∞ Capítulo 137 - Riley ∞

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Havia duas semanas que eu me mudei para o meu apartamento. Estava decorando ele aos poucos, com toques que lembram bastante a mim.
Estou começando bem devagar, pintando sozinha cada quarto, decorando com minhas histórias, fazendo as paredes brancas ganharem vida. Assim como eu, decoro minha casa aos poucos, uma construção a cada dia, como faço todos os dias comigo.

Durante o dia trabalho como professora de artes em uma escola para crianças e de noite decoro minha casa. Está bem simples a minha vida, mas não quero extrapolar agora que estou de volta.

Estava terminando de pintar meu quarto, com uma tinta amarela. Havia uma caixa enorme no corredor guardando meus livros e roupas.
É praticamente minha terapia, pintar e ouvir uma música calma enquanto minha mente planeja novas cores.

Assim que termino minha parede, fico olhando para a parede e sorrio com o resultado. Com toda certeza, eu estava suja de esguicho de tintas, mas não me importo.
Levo um susto ao ouvir a campainha tocando. Olho pela câmera de entrada ao ver quem era, e era o Alan, então permiti que ele entrasse.
Me olho no espelho e vejo que meu rosto estava sujo, passo a mão várias vezes mas somente faz ficar pior. Sorrio e abro a porta para recepciona-lo.

— Alan!

— Ry? O que está aprontando hein? — ele tenta espiar atrás de mim.

— Nada. Estou arrumando minha casa. Entra aí. — dou espaço para ele entrar.

— Tem certeza?

Ele diz em questão que algumas caixas ainda estavam no corredor, mas eu sorrio e concordo com ele.

— Estou decorando minha casa aos poucos. Cada cor tem seu próprio significado.

— Por que não pediu a nossa ajuda?

— Eu queria fazer isso sozinha, não me levem a mal. É um momento tão íntimo e meu, sabe? Está sendo incrível.

— Me mostra sua casa incrível então.

Sorrio e venho puxando o Alan com entusiasmo pelo corredor. Ao começar pelo banheiro, no qual foi um dos primeiros a ficar pronto.

— Uau, amadeirado. — ele diz observando o piso.

O banheiro era simples e elegante ao mesmo tempo, com a pia branca, armário, um chuveiro e uma banheira — coisa que eu sempre gostei.
Logo passamos para o meu quarto de artes. Os quadros ainda estavam cobertos, dando um ar de mistério. Aonde fica meu kit de pintura, havia uma parte redonda da parede pintada de várias cores e uma grande rosa na parede rosé.

— Acho que já vi essa rosa... — Alan diz.

— Referências das várias rosas que já desenhei. Próxima!

Abro a porta do meu quarto, aonde não tinha nenhuma mobilida. Apenas jornais espalhados pelo piso.
Aonde minha cabeceira ficaria encostada, pintei a parede de amarela e as luzes ficariam na parede branca. O meu armário que antes era marrom, agora está pintado de branco com um girassol pintado na porta, na qual, eu mesma fiz.

— Essa é minha parte favorita. — digo e Alan olha para mim — Amarelo porque quando eu estava no hospital me mandaram girassóis. Amarelo porque é a cor da minha recuperação, amarelo do sol, amarelo lembra as partes boas da vida, que é só o que eu pretendo lembrar. Porque assim que eu tiver uma crise de ansiedade, eu venha me refugiar em um lugar que lembra a alegria.

Quando olho para o Alan, ele estava se aproximando de mim e admirando cada parte do quarto.

— Você é incrível. — ele segura em minha mão e eu olho para ele.

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