Destinados ao amor

Capítulo 1

- Me conte mais sobre a família Evans - Perguntou Scarlett distraidamente, certa noite após o jantar, quando se sentou com Clara na sala de estar.
- São quatro irmãos: Robert, Jeremy, Mark e Christopher. - Clara hesitou - Vieram pra Seattle há 2 anos, moravam na França anteriormente.

A mãe de Scarlett morrerá quando ela era nova. Então Clara, que era sua babá, ocupou esse lugar. O pai de Scarlett se tornará duro, frio, após a morte da esposa.

- Dois anos? É pouco pra conseguir a confiança do papai, não? - Scarlett suspirou. O casamento de Gwyneth e Elizabeth não era um assunto que lhe agradava. - A Gwyneth casou faz um ano, e Lizzie se casou há mais de seis meses.
- Eles se mudaram há dois anos, mas visitam com frequência. São homens de negócios. - Disse Clara.
- Todos são casados? - Perguntou Scarlett.
- Mark sim, é casado com a jovem Brie Larson, mas ela ficou na França. Robert e Jeremy, como sabe, são casados com as suas irmãs. - Respondeu Clara.
- E o quarto? Christopher não é? - Perguntou Scarlett, passando a linha no bordado que começava a fazer.
- Bom Scar. - Começou Clara, temerosa. - Ele tem uma pretendente.
- Verdade? - Perguntou Scarlett, baixando o bordado. - Quem é ela?
- Ah, minha Scar. - Clara parecia atordoada - Entenda. Há anos atrás, quando o Sr. Antônio, pai deles veio aqui conversar com seu pai, você, Gwyneth e Elizabeth era meninas, três toquinhos, uma de vestido amarelo, a outra preto e a outra vermelho, correndo pela casa. - Ela suspirou - Naquele dia, eles não combinaram apenas o casamento das suas irmãs. Esse ficou logo conhecido, porque eram mais velhas. - Scarlett continuou sem entender - Eles acertaram o seu casamento, Scar. - Scarlett arregalou os olhos - Você é a prometida de Christopher Evans desde quando tinha 2 anos.
- O QUÊ?! - Gritou se levantando, derrubando os novelos de linha, o bordado, e o grande vaso de cristal que guardava as agulhas, que se espatifou no chão e se partiu em vários pedacinhos.
- Calma menina! - Implorou Clara, correndo atrás de Scarlett.

Os Johansson's moravam em uma casa imperial, em uma área nobre de Seattle. Scarlett chegou a porta do quarto do pai espumando, pôs-se a bater furiosamente.

- EU NÃO VOU CASAR COM ELE! - Gritou Scarlett.
- Ah sim, você vai. - Disse Karsten, tranquilamente - Obrigado por contar Clara, me poupou trabalho. - Inclinou a cabeça cordialmente.
- Como pôde, papai? - Ela andava de um lado pro outro, nervosa. - Eu nem o conheço!
- Gwyneth e Elizabeth não conheciam Robert e Jeremy, e eles estão muito bem casados. - Disse Karsten.
- Sim claro, e nós quase não temos notícias delas desde então! - Karsten revirou os olhos - Eu me lembro, elas estavam apavoradas. - Murmurou Scarlett entre dentes.
- Seu casamento é mês que vem. - Avisou Karsten, naturalmente - Christopher virá depois de amanhã, corteja-lá. - Sorriu frio.
- Eu não vou vê-lo. Não vou me casar com ele. Eu não o amo. - Murmurou Scarlett, com raiva.
- Como você é tola, Scarlett. - Reprovou Karsten - O amor vem com o tempo, eu não vou ter pena de você se me envergonhar perante ele. - Avisou, e saiu do quarto, deixando Scarlett irredutível de ódio.

Scarlett corria desesperadamente pelos jardins da fazendo. À noite estava quente. Ela pegará apenas o dinheiro que tinha, vestiu o vestido mais leve que achou, era branco com rendas. Disparou portão à fora, decidida, fugiria e encontraria um emprego, Hunter poderia lhe ajudar. Vários minutos depois, ela já estava longe de casa. Soava, ofegava, tremia. Vestidos não eram bons para correr, pensou, se obrigando a andar. Nesse momento, percebeu como estava escuro e deserto. Ela passou a mão na grande massa de cabelos loiros, pondo-o no lugar, e voltou a correr, agora assustada.

- Fugindo Scarlett? - Perguntou uma voz, emergindo da escuridão.
- AAH! - Gritou Scarlett, assustada - Perdão. - Pôs uma mão no peito, recuando - Desculpe, eu conheço o senhor? - Perguntou, agora com medo.
- Você iria me conhecer na sexta-feira, se não fosse sua exasperação. - Sorriu sem sentimentos.
- Christopher?! - Perguntou Scarlett, o medo sendo substituído pela surpresa.
- Sim, minha bela! - Sua voz irônica, enquanto ele se lançava na luz da lua.