Essas cicatrizes parecem não querer cicatrizar...
Essa dor é muito real...
Há tantas coisas que o tempo não pode apagar...
Amar? O que é isso?
Amigos? Como fazê-lós?
Esquecer meu passado? Isso é possível?
Poderei desvendar a verdade entre tantas cal...
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Mio chega em casa suspirando entediada. Que dia cheio ela tinha tido dentro daquele escritório resolvendo negócios de muito tempo atrás. Tanto trabalho em um dia. Aquilo foi bastante estressante para ela, ainda mais por ter deixado Blossom sozinha. Aquilo havia deixado muito preocupada. Não queria ter feito isso, mas não tinha outra escolha, já que ela tinha que ir ao trabalho do seu falecido marido.
Mio tira os sapatos e o casaco e os deixa num canto da sala. Logo em seguida ela chama a empregada Rosa.
- Podem falar Madame. – diz a mulher.
- Onde está Blossom? – pergunta a senhora.
- No quarto, ela não saí dele desde que a senhora saiu. Eu até a chamei para descer, mas até agora nada.
- Ela deve ter sentido minha falta tadinha. – diz a senhora pensativa – Chame – a por favor.
Rosa assente e sobe as escadas indo em direção ao quarto da ruiva. Depois de alguns tempinhos a mulher desce junto com a garota.
- Olá querida. – cumprimenta Mio.
- Que bom que já voltou.
- E então? Ocorreu tudo bem por aqui enquanto estive fora? – pergunta Mio a garota.
- Sim.
- Você se comportou certo? Obedeceu todas as regras que te disse né?
- S-sim. V-vo-vo. – a garota gagueja um pouco. O nervosismo acabara de subir naquele exato momento.
- Ótimo. Agora sente – se aqui. Precisamos conversar sobre ontem.
A ruiva senta ao lado da sua avó no sofá.
- Bom, sobre o que aconteceu, sei que gostou muito daquela escola e eu confio bastante no diretor de lá, então te tirarei de lá por causa daquele garoto. Só quero que evite de conversar com ele. Não quero você de amizade com esse menino entendeu? – Mio olha sério para a ruiva.
- M-mas...Ele é legal...Foi m-me-eu primeiro...amigo. – a ruiva diz tristemente.
- Não existe só ele na face da terra. Arrume outros. Sei que consegue.
A garota suspira pesado.
- Sei que é difícil. Mas é para o seu bem. – fala a mulher lhe encarando.
A garota nada responde. Somente continua com a cara de tristeza.
- Querida... – Mio levanta a mão para colocar no rosto da garota e rapidamente a ruiva desvia da mão da senhora.
Mio a olha surpresa. Em seguida a garota se levanta.
- Injusto. – a garota a olha seriamente e sobe as escadas para o quarto.
A senhora continua olhando em direção onde a garota tinha ido. Pela primeira vez Blossom tinha a respondido.
