Férias em Orlando - Consequências

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- Te mando mensagem. Não consigo ficar aqui. Não consigo olhar para Carolina.

Gabriela arrancou com o carro seguindo rumo à um hotel que havia encontrado no Waze. Optou pelo mais longe possível da casa em que estavam as meninas. Necessitava ficar sozinha e longe. Seu coração estava estraçalhado e sua cabeça confusa, não conseguia entender as motivações de Carolina. Ela fazia tanta questão de Gabriela, que para ela nada daquilo fazia sentido. Se fosse para fazê-la de idiota, que tivesse feito no Brasil... Agora estava ali, sozinha, num país que sequer sabia falar a língua nativa.

Parou em uma unidade da rede de farmácias CVS para comprar medicamentos. Remédio para dormir, para dor de cabeça e para o estômago... Era tudo que conseguiria pagar para ajudar aliviar a dor que seu corpo sentia, apesar de saber que nada disso aliviaria seu coração.

Seguiu para o hotel, fez o check-in e se entocou no quarto. A cama de casal parecia imensa e Gabriela só sabia chorar, chorar e chorar.

Avisou a irmã que havia arrumado um quarto em determinado hotel e pediu para que ela fosse ao seu encontro, pela tarde daquele dia, quando esperava que fosse estar melhor. Se pudesse, voltava naquele momento para o Brasil.

Carolina POV

Sentia meu peito se comprimir a cada minuto que passava desde que Gabriela me viu na cozinha, mas não sabia o que fazer, não sabia como faria para me explicar, se é que poderia.

- Mana, o que foi que aconteceu? - Clarisse perguntou, enquanto ia ao encontro do pequeno corpo jogado ao chão.

2 horas antes

Apesar de sermos hosts da festa, Gabriela e eu estávamos tendo o mínimo de contato possível, o que era estranho já que desde o BBB curtíamos como loucas juntas todas as festas.

Eu sabia que ela estava desconfortável com Rafael, mas que não criaria caso, já que havíamos conversado sobre isso. O fato de eu ter ficado com ele não mudava absolutamente nada, foi apenas uma vez, por curtição. Apesar de tudo, ele sempre lembrava de mim em tudo que fazia e sempre me colocava em sua lista de convidados, então, quando soube que estaria nos EUA na mesma época que nós, tive de convidá-lo, ainda que não desejasse sua presença por conhecer sua falta de bom senso, em algumas situações.

Hari passava mal quando Gabriela e Rízia a levaram a força para o quarto, para que tomasse banho e tentasse melhorar do porre. De uma hora pra outra decidiu beber mais do que seu corpo era capaz de absorver e ninguém entendeu nada.

Decidi entrar para começar a organizar as coisas, já que a festa chegava ao fim e Rafael se dispôs a me ajudar.

Entre recolhidas de lixo e conversas sobre amenidades, Rafael me pegou com uma mão em cada um dos meus braços.

- Que isso? - perguntei, tentando soltar.

- Quero beijar você, Carol! - falou, se aproximando.

- Oxe, pare com isso. Eu não posso e nem quero te beijar - respondi, ainda tentando me afastar.

- Não quer? Tem certeza? - perguntou novamente, forçando um beijo.

- C-C-Carol? Que isso? - ouvi Gabriela dizer, ao pé da escada.

- Gabi! Não é o que você tá pensando - respondi a ela, conseguindo finalmente me soltar dos braços de Rafael. Gabriela deu de costas e de cabeça baixa correu até nosso quarto.

Corri atrás dela, mas não alcancei a tempo. Quando cheguei no cômodo, a porta já estava trancada. Podia ouvi-la chorar e soluçar dentro do quarto, o que me fez embrulhar o estomago e sentir uma vontade imensa de vomitar. Como é que eu explicaria a situação para ela?

Só tinha de ser com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora