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Segunda-feira....2:15pm

- por que me trouxe aqui? - Jimin me perguntou, enquanto andávamos em direção ao cinema.

Porque, sim, eu busquei Jimin na faculdade para justamente vir comigo pra uma sala escura...

- ah, você faz tantas perguntas! - reclamo, parando na fila da bilheteria.

- é que isso foi muito repentino. - explicou, fazendo um biquinho. - você simplismente chegou na porta da minha faculdade, falou "entre no carro"... - usou um tom grosso para tentar me imitar. - e saiu comigo sem nem ao menos me dar um beijinho ou um pequeno "olá, Jimin, como vai a raba hoje?". - cruzou os braços, e eu ri de seu último comentário, virando-me pra ele.

- está reclamando porque eu não te cumprimentei direito? - sorri ladino, pendendo levemente a cabeça pro lado.

- sim! - respondeu, um tom infantil dando as caras naquele rosto anjelical.

Me aproximei dele, com seu olhar preso ao meu, segurei sua cintura e o aproximei de mim.

- não fique assim, babe. - pedi, segurando seu rosto e aproximando o meu do dele. - me desculpe...- sussurrei contra seus lábios antes de tomá-los pra mim.

Foi um beijo rápido e calmo, logo me afastei, abraçando-o de lado pelo pescoço e avançando até a atendente.

Paguei dois ingressos por um filme que nem me importei em saber o nome. Comprei um balde de pipoca e um refrigerante médio, equilibrando tudo com uma mão enquanto a outra estava entrelaçada com a de Jimin.

Sentamos na última fileira ao fundo, o filme já havia começado, e eu nem mesmo estava prestando atenção.

Passei meu braço esquerdo pelos ombros do ruivo, o aproximando de mim, segurei seu queixo e o beijei. A cada dia e a cada beijo que trocávamos, ele ia melhorando mais, como se já não estranhasse trocar beijos com um estranho - não tão estranho - como eu. Me surpreendi ao sentir sua língua passar por entre meus lábios, pedindo passagem. Eu cedi - obviamente - e logo nossas línguas se encontraram, tornando aquele beijo mais intenso e molhado.

Chupei seu lábio inferior, vendo-o arfar levemente. Ele mordeu o meu lábio inferior, sugando-o logo em seguida. Ao final de tudo, nem assistimos o filme, apenas comemos de vez em quando a pipoca e tomávamos o refrigerante.

- que filme incrível! - ele comentou, enquanto saíamos da sala de cinema.

- sim, achei delicoso de assistir. - continuei, piscando pro menor, que corou e riu, se curvando em cima de mim.

- você é demais, menino!

- homem! - corrigi.

- menino homem. - tornou a dizer, abraçando meu braço enquanto eu ria dele.

- as vezes você parece uma criança. - disse, negando algumas vezes com a cabeça enquanto andávamos em direção ao estacionamento.

- uma criança de 18 anos, pelo visto! - riu junto à mim, e foi aí que eu percebi...

Jimin tem 18 anos...Eu tenho 25..

Ele, pela leis da Coréia, ainda é menor de idade, e eu já sou um adulto, e tudo faz sentindo....eu estou prestes a cometer dois crimes.

Assassinato e pedofilia.

Nesse pequeno período, eu cogitei a ideia de não matar Jimin, eu não iria conseguir matar ele, a pessoa com quem eu estava amando ficar ao lado.

- Jungkook, tá tudo bem? - ouvi Jimin falar comigo, balancei minha cabeça pros lados, espantando pensamentos.

- desculpa eu só--

Fui interrompido quando Jimin parou em minha frente repentinamente e me abraçou, beijando meu pescoço várias vezes antes de beijar minha boca.

- eu...eu gosto de você, Jungkook, não fica assim tristonho! - sorriu tímido.

Ele gosta de mim...

O sentimento de culpa me tomou mais uma vez, me fazendo sentir a pior pessoa do mundo.

- ah, Jimin...- segurei as laterais de sua cabeça, beijando-o de forma calma e lenta.

Ouvimos risadas femininas se aproximarem de onde estávamos - no caso, em frente a saída pro estacionamento - e soltei meus lábios dos de Jimin, o abraçando e virando ele junto ao meu corpo, cobrindo seu corpo com o meu. Olhei por cima dos ombros e as meninas pararam na entrada, com um sorrisinho contido no rosto.

- ah, perdão! - elas disseram, tratando de seguirem para dentro do Shopping.

- essa foi por pouco... - comentei, olhando-o.

Ele riu, com o rostinho enfiado levemente em meu peitoral. Ele me encarou, sorrindo ligeiro.

- pedófilo! - acusou, se afastando de mim.

- eu não! - me defendi, mesmo que ainda sorrindo.

Seguimos discutindo sobre coisas bestas até a porta de sua mansão, onde ele não se intimidou com a presença de familiares ali presente e alguns empregados, andando de mãos dadas comigo até a cozinha, onde se encontrava sua mãe.

- mamãe, cheguei! - avisou, sorrindo getilmente.

- ah, que bom, meu amor...- beijou o rosto do filho, voltando o olhar para mim. - Boa tarde, Jungkook!

- Boa tarde, Sra. Park! - respondi, sorrindo.

- bom, vou deixar vocês à sós... - ela disse, sorrindo sapeca antes de sair da cozinha.

- ya, parece que sua mãe gostou de mim, meu amor... - comentei, me aproximando de Jimin e segurando sua cintura.

Assim como da última vez, Jimin corou e escondeu o rosto em meu pescoço, envolvendo os braços por cima da minha costela, me abraçando.

Eu nem gostava de abraços, na verdade...mas o abraço dele, de certa forma, fazia eu me sentir protegido, como se nada no mundo pudesse me atingir, me confortando. E aquela sensação era incrível, por mais perigosa que fosse.

>☆<

Era, mais ou menos, nove e quinze da noite quando cheguei em meu apartamento, ouvindo passos apressados chegarem até a sala.

- eu vou te esganar, Jeon Jungkook! - Lalisa gritou, putassa.

- seja lá o que tenha acontecido... não foi eu. - falei, lhe ultrapassando e caminhando até meu quarto.

- o Seji ligou....de novo! - falou, visivelmente frustrada. - ele disse que recebeu uma imagem seu e do ruivinho se agarrando no shopping.... - fez uma pausa, suspirando fundo. - O QUE VOCÊ TEM DENTRO DESSA CABEÇA?

- não grita, porra! - protestei, tirando minha blusa. - eu não tava me agarrando com ele...Eu só tava passeando e por acaso encontrei com ele. - inventei, caminhando até o meu guarda-roupa, vendo algum pijama.

- Jungkook, Jungkook....- murmurou, fechando os olhos com força. - eu já te avisei que--

- Lisa, fica calma, vai dar tudo certo, okay? Eu ainda tenho 5 dias pra matar ele...meu prazo é longo... - usei um tom irônico pra falar a última parte, retirando meus sapatos.

- escuta aqui, João bolacha--

- é biscoito!

- dá no mesmo! - respondeu.

- não dá não, biscoito tem recheio...

- o que eu tô tentando dizer é que, se você não se afastar desse garoto, sofrerão sérias consequências...tanto você quanto ele irão se arrepender de seja-lá-o-que vocês tem...- terminando de falar, saiu do meu quarto, batendo a porta com força.

Eu suspirei, passando as mãos pelos cabelos escuros. Ela tem razão....

Mas eu sou teimoso, tô nem aí!

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*Killer loves too* 》JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora