DESCONTRAÍDA

O que diria para você criança?

Sentir aquele prazer inevitável de resgatar uma velha garota que se perdeu no tempo, que deixou as coisas mais belas da vida morrer em um sopro sem saber o porquê. Ela se deixou de mão, pois já se sentia esgotada, maltratada, amargurada consumida pela solidão, a montanha é tão grande que se acha incapaz de escalar a mais alta para se sobreviver. Sabe quando você se sente perdida, vazia, bagunçada? Essa sou eu sem corpo e sem alma. Em mais um dia Aurora acorda bochechando com um braço pro ar e o outro na boca o cabelo todo bagunçado vestida de uma calça moletom e uma camisa regata masculina enorme se olhou no espelho e teve medo de si própria pela primeira vez, pois não acreditou que aquela garota descontraída mergulhou- se em um balde de água profunda e nunca mais conseguiu sair de lá se perguntando onde foi que errou. Sentou- se a cadeira em frente ao espelho começou a vestir seu ego com toda força como se fosse a única coisa do mundo que existisse, forçou um sorriso que lhe pareceu tão natural que quem não conhece acha que é verdadeiro, mas quando ver seu interior é excessivamente gritante, após colocou seu melhor vestido entre o joelho preto e calçou seu tamanco incolor levando- se desceu as escadas logo a mesa pegou a chave do carro junto com seus óculos pretos grande pois no rosto com o celular no ouvido com a supervisora da revista dizendo que precisa de uma matéria urgentemente para cobrir o fracasso que foi ao fundo do poço com Evellyn e sobra sempre pra mim como se fosse a melhor e enquanto eu diria me veio a cabeça o quê eu diria pra mim mesma na infância, estacionei o carro na praça onde tem varias pessoas e crianças e comecei a fazer uma entrevista do que as falaria, enquanto estacionava o carro ligue para uma pessoa da revista trazer um espelho do tamanha das pessoas, para elas mesmas se verem.