O Babaca Do Meu Vizinho

capítulo 1

Olá você, meu nome é Lyana mas pode me chamar de Lya, tenho 17 anos e sou uma menina normal, um pouco acima do peso, cabelos longos como cascatas pretas nas minhas costas e olhos castanhos claros. Minha vida parece, para outros, "perfeita" o que nem ferrando é.
Minha mãe, dona Luísa como chamam, quase nunca ta em casa. Meu pai, Luan, trabalha no mesmo lugar que ela, então só vejos os dois quando vou dormir e quando acordo. Mesmo morando no mesmo lugar, só vejo eles direito nos fins de semana, e meu irmão Gabriel, nada ciumento, sempre vai no campo jogar bola, já a minha pessoa, passo o dia trancada nesse apartamento, as vezes vou na piscina com minha melhor amiga/vizinha Bia, que é apaixonada pelo meu irmão. Basicamente não tenho uma vida muito social, mas sou feliz assim.
Hoje Bia teve que sair com os pais, e eu desci sozinha pra ler um livro, chegando lá, sentei naquelas espreguiçadeiras e comecei a ler. A piscina estava vazia, como era uma quarta-feira a tarde não achei nada estranho, a paz e o silêncio reinava naquele lugar. Mas isso durou pouco, pois dois garotos de mais ou menos 17 ou 18 anos, chegam e a paz acabou totalmente. Eles pulam na piscina a ponto de quase me molhar, a raiva me dominou, mas não fiz nada. Eles começaram a jogar bola até que um infeliz jogou a bola em mim.

- Oi, desculpa pela bola - disse pegando bola. Como eu já estava morrendo de raiva, tentei não ser grossa, estava com raiva deles desde que acabaram com a minha paz
- De boas - disse sem olhar para ele, evitando de meu ódio aumentar.

- Nunca te vi por aqui, você mora no prédio? - falou tentando puxar assunto.

"Tu é cego babaca? Eu passo por tu todo dia infeliz" pensei, queria muito falar, mas guardei pra mim, vai que ele é uma pessoa legal não é mesmo?

- Sim! - disse olhando finalmente para ele. E pqp (puxa que perfeito), ele tinha um corpo que Meu Deus! Olhos negros, não dava para a sua íris de tão escuros que eram, que iam em contraste com a sua pele clara, ele tinha um tórax prefeito, cheio de gominhos lindos, vontade de passar a língua em cada um dos seis, pera SÃO OITO, Meu Pai, eu morri e estou no céu?

- Como eu não te vi? Um ser gostoso desse? Não tem como uma gostosa dessa ter passado despercebido por mim - disse com um tom malicioso na voz, babaca.

- Vai se ferrar, seu babaca - disse me levantando e indo para casa, minha tarde de leitura na piscina foi arruinada por esse babaca, espero nunca mais o ver.

***[...]***

Já faz umas semanas que eu me encontrei na piscina com aquele babaca, mas eu não conseguia esquecer dele, não do babaca que ele é, e sim daquele corpo divino. Eu e Bia fomos convidadas fomos para uma festa no prédio ao lado. Uma festa nada calma, daquelas que começa de 22:00 e só acaba lá pras 06:00, tinha de tudo bebidas, drogas e sexo. Eu e a Bia, como eramos as mais novas, eramos consideradas as mais "santinhas" de lá. Estava tudo indo bem, a gente dançou demais. Bia ficou levemente bêbada, mas quando nós fomos descansar um pouco, nos deparamos com o garoto da piscina se aproximando de nós, Bia sabia da história, contei pra ela como ele era um gostoso de um babaca.

-E ai gostosas, ei cara olha ai de novo a amante de livros, -falou isso com ar de deboche- desculpe não me apresentei direito, meu nome é Felipe, mas pode me chamar de amor da sua vida -disse pegando a minha mão. Como estamos levemente bêbadas, eu e a Bia começamos a rir e ele deu um sorriso de canto de boca.

-meu nome é Lyana mas pode me chamar de Lya, e essa é minha amiga Bia -disse soltando a sua mão e apresentando a mim e a minha amiga.

-vocês estão lindas hoje -disse o menino ao seu lado.

- nós sabemos, mas obrigada -disse a Bia já se afastando.
Um pouco distante deles ela começou a falar:

- Cara, tu tá irritada com ele, eu sei, mas poxa, ele é um gostoso babaca, admita - disse saindo do apartamento.

- Nunca disse que era feio, só que era babaca, e eu nunca pegaria ele -disse tentando soar o mais verdadeira possível, mas como era a Bia, é claro que ela sabia que era mentira, mas ela finge acreditar em mim.

- Sei Lyana, sei -disse ignorando o meu jeito de falar, obrigada.