Capítulo 52

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M A R I A   E L I S A 🌻

Acordei no dia seguinte disposta a matar Vinicius.

Acabei dormindo na casa do meu tio, peguei no sono de tanto chorar, e a cara super inchada.

— Come aí Maria — meu tio falou empurrando pão e um copo de suco — se tu não comer não sai.

— Será que ele já sabe que o TH é meu pai? — perguntei pegando o pão — porque se ele souber, e o TH descobrir vai querer matar ele.

— Vamos contar então — meu tio falou e demos risadas — come primeiro antes de sair, hoje é domingo, vai sair com as meninas — ele saiu da cozinha e voltou com as chaves na mãos — Tô indo, tu tem a chave, qualquer coisa me liga.

Assenti com a cabeça e terminei de comer.

Sai da casa do meu tio e segui pra mim, até agora recebi mais de sete chamadas do Vinicius, não atendi nenhuma.

Cheguei em casa e fui me arrumar, depois de já pronta desci o morro e já encontrei o carro do Uber.

Assim que o carro parou, paguei o motorista, desci e comecei a apertar a campainha sem parar, resultando dona Lidia abrindo a porta com uma cara de estar perdida.

— Oi, Vinicius está? — perguntei na maior cara de pau —.

— Sim, esta em seu quarto — falou e logo em seguida deu passagem para eu entrar — pode subir.

Assenti com a cabeça e subi as escadas, cada passo vinha uma imagem nossa, momentos bons, tão bons, mais logo vinha em minha mente tudo o que ele fez, tudo o que ele causou, e só me via tomada pelo ódio.

Abri a porta e encontrei o mesmo deitado em sua cama, o que eu queria de fato era enforcar ele.

Comecei a bater palmas, lento, sabe quando você vê aquelas pessoas putassa por ter descobrido algo, bem no deboche mesmo? Então, era isso que eu estava fazendo.

Ele acordou, me olhou sem entender.

Fechei a porta e me encostei na mesma.

— Pretendia ficar nesse joguinho até quando? — perguntei e Vinicius se sentou na cama — achou mesmo que eu não descobriria? Pode me fazer de trouxa, mais um dia a trouxa descobre — dei uma risada irônica, tô é nervosa isso sim — e acredite, não é bom quando isso acontece.

— Do que tu tá falando Maria? — perguntou se fazendo —.

— Para que tá feio Vinicius — falei e limpei uma lágrima — meu tio falava pra mim, mas eu não ligava, dava os ombros, sabe o que eu sinto por você agora? — perguntei o encarando, nesse ponto, contra a minha vontade, meu rosto estava vermelho, todo molhado — nojo, é isso o que eu sinto por você, pena, por você ter que descer a esse nível pra conseguir o que quer, o que foi? Não é capaz de prender alguém sem machucar as pessoas que não tem nada haver com o assunto?

— Maria, olha aqui pra mim — ele levantou e veio de encontro a mim, apenas sai de seu quarto ouvindo ele me gritar —.

Desci as escadas correndo, e posso te dizer, estava vendo tudo borrado, conseguia ouvir Vinicius me chamar, mais eu não estou nem aí, já no meio da escada piso num degrau falso, e a única coisa que eu sinto é minha cabeça doer e ver tudo rodar.

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Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora