PRÓLOGO

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OS QUATORZE ANÕES já estavam na metade do caminho, correndo riscos e enfrentando tudo o que viesse contra eles

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OS QUATORZE ANÕES já estavam na metade do caminho, correndo riscos e enfrentando tudo o que viesse contra eles. E foi em uma dessas, que eles, juntamente a Gandalf, encontraram o templo sombrio, cujo é muito falado e conhecido por aqueles que temem se aproximar dele.

A chuva já estava engrossando e pelo que mais parecia, e o que o mago disse, só iria piorar, além de estar anoitecendo.

Não tinham outra escolha. Ou era entrar naquele lugar que causava calafrios só de olhar, ou era enfrentar a turbulenta chuva e tentar a sorte.

Optaram por passar a noite no lugar.

A pedido de Gandalf, eles não trocavam muitas palavras, já que o mais velho avisou que era melhor assim. Aquele lugar era cheio de segredos e coisas das quais nem mesmo ele ousaria falar em voz alta, para não ter que chamar atenção.

Teriam que ser invisíveis e mudos, com com os ouvidos atentos e olhos ligados.

— Ao amanhecer, creio que essa tempestade já tenha passado — Gandalf disse colocando o seu chapéu do lado — E os orcs também.

— Eles não vão descansar, mesmo na claridade do dia — Thorin disse — Não temos tanto tempo.

— Sim — O mago confirmou — Ao amanhecer, nos primeiros raios de sol, continuamos. Eles não vão passar por essa parte...

— Como sabe ? — Kili perguntou — Eles não tem medo de nada, muito menos das forças malignas.

— Por mais que aqui seja um lugar sombrio, eles não são bem-vindos — O mago afirmou — Aqui a coisa é bem diferente — Disse passando os olhos pelo local iluminado pelas velas e lamparinas — Eu acho melhor irmos dormir. Aqui somos vigiados e não quero despertar aquele que dorme o sono profundo.

Os anões se entreolharam, receosos e com um certo medo e desconforto. O céu era iluminado pelos raios e o silêncio quebrado pelos trovões. Eles se encolheram em seus lugares, agora quentinhos, e logo pegaram no sono.

Algumas horas se passaram, e além dos trovões, os roncos e suspiros eram ouvidos. Os pequenos estavam cansados, não só fisicamente e por isso eles praticamente entraram em coma, deixando seus corpos relaxados e os pulmões trabalhando calmamente.

Mas apenas um estava acordado. Bilbo. Esse que, dormiu pouca coisa mas que logo estava com os olhos abertos, observando o seu lugar e tudo a volta. Inquieto por estar em uma posição só por muito tempo, e ainda com o peso da perna de Nori sobre as suas, ele se remexeu para sair daquilo, com um pouco de sucesso. Agradeceu por ter conseguido se mover e sentir o alívio em seu corpo, fechando os olhos para tentar pegar no sono novamente.

Mas quando estava conseguindo se concentrar, algo em seus olhos o incomodou. Torceu o nariz, ajeitou sua mão embaixo da cabeça e tentou novamente se concentrar. Falhando miseravelmente.

Irritado, ele abriu os olhos para ver do que aquilo se tratava, já que a única coisa que clareava o lugar eram os relâmpagos e mesmo assim não era tão forte. A luz, tão clara, que ele podia jurar que ali poderia ter alguma iluminação da cidade, mas então se lembrou de que ali não era a cidade. E muito menos onde morava.

A touch of love - ThranduilOnde histórias criam vida. Descubra agora