O rosto absurdamente lindo de Jughead, com olhos penetrantes e cheios de ódio, encaravam-me do outro lado da porta. Por um momento, senti um arrepio de puro medo, que eriçou os pelos dos meus braços.
Ele entrou em meu quarto sem a minha permissão.
― O que você está fazendo aqui?
― Qual é a sua garota? Você queria o quê? Acabar com a minha vida é isso? ― Perguntou ele, o rosto angelical grave.
― Quem você pensa que é para vir aqui a essa hora? Não está vendo que eu estava dormindo? ― Os olhos de Jugh avaliaram todo o meu corpo minuciosamente, e, eu estava usando apenas calcinha e sutiã. Olhei para baixo, e, pela primeira vez desde que o conheci eu estava corando.
― Acabei de levar um pé na bunda da mulher mais incrível que eu já conheci. Está feliz agora? Era isso o que você queria?
Eu me escorei na cômoda, enquanto Jughead esperava uma resposta. Ele se virou para me olhar no rosto, utilizando todo o poder de seus olhos azul-acinzentados ardentes.
― Não Jugh, eu não queria terminar o seu namoro "perfeito". Eu estava com raiva de você. Eu só queria me vingar do cara certo que adora dizer que eu sou um erro. ― Admiti com tristeza.
Ele deu um sorriso largo mostrando dentes perfeitos e ultra brancos.
― Você é muito cara de pau mesmo, Betty! O que você quer afinal, me diz? O sorriso desapareceu e seu rosto celestial de repente ficou sério.
O encarei fixamente por um momento, antes de falar.
― Olha Jughead, vou ser bem sincera. Você é um gato e tudo mais, mas eu não quero me amarrar em ninguém. Era para ser um segredinho só nosso, entendeu?
Jugh veio até mim e segurou o meu braço com força me sacudindo.
― Se era para ser só um segredinho nosso, então por que você não segurou essa sua língua afiada, garota? ― Ele olhou para mim através dos cílios longos e escuros. Os olhos cinza abrasadores. Eu pestanejei minha mente ficando oca. Santo Deus, como é que ele fazia isso?
― Me larga! Você está me machucando! ― Ele soltou meu braço num ímpeto, mas seus olhos estavam gloriosamente intensos.
― Mas você tinha que ser o bom samaritano, não é? Contou tudo para ela, ou então...
Ele me interrompeu. ― Ou então o quê? ― Havia um toque de pânico em sua voz.
― Você já estava a fim de terminar com ela antes, não estava?
― Quê? ― As sobrancelhas dele se uniram.
― Talvez você tenha... ― Caminhei uns passos até ele, agarrando o colarinho de seu casaco ― gostado da nossa ficada.
― Sai daqui... ― Ele tirou minhas mãos de cima dele e me empurrou levemente para trás. ― Cala a boca!
― Só que você não tem coragem de admitir, Jughead. ― Ele deu uma risadinha, mas desviou os olhos.
― Garota cai na real... você é uma cilada.
― Ah tá, uma cilada, uma vagabunda, o que mais? Você já me chamou de tanta coisa. Me olhou fixamente e balançou a cabeça.
― Agora eu entendi tudo. ― Ele deu um sorriso torto tão bonito, que eu só podia ficar olhando como uma idiota.
― Entendeu o quê? ― Perguntei confusa.
― O joguinho que você está fazendo. Você me provocou até eu cair na sua armadilha, só para você me infernizar depois, não é isso?
― É isso mesmo. ― Caminhei até a porta e a abri. ― Agora se você me der licença, eu preciso dormir, ao contrário de você, eu não tenho a vida fácil. Tenho que batalhar para me sustentar. Amanhã acordo cedo.
Seu rosto ficou sério sem expressão. Jughead caminhou até a porta e parou na minha frente, quando deu um sorriso malicioso e sussurrou em meu ouvido:
― O azul fica ótimo em sua pele. Meu corpo estava em chamas, por um momento, eu queria que ele não fosse embora e continuasse o que paramos na noite anterior.
Eu senti a sua respiração quente, o seu perfume delicioso. Por um segundo eu pensei que ele iria me beijar. Eu já estava rendida, o que ele quisesse fazer comigo, eu toparia. Jugh fitou-me. Eu não podia saber o que estava passando em sua mente agora. Os olhos dele estavam sombrios, pensativos. Havia uma ponta de perigo neles.
Subitamente, ele se afastou, olhando mais uma vez dentro dos meus olhos, antes de ir embora.
Idiota!
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❛Bad Lady ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ
FanfictionElizabeth Cooper, é uma menina ousada e rotulada como "fácil" na escola onde estuda. Ela apenas vive a vida sem receios. Betty, sempre teve o sonho de morar sozinha e sair do domínio dos pais. Até que conseguiu se mudar para San Francisco, arrumar u...