Capítulo 4

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Scarlett descobriu um guarda-roupa lotado dos mais lindos vestidos que já virá, presente de Evans pra ela. Eles jantaram em silêncio, e depois foram pra sala de estar.

- Evans, quando você for ao centro, posso ir contigo? - Pediu Scarlett, tímida.
- Pra...? - Perguntou Evans, sem olha-la.
- Preciso comprar algumas coisas. - Disse Scarlett, e Evans ergueu a sobrancelha. - Posso pagar. - Concluiu, confusa com o olhar dele, mas ele riu.
- Depois de ter conhecido essa mansão, acha realmente que dinheiro é algum problema pra mim? - Perguntou Evans, debochado.
- Obviamente não. - respondeu Scarlett, se achando idiota.
- Pode ir amanhã, se quiser. - Disse Evans, sem interesse. Scarlett assentiu, feliz, e se calou.

Após algum tempo Scarlett pediu licença e se retirou. No quarto, após lutar pra tirar o vestido, se irritou consigo mesma, resmungando na frente do enorme espelho.

- O que houve? - Perguntou Evans, ao entrar no quarto, vendo a briga de Scarlett que tentava desamarrar o espartilho, com suas mãos viradas pras costas.
- Quê? - Perguntou Scarlett, e o encarou hesitante - Ah, não é nada, só estou terminando de tirar o vestido. - Sorriu, nada comovente.
- Me deixe te ajudar. - Ele avançou pra ela, que recuou. - Está tudo bem petit, eu só vou desenlaçar o vestido.

Scarlett ficou quieta e ele foi até ela. Ela virou de costas e afastou o cabelo. As mãos de Evans eram ágeis, e logo ela sentiu o corpete afrouxar.

- Viu? Não doeu. - Evans sorriu, debochado como sempre.
- Obrigada. - Scarlett sorriu tímida, e foi tomar banho.

Quando Scarlett voltou, Evans já tinha deitado.
Ela não tinha pensado nisso. Deitou-se em seu lugar, tensa. Evans se divertia com o desespero dela. Ele estava quase dormindo quando sentiu uma mão levemente lhe abraçar pela cintura. Scarlett dormira, e no frio que estava fazendo se aconchegou na fonte de calor mais próxima, ele.
Ela tinha um perfume leve, floral. Ele envolveu ela no braço, e sentindo seu cheiro, dormiu também.
No dia seguinte, Scarlett acordou antes de Evans. Se assustou ao perceber que estava enlaçada com o marido. Se recuperou do susto ao olha-lo, Evans dormindo era diferente, não tinha aquela fria expressão no rosto, ele respirava superficialmente, o rosto e peito nu, corados, era tão... Humano.
Ela se levantou lentamente e o cobriu, o dia estava como ontem. Ela encheu a banheira com água quente, e após prender os cabelos entrou no banho. Escorou a cabeça na borda da banheira e fechou os olhos, sentindo cada pedacinho do corpo despertar.
Estava assim a alguns minutos quando duas mãos quentinhas tocaram seu ombro, fazendo-a se assustar.

- Shiiii... - Disse Evans, com a voz rouquinha. - Sou eu.

"Como se isso me acalma-se". Pensou Scarlett. Mas então ele começou a alisar o ombro e o colo dela sutilmente, fazendo-a se arrepiar e relaxar ao mesmo tempo.

- Bom dia, petit. - Evans disse perto do ouvido dela e ela estremeceu. Era incrível o poder que ele tinha sobre ela.
- Bom d... - A frase se perdeu quando ele lhe beijou a orelha. Evans sorriu.

Evans começou a massagear o ombro de Scarlett, que esqueceu de tudo. De vez em quando ele lhe beijava a orelha, o pescoço, o ombro, como se estivesse estudando suas reações. E ele estava mesmo. Se deliciava ao ver a pele dela estremecer, arrepiar. Os suspiros dela eram como musica pra ele, Scarlett estava completamente absorta, tanto que não viu quando ele se levantou, tirou a roupa, afastou ela um pouco e se sentou atrás dela na banheira. Só veio despertar quando sentiu suas costas tocarem no peito quente dele. Ela se retraiu, mas ele a segurou.

- Calma, eu não vou te fazer nada. - Evans puxou ela de volta, deixando-a se recostar em seu peito.
- Tenho minhas duvidas. - Scarlett retrucou, mas se deixou acariciar.

Evans acariciava a barriga dela por debaixo da água e lhe beijava a orelha, ombro e pescoço. Ela sentia o peito dele confortando suas costas, e após algum tempinho começou a acariciar a coxa dele timidamente. Evans sorriu com isso, após algum tempo ele lhe beijou a bochecha, rosto. Scarlett virou o rosto instintivamente com isso, ela se condenou por isso, mas quando sentiu a respiração de Evans em seu rosto, o que fez foi fechar os olhos.
Evans observou o rosto de Scarlett por um momento. Seus traços finos, a pele delicada. Ele levantou a mão de dentro da água, deixando a outra na barriga dela. Pousou a mão no maxilar de Scarlett e a beijou levemente. O gosto de Scarlett era doce, suave. Após um tempo os dois já se beijavam com volúpia. Evans tinha virado Scarlett pra si, agora ela estava deitada na barriga dele. Ele segurava a nuca dela, puxando-a pra si, e ela o segurava pela cintura, abraçando-o. As vezes ele descia os beijos pelo pescoço e pelo colo dela, sedento por sua pele, e Scarlett jogava a cabeça para trás, aos suspiros. Evans sentia os seios dela em contato com seu peito, e isso estava pondo-o a loucura. A sensação boa da noite retrasada voltou a Scarlett, quando sentiu a mão dele lhe acariciando firmemente. As vezes ela deixava escapar alguns pequenos gemidos, e corava violentamente com isso, mas Evans não parecia perceber. Logo ele tomava sua boca de novo, e tudo estava perdido.
Evans despertou quando se sentiu rígido, rígido o suficiente para entrar nela, o que já estava acontecendo aos poucos, involuntariamente. Mas não podia continuar assim, apesar de sua vontade de tela em seus braços era extrema, Scarlett não merecia ser usada.

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