Prólogo

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Marcella chega em casa depois do trabalho. Mas antes de subir os degraus que a levariam até a sua casa, resolve ir até a cozinha da Cantina falar com seu pai e logo depois iria até o escritório dar um beijinho na mãe.

 A família Colluci possui uma cantina, a Cantina Colluci. Seu pai, Armando Colluci, um italiano que se aventurou pelo mundo quando jovem e em Buenos Aires conheceu a estudante brasileira que estava na cidade de férias. Foi amor a primeira vista como eles mesmos gostam de frisar. Casaram-se e resolveram fazer de Buenos Aires o seu lar. A cantina fica embaixo e a casa da família fica no andar de cima.

- Marcellita! - uma das cozinheiras da cantina, cumprimenta-a de maneira esfuziante.

- Olá, Lola. - Marcella cumprimenta alegremente.

Lola se aproxima de Marcella e dá-lhe um abraço em toda a sua protuberância redonda.

- Menina, senti saudades.

- Eu também, Lola. - diz sorrindo.

De repente todos os ajudantes de cozinha vêm cumprementar Marcella. Olhando ao redor, não vê o pai.

- Onde está papà, Lola. - chama o pai com seu italiano perfeito que o pai ensinara.

Lola puxa a menina para um canto e cochicha.

- Seu papà - Lola tenta imitar, fazendo-a rir. - Chegou um tanto transtornado da rua. - Marcella franze o cenho, seu pai sempre era muito calmo e contido. - Não sei o que houve, mas ele carregou sua mãe escada acima e os dois estão lá há horas.

- Ok, Lola, agradeço a informação. - Marcella dá um sorriso em agradecimento. - Vou ver o que houve.

Lola, que adorava uma boa conversa, tinha mania de potencializar demais as coisas, por isso, Marcella não leva muito a sério a informação.

Ao sair da cozinha, Marcella se dirige a linda e larga escadaria que fica no centro da cantina para ir até sua casa. Já estando no quinto degrau, ouve uma voz muito familiar.

- Pimenta!

Só uma pessoa na vida lhe chama assim. Ela já se vira sorrindo. É Vitto, o seu irmão. Marcella corre e antes de chegar até ele, Vitto solta a alça da grande bolsa de viagem que está em seu ombro e ela vai ao chão. Vitto sabe como ela sempre o recepcionava quando voltava a Buenos Aires. Marcella pula nos braços do irmão e os dois rodopiam pelo salão. Riem e continuam a rodar.

- Por que não avisou que vinha? - ela pergunta quando Vitto a coloca no chão.

- Queria fazer surpresa, Pimenta.

- Papà vai pirar e mamma vai te dar umas boas palmadas. - fala sorrindo.

- Não tem melhor boas-vindas. - diz sorrindo.

- Vem, vamos subir.

Os dois sobem abraçados.

- Shiii. - Marcella faz sinal com o dedo indicador na boca pra Vitto parar de falar. - Eles devem estar no quarto. Vamos fazer surpresa. 

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora