Não pode ser o fim, não pode ser assim. Ou talvez possa.
A medida em que vamos vivendo, vamos nos aprofundando no interior de um mar de onde nunca sairemos. Isso não é ruim, essa profundidade a cada dia nos mostra um universo infinito de possibilidades. Essa profundidade nos entrega um presente que por vezes tentamos descartar, alegando à revelia que não somos capazes ou experientes e até pior, que não somos o suficiente.
Não pode ser o fim. Não, nunca é um fim, sempre há um depois, sempre há um novo amor, sempre há uma nova lembrança, sempre há um novo emprego, sempre há um novo recomeço. Há sempre uma oportunidade, há sempre uma versão muito melhor sua no futuro rezando para que você faça a escolha certa. A escolha certa sempre será aquela que tranquiliza seu coração. Mas não se engane, não pense que todas as vezes será assim. As vezes a escolha certa poderá te ferir, te fazer chorar ou mesmo se afastar um pouco. Vejo que esse é o momento perfeito para se organizar, reagrupar seus pensamentos preparar-se para o momento certo.
Sim, o amanhã chegará, queira você ou não, esteja você aqui ou não, por mais que posterguemos a responsabilidade, em algum momento o tempo vai cobrar, a vida vai cobrar as pessoas vão cobrar, e como devemos agir diante disso? Penso que devemos tomar o remédio agora, antes que sejamos obrigados a tomar. O remédio que eu digo, nada mais é do que você tomar uma pequena dose de calma, e refletir, ponderar seus anseios. Nem sempre o que se apresenta como algo bom, te fará bem. Assim como, nem sempre aquilo que se apresenta como algo ruim te fará mal. São faces de uma mesma moeda. As vezes o amor que se foi, já cumpriu a missão dela em sua vida. Outras vezes o amor que acabou de chegar de maneira inesperada, ficará aqui para sempre.
Uma das maiores dádivas que possuímos, é sem dúvidas nossa inocência de consciência. Não digo que estamos jogados ao acaso, com um destino determinado, mas que estamos posicionados exatamente onde devemos estar, e construindo dia a pós dia nosso futuro, e ainda que esse seja responsabilidade nossa, não sabemos de fato para onde estamos indo. Com isso, retomo meu argumento anterior dizendo: "Estamos nos aprofundando em um mar, de onde nunca sairemos", no entanto, essa é nossa única e última certeza. Por fim, te deixo com um questionamento: Qual a profundidade que você tem oferecido àqueles que estão verdadeiramente dispostos a mergulhar em você?
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NÃO É O FIM
SpiritualA Série Crônicas apresenta de maneira simples, porém, profunda os pensamentos que povoam nossas mentes e que nos mantém acordados. Será que somos o suficiente para alguém, ou será que somos meramente metades mal resolvidas? Aprecie!