Era minha quarta taça de vinho. Talvez meu subconsciente soubesse que eu precisaria estar bêbada para não acabar surtando. Assim que cheguei ao meu apartamento, me certifiquei de apagar todas as luzes e espalhar velas pela casa, mas então lembrei da casualidade: não éramos um casal. Vesti minha melhor lingerie e pus um hobby de seda por cima, usei o perfume mais doce que encontrei no meu armário, e aproveitei para borrifar um pouco pela casa. Tudo aconteceria do jeito que deveria acontecer.
Ouvi batidas na porta, e meu coração acelerou à mais de mil quilômetros. Respirei fundo antes de tomar a decisão de abri-la, e só ali me dei conta do que estava acontecendo: Chris estava ali, e o que iria acontecer mudaria tudo, por mais que nós não admitíssemos. Ele bateu de novo, me fazendo perceber que eu já estava parada ali há muito tempo.
Abri a porta vagarosamente, e pude ver seus olhos passearem por todo o meu corpo em segundos. Ele carregava uma garrafa de vinho, provavelmente caro, já que sua marca era uma das mais conhecidas no país, e um pacote em suas mãos. Camisinhas. Sorri fraco, olhando-o diretamente nos olhos, enquanto ele me analisava por inteiro.
-Você tem cinco segundos para decidir, nós vamos mesmo fazer isso? -Ele se encostou no batente da porta, ainda olhando para o meu corpo. Fechei o hobby para provocá-lo, fazendo-o sorrir.
-Não acho que eu vá precisar disso.
Puxei-o pelo terno, e seus lábios encostaram nos meus. Fechei a porta, e nos arrastamos pela casa, ainda nos beijando. Suas mãos apertavam minha cintura e pescoço, sua língua passeava por cada canto da minha boca, e pude sentir seu fôlego se desgastando junto ao meu. Caímos no sofá, e senti o hobby deslizando pelo meu corpo, até ir ao chão, deixando meu corpo exposto, apenas com a lingerie.
-Deus, como isso foi acontecer? -Falei entre beijos, e ele riu enquanto tirava o seu terno, e depois sua camisa.
Subi em seu colo, rebolando até sentir sua ereção aparecer, e ele puxou-me para mais perto de si. Suas mãos deslizaram por minhas coxas, até chegarem à barra da minha calcinha, e ouvi o tecido sendo rasgado num só puxão.
-Era minha favorita.
-Posso te dar cem dessas.
Seus lábios passeavam por todo meu pescoço, chegando até os meus seios, os quais ele apertava com tanto desejo que me dava vontade de continuar ali para sempre. Deitei-me no sofá, e seu corpo ficou sobre o meu, enquanto ele fazia o seu trabalho. Chris partilhava beijos por todo o meu corpo, e arranquei seu cinto e calças numa velocidade antes desconhecida por mim.
Estávamos indo melhor do que eu imaginei que seria, e eu não pretendia parar tão cedo. Mas isso não foi uma decisão minha. Enquanto Chris descia seus beijos até minha barriga, ouvimos batidas desesperadas na porta. Ele ameaçou se levantar, mas apenas continuou seu trabalho, que deixava-me cada vez mais louca com sua presença. As batidas continuaram, acompanhadas de um choro melancólico.
-Amelia? -Ouvi a voz de Liz por trás da porta, sua voz vacilava e parecia nervosa demais para alguém como ela.
Chris encostou sua cabeça em minha barriga por uns segundos, subindo em seguida para olhar-me nos olhos. Ele mexeu numa mecha de meu cabelo e respirou fundo.
-Talvez eu me arrependa profundamente pelas próximas horas. -Ele sussurrou, e segurei o riso, sabendo o que estava por vir. -Mas ela parece estar mal.
-Talvez seja o Universo nos mandando um recado. -Levei minhas mãos aos olhos, e senti o estalar de um beijo na minha bochecha.
-Amy? Você está aí? -Liz continuava a chamar, sua voz cada vez mais distante.
-Só um segundo! -Falei alto o suficiente para que ela pudesse ouvir, voltando minha atenção para Chris, dessa vez sussurrando. -Você precisa se esconder.
Nos levantamos rapidamente, e arrumei a sala o mais rápido que pude, apenas para que Elizabeth não desconfiasse de nada. Chris caminhou até meu quarto carregando suas roupas, e escondi o vinho e as taças na cozinha. Corri para buscar um moletom no quarto, e tentei me recompor, tentando não deixar evidente a situação de quase sexo com meu chefe.
Abri a porta, e Liz jogou-se em meus braços rapidamente. Seu rosto estava inchado e tomado pelas lágrimas, sua respiração falhava, suas mãos tremiam. Seja lá o que tinha acontecido, não era nada bom.
-Ele quer tirá-los de mim, ele quer levá-los. Ele tem poder, Amy! Ele consegue tudo o que quer.
-Quem? -Puxei-a para dentro, fazendo-a sentar no sofá, sem parar para pensar o que acabara de acontecer ali mesmo. -O que aconteceu, Liz?
-Luke. -Ela suspirou pesadamente levando as mãos ao rosto. -Ele decidiu que talvez seja hora dele ser pai, que precisa de responsabilidade, e que as crianças precisam dele.
Passei as mãos por suas costas, e senti seu batimento cardíaco acelerado, sua respiração falha, e toda a mágoa que ela carregava até ali. Se Luke conseguisse, Elizabeth não aguentaria lidar com isso.
-Eu disse que não deixaria ele chegar perto dos meus filhos, e ele me ameaçou. -Ele começou a chorar novamente, começando a soluçar. Seu rosto estava tão vermelho que parecia estar prestes a explodir. -Ele vai tirá-los de mim, Amy. Eu sei que vai.
-Nós vamos dar um jeito, tudo bem? -Deitei sua cabeça em meu colo, e ela estirou suas pernas. Ainda chorava muito. -Ele não pode fazer isso, Elizabeth. Nós vamos resolver, eu prometo.
Acariciei seus cabelos enquanto a ouvia chorar silenciosamente. Ela estava sem fôlego, e foi quase impossível a fazê-la parar, mas o sono o fez. Ela acabou dormindo, e deixei-a sozinha por um tempo, buscando um cobertor para enrola-lá.
Chris estava no quarto, sentado na minha cama, já vestido. Ele me viu se aproximar, e seus olhos estavam tão melancólicos quando o de Liz ao chegar. Estava nervoso, ansioso, dava para ver.
-Você ouviu? -Ele assentiu, suspirando.
-Preciso ir para casa. -Ele se levantou, vindo até mim, e deu um sorriso fraco. Deu-me um selinho demorado, e temi que aquilo fosse errado, mas não interrompi. -Vou dar um jeito nisso, o Luke e eu vamos ter uma conversinha.
-Sobre a Liz...
-Não vou contar nada, não se preocupe. -Assenti, e senti sua mão segurar a minha por um instante, soltando depois.
Ajudei-o a sair sem fazer barulho, para que Elizabeth não notasse. Tirei os sapatos dela, ajeitando-a no sofá. Tínhamos um problema gigante, e acabei caindo no sono pensando em algo que não tinha nada a ver com ele: Chris e eu.
Precisávamos dar um jeito na situação de Luke e Elizabeth, e depois disso Chris e eu precisaríamos de espaço. Não dava parar ser interrompida novamente.
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heeey! chocada com o tanto de gente me pedindo pra continuar isso aqui. desculpa a demora, de verdade. acho que não estava confiante sobre isso.
mas cá estou eu! já estou adiantando alguns outros capítulos, juro que dessa vez não vou sumir.
desculpa qualquer errinho. contem o que acharam do capítulo, adoro ler as reações.
adoro demais o jeitinho que vocês falam comigo, tudo porra louca, não tem gente melhor! se eu não responder nenhum de vocês, lembrem que meu celular quebrou, estou fazendo o possível.
beijos no coração, amo vocês mil milhões <3
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the proposal • chris hemsworth
FanfictionAmelia Ducain é uma das funcionárias da Hemsworth Company, a maior e mais cobiçada empresa de Nova York. Ao sair de uma reunião com os acionistas, Amelia tem uma estranha conversa com seu chefe no banheiro feminino, mal sabendo que o seu futuro na e...