seu corpo fala

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Chenle só conseguia olhar para o rapaz a sua frente e se indagar o que havia feito de errado. Todos os seus momentos juntos e até quando estava sozinho, cada pedacinho de si clamava por um toque do seu companheiro, seus poros exalavam o quanto o amava, o quanto precisava dele e isso o levava a pensar e se perguntar mais uma e outra vez, por que ele não o amava mais? Havia outro? Ou apenas não era o suficiente para ele? Chenle o evitava todo tempo, sabendo que a qualquer momento em que o garoto abrisse a boca poderia ser o seu fim. O fim deles. Daquilo que tinham, aquilo que o Zhong achou ser eterno, que ele disse ser eterno. Mas, sempre tem aquele questionamento, quanto tempo dura o eterno? Ou até quando as promessas deixam de ser uma dívida e passam a ser apenas palavras vazias ditas em um momento de impulso? Às vezes Chenle se perguntava porque ele ainda se torturava, empurrando aquela relação com a barriga, quando o seu amor fala com cada parte do seu corpo que não o ama mais. Os olhos cada vez mais distante, as mãos cada vez mais frias e o Coração que não estava mais ali consigo. Amar dói. Ser insuficiente dói. Doeu quando viu o jeito que seu amado olhava para outro. Doeu quando ouviu o discurso de término que ele tinha preparado naquele fatídico dia, como o chinês sempre temeu. Como ele sempre soube. Porque sempre soube interpretar os sinais, semrpe soube ler o corpo do seu amado e entender como ele não o queria mais. 

Porque todo o seu corpo fala. Me rejeitando com os pequenos gestos.

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