Betty 0.4

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Subi na moto de Chuck e voamos pela madrugada de San Francisco. Quando chegamos ao hotel, desci da moto e dei um beijo em seu rosto.

— Obrigada por tudo. Você é um anjo. — Disse, olhando para seus olhos escuros da cor da noite.

— De nada. ― Ele sorriu para mim docemente. ― Você sabe que pode contar comigo sempre. Não quer me contar o porquê dessa ruguinha na sua testa? Você estava tão animada Betty, e, de repente, ficou triste, aconteceu alguma coisa? Ele me lançou um olhar preocupado.

―Não, só estou muito cansada, agora eu tenho que entrar. ― Menti. — Não vai me convidar para entrar? Hoje eu sei que você não está bêbada, e eu adoraria te fazer companhia.

— Mas eu preciso ficar sozinha, você entende, não é? ― Ele passou a mão no meu rosto, e eu fechei os olhos para sentir seu toque reconfortante.

— Tudo bem, mas qualquer coisa você me liga, ok? Que eu venho correndo, você sabe — Ele deu um beijo no meu rosto e deu partida na moto, colocou o capacete e voou para longe.
Meia hora depois, após comer algo e tomar um banho, meu celular tocou.

— Alô, B?

— Oi, V.

— Por que você foi embora sem se despedir de mim, lembra que o combinado era você dormir no meu apartamento hoje?

— Desculpa, Verônica. Não tinha como ficar no mesmo ambiente que o seu irmão, vamos combinar que o cara é chato para cacete! E ele me odeia, não sei se você percebeu.

— Ei, ele não te odeia, ele só não teve uma boa primeira impressão, mas quando ele te conhecer melhor, vai gostar de você. Pode ter certeza. Meu irmão não é injusto e muito menos uma pessoa má.

Claro que não, só me chamou de vagabunda e praticamente me expulsou do seu apartamento. Revirei os olhos com a lembrança.

— Tudo bem V, eu já entendi. E a festa ainda está rolando?

— Não, depois que você saiu o Jughead mandou todo mundo ir embora. E depois ele foi para casa da namorada.

Eu bufei. Sério?

— O cara é uma mala mesmo. E você vai passar o resto do seu aniversário nesse apartamento enorme sozinha?

— Vou, tem alguma ideia?

— Sempre! Lembra do que nós combinamos mais cedo de sair por aí no seu Porsche?

— Betty... Talvez não seja uma boa ideia.

— Olha Verônica, quando você criar um pouco de coragem na vida me liga, ok?

— Espera, não desliga. Está bem... em 5 minutos chego aí.

A cidade de San Francisco era um borrão enquanto dirigia o Porsche da Verônica em alta velocidade pelas ruas silenciosas. O único barulho era da música da Rihanna que estava tocando no som do Porsche. Estávamos eufóricas cantando o refrão da música e bebendo muita cerveja.

— Uhuuuuuuuuuuu... Isso aqui é incrível! — Gritou V, animada. Eu sorri, foi quando olhei no retrovisor, mal acreditava no que estava vendo. Desliguei rapidamente a música e diminuí a velocidade.

— Ferrou Verônica, porra!

— O que foi Betts?

— Tem uma viatura da polícia atrás de nós. Ela me olhou com olhos arregalados.

— Ai não, eu não acredito nisso. O Jugh vai me matar. — Disse ela, completamente aterrorizada.

— Relaxa, eu resolvo isso. Quando parei o carro, a viatura encostou, e um policial gordo de cabelos grisalhos, bateu no vidro e eu abri a janela.

❛Bad Lady ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora