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POINT OF VIEW LEOZIN

Parei o carro em frente a casa da Maria e então mandei mensagem avisando que estava ali, então pouco tempo depois ela aparece no portão e eu desço do carro.

— Oi - Ela diz sorrindo.
— Oi meu amor - Dou um selinho nela - Você esqueceu lá em casa - Entrego a sacola que dei pra ela no sábado.
— Obrigada - Ela sorri - Vamos entrar?
— Krawk e Fael já estão aí, né?
— Aham - Diz.
— E seu pai sabe que eu ia vir?
— Sabe, minha mãe falou com ele.
— E ele tá de boa com isso?
— Óbvio que não - Ri - Mas vai dar tudo certo.

Ela segura na minha mão e me arrasta pra dentro da casa. Assim que passamos pela porta da sala, a primeira pessoa que vi foi o pai dela, indo pra cozinha.

— Ãn... É, eai Marcelo - Estendo a mão pra ele.
— Opa - Ele me cumprimenta firme.
— Oi Leonardo - A mãe dela vem logo atrás - Tudo bem?
— Tudo e você?
— Tô bem - Sorri - Fica a vontade, tá quase pronto.
— Tá bom, obrigado.

Cumprimentei as meninas e meus amigos e sentei junto com eles pra conversar. Maria estava calada e parecia nervosa com alguma coisa. Em certo momento ela levantou e foi pro interior da casa e ficou lá por alguns minutos.

— O que tá rolando com a Maria? - Pergunto pra Carol.
— Não sei - Diz - Mas também percebi que ela tá inquieta.
— Tão falando de que? - Krawk pergunta.
— Maria tá estranha - Carol fala.
— Tá mesmo - Suzy diz - Achei que você sabia - Diz pra mim.
— Não sei de nada - Falo.
— Venham comer - O pai dela aparece na porta da cozinha - Cadê a Maria?
— Tô aqui - Ela aparece no corredor.
— Tá tudo bem? - Ele pergunta pra ela.
— Tá, tudo ótimo - Sorri - Vamos gente, venham comer.

Nós levantamos e fomos todos pra cozinha. Sentamos a mesa e então ela pega o meu prato e coloca comida pra mim, enquanto o pai dela nos encara sem dizer nada. Jantamos praticamente em silêncio, até que Fael resolve quebrar isso.

— Nossa, a comida tava muito boa - Fael fala.
— Falei que a tia cozinha bem - Carol fala.
— Mas e aí meninas, como vocês estão? Todo mundo sumiu - A mãe dela fala.
— Voltamos da viagem e foi só correria, por causa da formatura - Suzy diz.
— Mas vocês tem que aproveitar, né? Depois da formatura vai cada uma pro seu canto, acontecem coisas inesperadas e ...
— Mãe! - Maria a repreende.
— O que foi filha? - O pai dela pergunta.
— Não foi nada - Ela diz.
— Tá bom, tá acontecendo alguma coisa que eu precise saber? Porque eu tô com umas suspeitas e eu não quero que estejam certas.
— Pai...
— Vocês voltaram? - Ele pergunta diretamente pra mim.
— Sim - Respondo.
— Maria Eduarda - Olha pra ela.
— Pai, desculpa, eu sei que a situação entre vocês não estava entre as melhores, mas a gente se gosta e sinceramente eu não tô afim de ter aquela mesma discussão de antes, nós voltamos e é isso.
— Não tem o que discutir, você não sabe o que esse garoto me falou e...
— Sim pai, eu sei o que ele falou e... é verdade, nós já...
— Não acredito nisso - Ele se levanta - E você sabia disso? - Olha pra mãe dela.
— Ãn...
— Não, minha mãe não sabia - Maria entra no assunto - E para com isso, você sabe que ficar contra não vai ajudar em nada.
— Já deu - Ele diz - Vai pro seu quarto.
— Não vou não.
— Maria Eduarda, eu não vou admitir esse tipo de coisa, você ainda mora comigo, me deve respeito.
— Não seja por isso - Se levanta.

Maria sai da cozinha e então a mãe, Carol e Suzy vão atrás dela.

— Eu acho que tá na hora de você ir embora - Ele fala comigo.
— Você sabe que se opor não vai ajudar em nada, você vai acabar perdendo sua filha pra sua ignorância - Digo.
— Já tivemos essa conversa antes e eu não concordo com esse namoro.
— Mas o namoro é entre a Maria e eu, você não tem que concordar, só aceitar.
— Pois é, mais eu não aceito - Diz firme.
— Então nós vamos ficar nessa briga por um bom tempo, porque eu não vou desistir dela.
— Léo, para - Krawk fala.
— Pois é, você deveria escutar seu amigo e parar com isso, aprende a escutar e abaixar a cabeça.
— Quem tem que aprender a escutar é você, é da felicidade da sua filha que a gente tá faltando.
— Eu duvido que ela consiga ser feliz com você.
— Pois é, mas ela é e eu sou feliz com ela, eu amo a Maria e ela me ama também, goste você ou não.
— Eu...
— Vamos Leonardo - Ouço a voz da Maria.

Olhei pra ela e ela estava com uma mochila nas costas e segurando outra.

— Maria Eduarda, o que é isso? - Ele pergunta.
— Isso sou eu saindo da sua casa - Diz - Só volto quando você parar de ser tão hipócrita.
— Tá vendo? - A mãe dela diz - O que eu te falei? Eu sabia que isso ia acontecer, deixa os dois serem felizes, eles se amam e...
— Não, eu não vou admitir isso.
— Ótimo - Maria fala - Vamos logo Leonardo.

Ela estava vermelha e eu sabia que ela iria chorar a qualquer momento. Caminhei até ela e peguei as duas mochilas, então nós saímos. Carol, Suzy, Krawk, Fael e a mãe dela nos seguem pra fora.

— Mãe - Maria abraça ela e então começa a chorar.
— Ele precisa se acalmar, mas filha, isso não é o certo, não é a melhor escolha.
— Eu não vou voltar enquanto ele não parar com isso, ele não pode escolher quem eu namoro.
— Tia, ela fica lá em casa - Carol fala - Tenho certeza de que meus pais não vão se importar.
— Eu vou falar com ele - A mãe dela fala - Ele vai acabar cedendo.
— Quando isso acontecer, eu volto - Maria fala.
— Filha...
— Não mãe, por favor - Fala.
— Você fez os...
— Não, não fiz - Fala rápido - Mas vou fazer e eu ligo pra você.
— Filha, se ele não se acalmar, você vai voltar pra casa - Diz - Um ou dois dias eu entendo, mas se não der, nós pensamos em outra coisa.

As duas se abraçaram e então entramos no carro. Fael e Carol foram com o Krawk, nós combinamos de nos encontrar na casa do Thiago.

— Tá mais calma? - Coloco a mão na coxa dela e dirijo com a outra.
— Aham - Diz baixinho.
— Amor, cê não acha que agiu sem pensar? Não sei, isso vai deixar ele mais nervoso.
— Você acha isso? - Sinto ela me olhar.
— Eu não sei amor, nós não vamos desistir, mas sair assim de casa...
— Eu fiz isso por nós, mas se você não acha que foi o certo, pode me levar de volta.
— Maria, não é isso e você também não precisa ficar na Carol, fica lá em casa ou a gente vai pro meu apê.
— Não Léo, seus pais não vão concordar com isso.
— Eles não precisam saber e mesmo assim, minha mãe tá do nosso lado, cê sabe disso.
— Aí, sei lá - Ela suspira - Preciso pensar.
— Quer escolher a música? - Pergunto sabendo que ela gostava de fazer isso.
— Quero - Ri.

Olha o Leozin de Rollie, meu pingente tem meu nome, 10K na Gucci da Mommy, ela merece muito mais - Ela canta e eu ri ao ver a empolgação.
Ela merece muito mais, uma casa em Dubai, esse ano ainda não, mais ano que vem vai - Canto - Acumulando milhão a cada hit que sai, eu tô ficando rico só de Spotify. Falo de Rollie que eu tenho, falo de Ice eu posso, esse é o meu desempenho, pose pra foto sem perder o foco. Quase impossível não perder o foco com tudo isso que tem do meu lado. Às vezes só quero ir pra casa, pensar em uns negócios, fumar um baseado, com a mais linda do meu lado, tira o olho seu arrombado, sempre o mesmo flow já tá chato. Mano, cêis são ruim pra caralho.
Olha o Leozin de Rollie - Ela volta a cantar o refrão - Meu pingente tem meu nome, 10K na Gucci da Mommy, ela merece muito mais.
— Vai ficar tudo bem, tá? - Olho pra ela - Nós vamos resolver isso juntos, não se preocupa, eu vou cuidar de você.
— Te amo - Se estica e beija minha bochecha.
— Também te amo - Sorri.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora