Capitulo Um.

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@TssChidori

"Ei sei que você não é a ruivinha, mas achei interessante conversar com você".

Achei legal e sorri com a mensagem, me sento e respondo.

@CerejeiraShannaro

"Ta me achando com cara de Step"? ~Emoji e carinha pensativa.

@TssChidori

"De forma alguma, achei divertida a forma que me respondeu, digo que poucos falam dessa forma comigo"

@CerejeiraShannaro.

"Por acaso você é uma pessoa superimportante pra não dirigirem a palavra casualmente a você?"

@TssChidori

"Não, apenas sei como impor respeito às pessoas ao meu redor, e digamos que meu próprio nome carrega um peso em meio as pessoas."

@CerejeiraShannaro

"Pois garanto que isso tudo é pura marra"

Continuamos a conversar por horas, e sinceramente me sentia a vontade de falar com ele, era descontraído e não era uma conversa forçada como os outros caras ele mantinha um assunto leve, não me questionava sobre como eu era, o que fazia, apenas conversávamos sobre tudo, desde política até a ideia de apocalipse zumbir acontecer e eu ria de me acabar, mesmo tendo um bom humor, poucos conseguiam me arrancar boas gargalhadas ainda mais atrás de um monitor, estava realmente feliz por conhecê-lo de certa forma.

-Saky querida desça aqui. –Minha mãe grita e assim faço.

-O que foi? –Digo ainda nas escadas.

-Eu quero que... –Me analisa assim que chego em sua frente. –Ainda não se trocou de hoje cedo? –Me olho e realmente não havia olho para fora e vejo que estava anoitecendo, passei tanto tempo conversando com aquele @ que mal notei que já estava anoitecendo.

-Desculpe, me ocupei com um trabalho da faculdade. –Minto, menti bonito dessa vez.

-Aa tudo bem, vá ao mercado para mim? –Balanço minha cabeça em sinal de sim. –Está aqui à lista ok.

-Eu volto logo. –Digo pegando a lista junto com o dinheiro, subo para me trocar como era verão, coloco um shorts jeans cintura alta, uma camiseta mais soltinha e fresca e um chinelinho.

Vou andando tranquilamente pela calçada cantarolando, mercado não era tão longe, entro no mercado faço as compras para minha mãe. Pago e saio, percebo que estava mais escuro que antes, tentaria cortar o caminho de volta por uma estrada mais iluminada do que eu tinha vindo. Chego à ruazinha e a frente vejo alguns rapazes discutindo.

-Vem pra cima sem esses seus seguidores babacas. –Ouço uma voz grave e acho o timbre da voz familiar, mas pelo momento não me vinha na cabeça.

-Quem você chamou de babaca? –O outro rapaz responde.

-Você... –E assim que acaba de dizer isso recebe um soco em seu rosto, coloco a mão na boca pra evitar gritar e ser percebida, o rapaz se defende do soco e os dois começam a lutar, mas os outros rapazes presentes entram na briga sem deixar chance para o pobre rapaz, estava uma quebradeira daquelas, sinceramente estava a procura de uma cadeira e algumas pipocas para assistir, porém achei injusto achei que teria que agir para o bem do pobre moço.

-Ei babacões, não acham covardia isso que estão fazendo? –Digo me aproximando, e completamente com c* na mão temendo que fosse agredida também.

-E quem é você? –O que eu achava que era o líder desse bando de gorilas falava.

-Não lhe interessa. –Respondo grosseiramente, não diria meu nome para evitar ser perseguida por ai.

-Vai embora antes que a garotinha se machuque. –Me fala grosseiramente, garotinha meu ovo que nem tenho.

-Garanto que a garotinha machucaria você facilmente. –Me olha de cima a baixo e ri debochadamente, eu não fazia ideia do que eu estava fazendo e como sairia dessa, mas, teria que dar um jeito.

-Tenta a sorte. –Ele diz vindo para cima de mim, socorro, desvio dele e lhe chuto as partes baixas com toda a minhas forças ele cai agoniando no chão, vejo seus companheiros vindos em minha direção, fico paralisada sem saber o que fazer, sim seria minha morte, adeus mundo foi muito bom viver até aqui, mão eu amo a senhora e desculpa não levar suas compras quando nos encontrarmos no além você puxa minha orelha. Fecho os olhos preparando pela pancada quando sinto meu braço ser puxado.

-Corre. –Aquela voz conhecida me penetra fazendo me despertar e o sigo correndo, mas meu chinelinho cai do pé.

-Meu chinelo. –Grito olhando meu bebezinho companheiro de várias caminhadas ficar para trás.

-Esquece isso ai, quer morrer. –Me grita e continuo o seguindo, de fato não sabia o que era pior, eu ficar e apanhar ou seguir com um cara que nem conhecia e que tinha acabado de apanhar, ferrada estaria de qualquer forma, só seguia o fluxo no que eu achava que não era tão pior se isso era possível. Olho para trás e os caras continuavam nos seguindo, o chefão deles com a mão nas partes intimas correndo de pernas abertas e os outros quase tropeçando naqueles grafites 0.5 que chamavam de pernas, malhavam apenas a parte de cima realmente era ridículo. Sou puxada novamente e sinto meu corpo se chocar contra uma parede e o garoto que tinha levado uma sova em minha frente encostando seu corpo ao meu, droga serei abusada agora? Podia piorar?

-O que... -Ele me corta colocando o dedo indicador em meus lábios e sinto sua respiração perto do meu rosto ofegante, sinto seu perfume amadeirado subir, aqueles perfumes de macho que impregnam na roupa e deixa qualquer mulher recatada e do lar pirada e com a cachoeira do Niágara na calcinha, ficamos assim por alguns minutos olho por cima daqueles ombros largos, sentia que era um corpo malhado nada fora do normal, mas forte e que continha alguns bons músculos trabalhados a mostra, percebo que o bando de Leci passa correndo, havíamos os despistados além de ogros eram retardados por não olharem para o lado e nos perceber nessa situação.

-Eles já foram? –Ele sussurra para mim, e novamente aquela voz me parece muito conhecida, mas que diabos.

-Já, e pode tirar essas patas de cima de mim agora, o que pensa que é em me meter nisso. –Digo o empurrando e lhe dando alguns tapas, não que estava ruim, porém sou uma moça decente e comportada, Santa Haruno prazer.

-Olha aqui sua maluca eu iria resolver sozinho. –Ele me fala e viro para encara-lo então pude ver, quase tive um ataque cardíaco, certeza que parou uns cinco segundos se possível à frequência, meus pai amado, todo poderoso nunca duvidem da capacidade do universo em tornar uma situação pior, pra que limites não é mesmo, brincadeira mesmo.

-Você. –Dizemos em conjunto e em coro, pelo menos não era a única chocada aqui. 

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