Foi no final da década de 1960 que o serial killer conhecido como Assassino do Zodíaco praticou seus crimes. Entre dezembro de 1968 e outubro de 1969, ele matou sete pessoas no norte da Califórnia, nos Estados Unidos. Em 1974, ele ousadamente enviou várias cartas à imprensa com quatro criptogramas desafiando a polícia. Apenas um código destes quatro foi decifrado.
A polícia nunca identificou o assassino, tornando o caso um dos mais misteriosos da história criminal e um fracasso para os investigadores envolvidos. Mas passado tanto tempo, será que essa realidade ainda pode mudar? Após cinquenta anos do frenesi causado pelo Zodíaco, dois especialistas afirmam que fizeram um avanço no caso e que possivelmente identificaram o responsável pelos crimes. Ele seria um suspeito que chegou a ser interrogado pela polícia pelo assassinato de uma adolescente em 1966, então considerada uma provável vítima do serial killer.
Em entrevista para um documentário, o ex-detetive de homicídio de Los Angeles Sal LaBarbera e o especialista em casos arquivados Ken Mains analisaram as evidências do assassinato de Cheri Jo Bates, uma adolescente de 18 anos que foi espancada e esfaqueada na Califórnia. Eles descobriram que o suspeito original no caso, Ross Sullivan, se encaixa na descrição do Zodíaco que foi dada por uma testemunha ocular durante a investigação policial de outro assassinato. Uma foto de Sullivan, que se estiver vivo agora teria 76 anos, mostra-o usando um par de óculos espessos que são surpreendentemente parecidos com os vistos em um esboço policial do Zodíaco.
Mains ainda explicou que o tempo passado desde a ocorrência dos assassinatos significa que poderia ser mais fácil pegar o assassino agora, acrescentando que “o tempo é um aliado”. Cheri Jo Bates foi encontrada com feridas de faca semelhantes às das vítimas confirmadas do Zodíaco. Na época, Sullivan foi mencionado na imprensa local como suspeito e foi questionado pela polícia.
No programa Zodiac Killer: Case Closed?, os dois especialistas em homicídios descobriram que há evidências suficientes para provar que Bates foi assassinada pelo Zodíaco e acreditam que poderiam apontar Sullivan como o principal suspeito. Em 1968, o ano dos primeiros assassinatos do serial killer, Sullivan foi preso por apresentar um “comportamento estranho” em Santa Bárbara, não muito longe de onde os assassinatos ocorreram. Ele também trabalhava na biblioteca da universidade, perto de onde o corpo da adolescente foi encontrado.
Os investigadores conversaram com ex-colegas de Sullivan, que foi descrito como um homem “quieto” e que sempre usava a mesma roupa de estilo militar, com botas militares. Este é um dado importante, já que pegadas de botas de exército foram encontradas nas cenas dos crimes associados ao Zodíaco. O ex-funcionário da biblioteca também se parece muito com o esboço policial do Zodíaco, que foi divulgado na imprensa quando as autoridades solicitaram por informações na mídia. Ambos os homens usam óculos semelhantes e têm cortes de cabelo semelhantes. Há também elementos do passado de Sullivan que sugerem uma ligação. O Zodíaco era conhecido por criticar a polícia com mensagens codificadas que continuam a intrigar especialistas, passados mais de 50 anos. Surpreendentemente, Sullivan era um estudante de inglês que fez um trabalho de pesquisa sobre criptologia antes do início dos assassinatos.
Comentando sobre as evidências, Mains acredita que é o momento certo para finalmente descobrir a verdadeira identidade do assassino do Zodíaco, e que os cinquenta anos que se passaram desde os crimes podem ajudar os detetives a encontrar a verdade.
O documentário com as revelações dos especialistas também mostra o trabalho de um supercomputador, que foi usado para tentar decifrar os códigos escritos pelo Zodíaco. Um professor da Universidade do Sul da Califórnia criou um software de inteligência artificial que foi projetado para ajudar a quebrar o Z340, o famoso código do serial killer. O paradeiro atual de Ross Sullivan é desconhecido.
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MENTES DIABÓLICAS
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