela a pegou em seus braços e levou-a.

Elas encontraram mais sobreviventes quanto mais se aproximavam do centro da cidade. A cidade parecia o cenário de um filme de apocalipse zumbi, salpicado de maltrapilhos, pessoas ensanguentadas cobertas de poeira que deixava a pele deles cinza, suas expressões em branco com choque ou cabisbaixo com tristeza. Todos estavam atordoados, alguns vagando em círculos como se pensassem que se encontrassem o ponto certo, eles poderiam voltar por algum tipo de fenda dimensional e encontrar o seu mundo certo novamente, do outro lado. Outros viram Jihyo e correram até ela, cheios de perguntas sobre o ataque, questões que Jihyo não podia responder. Eles caminharam atrás de Mina e Jihyo, e Jihyo sentiu como o Flautista do Apocalipse.

Elas encontraram um pequeno grupo de pessoas, cavando com urgência através dos escombros. "Mina, me coloque no chão", Jihyo disse e correu para ajudar. Havia um pequeno espaço vazio abaixo dos escombros, o que provavelmente tinha sido um porão. O rosto aterrorizado de uma jovem brilhava na escuridão. "Por favor, depressa!" gritou ela, segurando seu bebê apertado contra o peito e olhando ansiosamente a água que aumentava rapidamente em torno dela a partir de um buraco. "Eu não sei nadar", ela falou. Não que ela fosse ser capaz de fazê-lo com um bebê nos braços, Jihyo pensou severamente.

Foi um processo lento. Os pedaços de escombros sobre o porão eram enormes. Eles lutaram para limpar até mesmo um pequeno buraco do tamanho de uma pessoa. Um dos homens deitou-se sobre seu estômago e esticou os braços no buraco. A mulher pulou, esticando os braços tão alto quanto podia, mas não chegou nem perto de pegar a mão dele.

"Me abaixem." Jihyo ordenou, entregando a criança que ela segurava para outra mulher e colocando seu cobertor de lado. "Segurem em meus tornozelos."

"Não, Jihyo," Mina disse.

"Mina, eu sou a única pessoa pequena o suficiente para caber."

"Jihyo, Sana vai me bater se eu permitir que você se arrisque."

"Não é perigoso", Jihyo argumentou. "Eu vou ficar bem."

Sua cauda balançava na indecisão.

Jihyo bateu o pé infantilmente. "Eu sou a Imperatriz. O que eu digo vai acontecer!" Ela deitou-se e foi se torcendo através do buraco antes que ela pudesse argumentar mais. Mina pegou um de seus tornozelos e outro homem pegou o outro e eles lentamente baixaram Jihyo para a mulher apavorada. O cabelo de Jihyo ficou pendurado em torno de seu rosto, cegando-a. Ela prendeu o melhor que podia e amarrou-o com um nó atrás do pescoço, colocando a ponta dele nas costas da túnica.

Quase... Quase... Jihyo estendeu os braços. "Dê-me o bebê", disse ela. A mulher entregou-o, apesar de seus gritos de protesto. Era como tentar segurar um gatinho zangado. O bebê aterrorizado se contorcia, arranhando e mordendo o estranho levando-o de sua mãe.

"Me puxem!" Jihyo chamou.

"Não!" a mulher fez um movimento desesperado e agarrou o braço de Jihyo. "Não me deixe aqui!"

"Eu não vou, eu prometo", disse Jihyo. "Eu vou voltar. Me deixe ir, está bem?"

A mulher ainda se agarrou a ela, o medo dominando a lógica.

"Ouça-me. Qual é o seu nome?"

"B-Bree," ela chorou.

"Bree, eu sou uma imperatriz," Jihyo disse. "Imperatrizes não podem quebrar suas promessas."

written in the stars • SAHYOOnde histórias criam vida. Descubra agora