Um Spin-off de "O céu acima do céu"
Mesmo após uma grande decepção, André parece ainda não ter superado o fim do noivado com o amor da sua vida: enquanto tenta a todo custo esquecer Ariela, uma nova chance para o amor aparecerá em seu caminho.
Celi...
E não se esqueçam: para melhor entendimento deste livro, é necessário a leitura de O céu acima do céu, disponível na Amazon, e pelo Kindle Unlimited!
Beijinhos, e boa leitura!
Cássia
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André
Em algum momento da vida, você se sentiu extremamente perdido? Como se caminhasse, caminhasse, caminhasse e não chegasse a lugar algum? Como se esse caminho fosse cheio de setas e placas, mas todas essas direções fossem falsas? Como se segui-las não adiantasse porra nenhuma?
Já se sentiu tão angustiado que o ar faltou e todos os anos de vida que você sabe que tem pela frente fossem apenas meras formas vazias, metamorfas? Já sentiu que todo o tempo que antes achava que estava ganhando ao lado de alguém, na verdade foi tempo perdido?
Pois é. Eu me sinto assim desde que Ariela disse que não se casaria comigo. Ou melhor, desde que ela me disse que nosso noivado estava acabado.
Porque se ela só tivesse dito que não se casaria, mas que queria continuar nosso relacionamento, eu teria aceitado isso por um tempo, até ela ter certeza. Merda, quem eu quero enganar? Eu teria aceitado isso para sempre, se fosse o caso. Qualquer mínima esperança, qualquer migalha que ela estivesse disposta a me dar. Não parece nada animador, mas é a verdade. Quando se trata dela, eu simplesmente esqueço o brio que eu deveria ter. A definição de orgulho simplesmente some da minha cabeça. Eu amei essa maldita mulher por anos. Em todos os piores e melhores momentos da minha vida, foi para ela que liguei primeiro. Foi sua voz que eu quis ouvir me dando os parabéns. Foi sua voz que eu quis ouvir me dizendo que tudo ficaria bem. E era sempre sua voz que eu ansiava por ouvir gemer em meu ouvido, pedindo mais, pedindo para ser minha.
Porra. Simplesmente não sei se vou sobreviver a essa separação.
Que merda!
Pego o anel na mesa, rodo-o entre os dedos, e, sem pensar duas vezes, o atiro longe. Se ela o tratou como nada, então é isso que ele é para mim: nada. Depois, pego minhas coisas e me levanto, e enquanto caminho até meu carro, como uma maldição, revivo cada palavra sua, ditas minutos atrás. Cada desculpa esfarrapada, cada olhar de tristeza fingido, cada lágrima que sei que ela derramou apenas porque além de uma excelente modelo, ela também é uma excelente atriz.