Capítulo 11 ✔

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O senhor Raymond me fez beber um grande copo d'água e seu olhar dizia para eu não contestar sua decisão

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O senhor Raymond me fez beber um grande copo d'água e seu olhar dizia para eu não contestar sua decisão. Eu me sinto mais consciente de mim mesma e de tudo a minha volta, e uma dolorosa vergonha se empossa de mim quando ele me ajuda a entrar dentro do seu magnífico R8 e repasso a situação desde que meu ex-professor de literatura me encontrou. Meu Deus, o que deve estar pensando de mim?

Eu o olho de dentro do carro. O senhor Raymond fala com alguém ao celular. Talvez esteja comunicando meus pais? Não seja absurda, Anna. Ele não tem o número de ninguém da minha família, obviamente.

Minha cabeça está latejando e dando voltas ocasionais. O que diabos tinha naquele refrigerante, afinal? Sinto-me um pouco enjoada, lânguida.

— Anna, ei, você está muito pálida. Me diz, o que você está sentindo? — Enzo surge do meu lado milagrosamente, correndo o polegar pela minha bochecha, os olhos cheios de preocupação em cima de mim.

— Não sei. Estou meio tonta. Acho que vou vomitar.

Pulo para fora do R8 e não sou capaz de resistir mais, vomitando ali mesmo.

Enzo dispara até meu lado e serpenteia meus ombros, afastando meu cabelo e amparando-me. Bom Senhor, que vergonha!

— Isso não me soa nada bem. Com sorte, não foi algo muito forte. Vai passar.

Quando não há mais nada em meu estômago para ser dramaticamente expulso na frente do meu professor, eu o olho com timidez, apoiando as costas em seu carro.

— Me desculpa. — Volto meu olhar para a rua de concreto.

Sinto uma vontade horrível de desaparecer e não ser encontrada tão cedo.

— Não há nada para se envergonhar, Anna. Você não é a primeira e com certeza não será a última pessoa a vomitar por conta de alguma bebida. Além do mais, não foi culpa sua. Posso estar terrivelmente enganado, mas acho que colocaram alguma coisa em sua bebida. Geralmente, fazem isso com intenção de... — Ele fecha os olhos, o terror estampado em sua bela face e suspira, parecendo furioso. — Enfim, não quero nem imaginar o que poderia ter te acontecido. Eu estou realmente feliz de não ter dado ouvidos a sua exigência.

— Exigência?

— Você pediu que eu me afastasse de você.

Droga! Qual o meu maldito problema?

— Eu pedi? E... por que o senhor não..?

— Eu me importo muito com você. Eu não deveria, sei disso. Não é certo. Mas sou incapaz de não me importar com você, sua segurança, seu bem-estar. Chame do que quiser. Perseguição, talvez. Não gostaria de ver seu lindo rostinho estampado nos noticiários depois do que estava vulnerável a sofrer está noite.

— O senhor é um anjo.

— Não acho, Anna. Um demônio seria mais adequado. — Ele olha para mim com bastante atenção. Por que um demônio, professor? — Você comeu alguma coisa lá?

Amores Proibidos - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora