Capítulo 2

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O dia do casamento chegou, e Scarlett estava uma pilha de nervos. Seu vestido era o mais lindo que já vira. Mas a ideia de ir pra cama com Chris à noite a apavorava. Ela ficou a manhã toda se arrumando, o casamento seria as 19hs, Scarlett acordou cedo, Clara cuidou dela o dia inteiro.
Ficou sabendo por Kate que Mark tinha ido passar uns tempos com Brie na França, Lizzie e Jeremy tiveram que viajar as pressas pois o marido teria que resolver pendencias da empresa e ficaria um tempo fora, e que ela e Robert viajariam após a cerimonia, deixando a mansão vazia pra lua-de-mel dos dois. Scarlett estremeceu ao sentir a ultima laçada de seu vestido ser dada.
Logo Karsten foi buscá-la. Scarlett tremia quando entrou na igreja, a cidade inteira estava lá.

- Christopher Robert Evans, você aceita Scarlett Ingrid Johansson como sua legítima esposa, prometendo ama-lá e respeita-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe? - Perguntou o padre.
- Sim. - respondeu Evans, frio, se lembrando de alguma cena de anos atrás.
- Scarlett Ingrid Johansson, você aceita Christopher Robert Evans prometendo ama-lo e respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe? - Perguntou o padre.

Scarlett travou. Se dissesse "sim", estaria perdida.
Se dissesse "não", seu pai a mataria, e ela se exporia a toda a cidade. Mas como dizer "sim" ao homem que mais lhe apavorava?

- Não vai adiantar. - Sussurrou Evans, com a voz falsamente doce no ouvido dela - Não há saída, Scarlett. - Ameaçou.
- Eu aceito. - Murmurou Scarlett, e se ouviram vários suspiros aliviados atrás dela. Evans sorriu, e duas lágrimas se juntaram ao suor dela enquanto sentia a pesada aliança deslizar pelo seu anelar esquerdo.
- Pelo poder investido em mim, eu voz declaro marido e mulher. - O padre fez o sinal da cruz - O que Deus uniu, o homem não separa.
- Eu tenho um presente pra você, má petit (minha pequena, em francês). - Disse Evans, se aproximando de Scarlett, com um sorriso de canto, no salão de festas lotado.

Evans Abriu a caixinha de veludo. Era uma gargantilha de prata, reconheceu Scarlett, com a palavra "Sempre", escrita na porta interior. Parecia uma coleira. Tinha uma longa corrente que deslizava pelas costas até a cintura. O maxilar de Scarlett trancou de raiva. Era linda, mas ainda assim era uma coleira.

- Será assim. sempre que for elogiosa, inteligente como hoje, será banhada de jóias e presentes. - Ele beijou o pescoço dela após fechar a coleira, fazendo-a se arrepiar - Quando for do contrário... Ganhará problemas. - Ele sorriu se afastando.

A festa se arrastou pela madrugada. Scarlett segurou a partida o máximo possível. Mas chegou a hora de ir. Clara abençoou Scarlett, que foi embora, só com o vestido de noiva. No meio do caminho descobriu que não sabia onde era a mansão. Evans estava distraído olhando pela janela, meia hora depois Scarlett sentiu a carruagem parar, e estremeceu. A mansão era imperial, parecia ter três andares. Seu interior era claro, bem iluminado, tinha a decoração luxuosa, poltronas, sofás, tapeçarias.
Evans levou Scarlett a todas as salas, todos os cômodos. Quando estavam saindo de um quarto de hóspedes, Scarlett viu uma sombra pequena se afastar apressadamente, saltitando.

- Quem é ela? - Perguntou Scarlett intrigada. Não sabia da existência de uma menina na mansão.
- Mercedes. - Chamou Evans em voz baixa, mas Scarlett ouviu os passinhos apressados cessarem. Um tempo depois, a pequena menina apareceu.
- Sim? - Respondeu a menina, timidamente.

Era uma menina pequena, tinha o cabelo longo, mal-cuidado, se vestia com roupinhas simples, mas ainda sim tinha as feições de finas, como as de Evans.

- O que eu disse sobre sair do quarto? - Perguntou Evans, secamente.
- Mark me disse que eu poderia sair, se precisasse. - Mercedes se defendeu.
- Mark está aqui? - Perguntou Evans, agora ameaçador.

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