Chance

O começo

É tarde. Minha mãe e meu irmão estão dormindo, toda a casa esta quieta, só o que escuto é o som dos grilos roçando suas asas e produzindo um som maravilhosamente irritante. Embora esteja chovendo e muito frio do lado de fora, pego meu casaco amarelo e saio pela janela de meu quarto, pisando em um chão molhado e pegajoso do outro lado. Encontro muitos insetos em minha jornada pelo jardim dourado da mamãe, alguns planejo dar para Sity, minha cobra de estimação, e os outros pretendo usar pra continuar minha pesquisa.

A luz da varanda se acende, e meu irmão mais velho abre a porta e me olha com um olhar irado. Aquele olhar faz todos temerem, era o mesmo olhar com que o pai olhou para a mãe quando descobriu o que ela havia feito. Abaixei a cabeça e me juntei a ele junto a aconchegante casa Realmente.

_ Não conte para a mãe!

_ Não vou. – ele disse com um sorriso que poderia amolecer uma pedra, se isso fosse possível.

Ele começou a rir, mas sua risada não tinha som.

Minha mãe sempre achou essa minha pesquisa uma "perda detempo", que é uma boa hipótese e até pode ser verdade, mas prefiro testar paragarantir. Preciso dos insetos, por que eles são a fonte de bactérias que minha pesquisa pede. 

 Estou tentando descobrir que doenças eles transmitem, e qual seria a cura para esse tipo de infecção.

Na escola encontro Ginger, meu melhor amigo, e apesar de não gostar nada da escola, ele estava Feliz por ter voltado.

_E ai louquinha, Conseguiu completar sua pesquisa? – disse ele saltitando, feliz da vida.

Balancei a cabeça em forma negativa e bocejando, abri minha bolsa e peguei meu medidor de área foliar portátil, e comecei a medir a grama. Se a folha era muito espessa poderia encontrar sapos, lesmas e até caracóis se procurasse bem. Ginger empurrou meu MAFP para dentro da bolsa, e me olhou com uma cara de vergonha. Ele sempre quis ser popular sempre inveja à vida das garotas e garotos que são populares e às vezes até me fala que só não é popular por que anda comigo.

Voltando da escola, nós nos encontramos com Grace e Timon, os filhos do vizinho de Ginger. Eu não gostava deles, para mim eles eram só mais uns filhos de papais ricos e arrogantes, mas é claro que Ginger não pensava do mesmo jeito que eu.

_ Olá Ginger! Como vai?- disseram Grace e Timon ao mesmo tempo como robôs.

_ Estamos atrasados!

Eu me virei e continuei andando, mas, Ginger agarrou meu braço e me olhou com uma cara de: "não me deixe aqui sozinho com esses malucos". O empurrei e com cara de brava me afastei.