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Ser observado por alguém era estranho, aquela sensação da pele queimando e da carne corroendo era péssima, nunca em sua vida aquele ômega pensou que seria observado de alguma forma por alguém desconhecido. Era como sentir o seu corpo ser violado pelos olhos de outra pessoa, mesmo se ela não o tocasse diretamente mas mesmo assim seu corpo pudesse sentir a sensação das mãos quentes da certa pessoa sobre duas curvas até parecia que conhecia tais toques. Uma sensação desconfortável como se fosse devorado por uma fera e Park Chanyeol era essa fera.

Já se fazia uma semana que ele sentia seu corpo arder, procurava pelo dono do par de olhos e sempre chegava ao garoto dos olhos negros e cabelos cacheados. Ele sempre estava a o olhar. Olhos tão profundos que o ômega podia ver uma galáxia dentro deles.

— Tá boiando nos olhos do park de novo pombinha - Recebeu um peteleco da parte de Rual. Hoje ele estavam almoçando com um grupo de amigos do francês, mas como todos os almoços ele sempre se pegava olhando para onde Park Chanyeol se encontrava - Tanto pensamento erótico nessa cabecinha

— Deixa ele, Ru - Um outro garoto que estavam com eles repreendeu o amigo que fez uma careta - Como se você não olhassem os garotos

— Ai mona - o jeito dramático de Rual sempre fazia Kyungsoo rir, ele era tão diferente de Baekhyun e isso fazia ele sentir saudades de ver o amigo dormindo pelas mesas e aulas tediosas - Eu olho mesmo, aloca. Esses garotos são tudo de bom, mas eu não quero a pombinha metida em bafafá no primeiro mês dele

Thierry revirou os olhos para o amigo que riu baixinho, o garoto era um dos vários amigos do Rual, tinha cabelos negros e cacheados uma pele amorenada que parecia que ele vinha de um país muito ensolarado e olhos verdes como esmeraldas, era um garoto lindo, soo não podia negar isso a si mesmo. Ele tinha um cheiro que lembrava madeira e dias quentes de verão, era um cheiro peculiar para um ômega que normalmente tinham cheiros adocicados.

— Eu vou ficar bem, pode deixar

Até lá amigos de Chanyeol estavam estranhando as encaradas do amigo a um ponto ao longe de tudo, sempre faziam sinais para tirar ele do transe intenso que raramente tinham sucesso. O grupo composto por alfas muita vezes tinha que socar o amigo orelhudo para despertar ele, nem o alfa estava se entendendo sua atenção ia sempre aonde o cheiro de morando e jasmins estavam e sempre em sua vista via um garoto baixinho de cabelos negros que sempre seus olhos acabavam se encontravam aos seus, se sentia intrigado com seus próprios sentidos e ações.

— O que tanto olha? - um dos amigos do Park lhe chamou a atenção, o garoto também asiático e com cabelos lisos e acastanhados e uma expressão interessada em Chanyeol.

— Para o nada - respondeu curto voltando sua atenção para a bebida que havia pego.

— Olhando aquele garoto de volta? - indagou ele como se fosse óbvio e isso ficava estampado em sua cara, Chanyeol revirou os olhos.

— O amigo dele que não é - tal afirmação fez o garoto rir, Junmyeon seu nome, largou o sanduíche sobre a bandeja voltando seus olhos negros para o amigo.

— O nome dele é Kyungsoo - seu rosto pálido de apoiou sobre uma das mãos enquanto olhava o amigo que se mantinha agora interessado no que ele estava dizendo - Ele está na minha classe de teatro e divide quarto com Rual, vejo ele sempre buscar o calouro depois da aula - Suho deu de ombros voltando a morder o sanduíche - Não sei porque olha tanto ele

— Nem eu sei

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Hoje havia sido um dia duro para Kyungsoo, seu diretor havia lhe colocado tanta pressão que o baixinho chegava a suar frio, foi testado, toda a sua experiência dos cursos em Daegu foram postos a prova em uma aula só. E agora, em seu dormitório ele só queria dormir por longas horas já que amanhã seria sábado e não precisaria se preocupar com aulas e testes feitos por seu professor. A não ser, seu amigo barulhento que acabara de entrar quase derrubando a porta do quarto dos dois.

RainOnde histórias criam vida. Descubra agora