Réquiem I (poema)

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Velas extintas que lacrimejaram cera sobre o túmulo

Trarão verdades mais agradáveis que as ali omitidas

São realidades seladas, de trilhares enterrados, não vividas

Jazendo em perene réquiem de reflexões ante o cúmulo


A presença que se finda é uma face, uma das pétalas caídas

O autêntico luto está na jamais partilhada vontade

Com o entendimento nunca atingido, nem a intimidade

Que dariam voz às esperanças em segredo prometidas


Detinha o elixir dos sonhos e da inspiração com naturalidade

Habitando nas sombras para vislumbrar a luminescência

Mesmo com tanta flama, findaram sem justiça a tua inocência

E a indiferença dos horrores agiu, tal fosse uma banalidade


Cativara a estima de tantos, pois era bela em essência

Não será perdida, pois o conforto parece inexistente

Amargura vem das palavras em si, em tonalidade poente

Pois aquela que é lembrada nunca as terá ciência

RandômicosOnde histórias criam vida. Descubra agora