Depois de confirmada a estadia do Will aqui essa noite, depois da minha mãe oferecer o quarto de hóspedes a ele, depois de lavar à louça, minha mãe anuncia que já é hora de ir pra cama. Subimos e chegando lá em cima notamos uma coisa, o Will não tem roupa pra dormir.- Podemos ver se alguma roupa do Brian serve em você, já que vocês tem, praticamente a mesma estatura e fisionomia. Alguma vai servi. - Diz minha mãe.
Enquanto ela vai ajeitar o quarto pro Will, eu e ele vamos para o meu quarto procurar alguma roupa que sirva mais ou menos nele. Abro meu guarda roupas e analiso as opções. Pego uma camiseta larga e short também um pouco largo, jogo pra ele e peço para que ele vá provar no banheiro. Ele se move para dentro do banheiro e alguns minutos depois ele sai, até que a roupa serviu bem. Tirando o fato da camiseta ter ficado um pouquinho justa (o que delinearam os seus músculos), o short até que ficou legal. Minha mãe chega alguns minutos depois para levá-lo ao seu quarto.
Dou um boa noite à ele e minha mãe, e eles saem, fecham a porta e vão. Vou escovar meus dentes, depois procuro um pijama para dormir mas, apesar da chuva e tudo resolvo dormir só de camiseta e cueca boxe. Depois de dá uma olhada no meu Facebook, nada de importante, resolvo ir deitar. Desligo o notebook e pulo em cima da cama, uns cinco minutos depois ouço alguém bater à minha porta. Deve ser minha mãe, penso. Por isso peço para que entre. Quando a porta se abre levo um susto. Não é a minha mãe é o... Will!!
- Mas o que você está fazendo aqui? - Pergunto meio na defensiva.
- Só queria conversar um pouco. Perdi o sono. - Diz ele simplesmente.
- Então entre, não fique na porta.
Ele entra, fecha a porta e fuca parado encostado na porta.
- Vem, pode sentar aqui. - Bato a mão no espaço vazio da minha cama.
Ele atravessa o quarto e se senta na cama.
- Você não esta com frio? - Pergunto ele, apontando pra mim.
- Não. Sou difícil de ser afetado pelo clima. Não sinto nem muito frio e mem muito calor.
- Legal. - Responde ele. - Acho que posso fazer isso também. - Ele diz isso e logo depois já está tirando o short. Fica só de boxer branca na minha frente. Sinto alguma coisa crescendo dentro de mim, um desejo repentino de pular em cima dele e cobrir ele de beijos. Não!!, repreendo-me.
- Qual seu problema? - Digo, irritado com o efeito que ele me causa.
- Como? - É só o que ele diz
- Por que você faz tudo isso comigo? Primeiro não para de me encarar, depois me persegue no supermercado, e ainda aceita o convite da minha mãe. E agora isso. Por que? Só quero saber o porquê. - Falo quase que como uma súplica.
- Não sei do que você está falando.
- Não vem com esse papo de "não sei do você está falando, que é coisa da sua cabeça", por que isso não cola! - Quase grito, mas lembro que minha mãe deve está acordada ainda, e não quero que ela veja o Will só de cueca no meu quarto.
- Você quer realmente saber o "porquê" disso? - Fala ele com rispidez. - Por isso.
Sem nem avisar ele fica em cima de mim e me beija. Isso foi tão inesperado que fico sem reação. Num momento ele estava sentado na ponta da cama e no outro pá!, ele já está em cima de mim. Mas esse momento de surpresa passa e, não sei o porque, logo o estou puxando para mais perto de mim. Seus lábios eram de uma macieza incrível, seu beijo tinha uma urgência arrasadora, como se tivéssemos só aquele momento, sua língua explorava cada local da minha boca, ele me imprensava contra à cama. Eu retribuía tudo e mais um pouco, eu nunca senti tanto prazer em estar beijando alguém, não queria que ele parasse. Inverto nossas posições e logo eu estava por cima dele, o beijando com a mesma urgência que ele me beijava. Senti sua ereção crescendo embaixo de mim, logo sinto que minha ereção também o esta imprensando-o. Ele sorri nos meus lábios e começa à tirar minha camisa, coloco a mão na sua camisa e a tiro também. Deslizo minha mão por seu peitoral musculoso. Meu Deus como esse homem é gostoso, penso. Sinto suas mãos deslizando pelo meu corpo sem tirar nossos lábios um só outro, e quando ele esta prestes a tirar minha cueca eu recuo e pulo para fora da cama.
Estou suspirando, quase sem fôlego. Ninguém nunca havia me deixado assim antes. Olho pra ele e percebo que ele está no mesmo estado que eu.
- Por que você fez isso? - Pergunto, tentando voltar à respirar normalmente.
- Você não queria saber o "porque" de tudo aquilo. Então essa foi sua resposta. - Ele dá um pequeno sorriso e foca olhar na minha cintura. Olho pra baixo e percebo que minha boxer é branca e, mesmo na pouca luz da luminária, dá pra ver que ainda estou excitado.
- Para com isso! - exclamo.
- Não dá, ela é muito linda. - Diz ele com um sorriso diabólico no rosto.
- Sai do meu quarto. Agora! - Puxo ele pelo braço e o levo para a porta.
- Espera. Pensei que você estivesse gostando. Eu estava.
- Pois pensou errado. Agora fora daqui! - Coloco ele pra fora e fecho a porta na cara dele.
Corro para o banheiro e jogo água no rosto para tentar aliviar um pouco, tudo isso. Volto para cama, me deito e fico pensando nos acontecimentos dessa noite. O beijo repentino dele, o modo como ele me completou, seu corpo colado no meu, suas mãos no meu corpo, as Mingas mãos no corpo dele... Olho pro chão e vejo uma camiseta, pego ela e percebo que era à que ele estava usando. Coloco ela no meu nariz e inspiro o cheiro que esta nela, creme e pêssego, o cheiro dele.
Essa noite vai ficar gravada em mim para sempre, percebo que tudo o que vinha acontecendo comigo em relação à ele, só significava uma coisa: eu amo esse garoto! E com esse pensamento, com a camiseta que tem o cheiro dele e a chuva batendo na minha janela, adormeço e tenho sonhos lindos, com ele é claro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Até Depois do Fim
RomanceO ensino médio de Brian foi sempre a mesmice que qualquer outro: acordar cedo, pegar ônibus para a escola, encontrar as mesmas pessoas chatas de sempre, os mesmos professores, os mesmos, mais ou menos, 230 dias letivos; até que o tão esperado tercei...