— Enzo..
Ela geme o meu nome de uma forma muito lasciva, embora tomada por uma esquisita languidez, agarrando meus bíceps com sua face corada e impregnada pelo brilho cristalino do seu suor.
A garota apoiou a cabeça em meu ombro como se não pudesse se sustentar sozinha. Sua pecaminosa respiração parecia determinada a açoitar a pele do meu pescoço, enquanto luto sozinho contra todos os demônios que tentam me empurrar à insanidade deste proibido desejo.
— Ei, você não está bem. O que realmente você bebeu? Quem te trouxe até aqui?
— Queríamos comemorar. Hum, eu não sei bem...
Ela oscilou para trás e a tomei pelos cotovelos, puxando-a de volta.
— Vamos falar com quem te trouxe aqui imediatamente. Você vai para casa agora mesmo.
— O que te interessa que eu fique aqui ou não? Até onde sei, eu não sou nada sua, senhor Raymond.
Ela começa a lutar para se desvencilhar de mim, emburrada.
Franzo a testa, tentando recuperar algum fio do meu férreo controle antes que eu cometa alguma estupidez como levá-la deste desagradável lugar barulhento de uma maneira pouco convencional e lhe dar umas boas palmadas na bunda. Talvez assim, eu não me sentiria tão puto com toda a situação.
— Você tem razão. Infelizmente, você não é nada minha. Mas isso não me impede de tentar enfiar algum juízo nessa sua cabeça confusa. Quem te trouxe até aqui?
— O Tom me trouxe. O senhor poderia me soltar agora?
Dou um sorriso irônico diante da estupidez que acabo de escutar.
— Por favor, você mal consegue caminhar sozinha. Isso não é uma opção inteligente.
— Que se dane! O senhor não tem nada haver com isso. Eu quero que fique longe de mim, entendeu bem?
Seu revoltante olhar azul parece dilacerar alguma coisa dentro de mim. Por mais duro e hostil que possa ser, ela realmente está certa. Não sou responsável por está menina. Estou sendo ridículo e burro, muito mesmo.
— Está bem.
Solto seus braços muito relutantemente e busco me afastar.
Anna mal consegue dar três cambaleantes passos em direção ao bar, entontecida e teimosamente estúpida.
Por muito pouco, ela não é lançada ao chão daquele lugar e mais uma vez, infelizmente ou não, eu sou a âncora que tenta impedir essa teimosa menina de se perder pela neblina de sua confusão.
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Amores Proibidos - Vol. 1
RomanceA tempestade costuma castigar a cidade de Dreamland e não é uma novidade a nenhum de seus habitantes. Mas, atrasada para a aula de literatura do senhor Raymond - a brilhante, encantadora e jovem Anna Hayes não esperava contar que justamente naquele...