Sem pensar duas vezes corri de encontro ao pequeno corpo e o peguei nos braços, era uma garotinha, estava completamente gélida, corri em direção a minha casa, eu precisava aquece-la o mais rápido possível.
Quem diabos deixaria uma criança do lado de fora nesse tempo? Eu estava inconformada.
Senti a loirinha gemer e se aninhar em meus braços, suas bochechas estavam vermelhinhas assim como a ponta do seu nariz, ela era leve demais e pequena também então caminhar com ela ficou fácil.
Assim que entrei em casa fui em direção ao meu quarto, ainda com ela nos bracos liguei o chuveiro com uma certa dificuldade.
A loirinha gemeu
— Shiiii, está tudo bem pequena
Tentei não assusta-la
— Eu vou te aquecer, logo o incomodo vai diminuir.
Deixei o chuveiro no máximo, tanto a água quando os aquecedores do meu quarto e do lavabo, não poderia simplesmente enfiar ela embaixo do chuveiro, precisava ser feito com cautela ou ela poderia ter um choque térmico.
A menina em meus braços permaneceu de olhos fechados, seu lábio estava em um tom esbranquiçado, sua roupa que antes estava congelada, passou a ficar úmida, eu caminhava com ela agarrada a mim, e ela apenas falava algumas coisas sem sentido, a menor havia um cheiro peculiar, seus traços delicados e sua roupinha cor de rosa com ursinhos estampados só mostravam o quanto ela era delicadinha.
Parecia um bebê, um bebê grande e fofo
Sorri, impossível não sorrir ao ver aquele ajinho em meus braços.
Aos poucos ela foi ganhando cor, eu estava completamente suada devido a alta temperatura do ambiente, mas eu não estava incomodada, muito pelo contrário, eu de alguma maneira me senti ligada a ela, eu não queria solta-la, sua boquinha se contorcia como se ela chupasse algo, seu cabelinho molhado caia sobre seus olhos, delicadamente eu retirei a mecha que cobria seu rostinho.
A pequena estava semi consciente, vi que sua cor já estava mais natural, então achei que deveria banha-la, com todo cuidado e em um malabarismo enorme, eu passei a despir a menor a deixando apenas de calcinha, vi alguns machucados por seu corpo, alguns eram recentes outros nem tanto, mas o que me chamou a atenção foi o do bracinho, estava bem vermelho e arroxeado.
Suspirei
Eu molhava minha mão e passava em seu rostinho e aos poucos em seu corpo que ia despertando ao meu toque, a loirinha apenas gemia e se mexia em meu colo.
Escutei algumas batidas na porta e dei autorização para entrar, era Anna minha Governanta, que assim que avistou a criança semi inconsciente, entrou no banheiro desesperada
— Meu Deus é a Emma, diz que ela está viva — A ruiva choraminga
— Quem é Emma? — Questionei e agradeci quando escutei o chorinho da tal Emma
— Filha dos Encantados, Gracas a Deus minha pequena está bem — Anna tinha lagrimas nos olhos, pegou uma toalha que estava sobre o balcão e enrolou a menor a pegando no colo — Bebê, tá tudo bem — Emma se aninhou em seu colo ainda chorando e eu apenas observava e tentava entender por que diabos a menina estava lá escondida e quase morta
Isso não iria ficar assim, mas não mesmo!
— Eu quero explicações — Falei acompanhando a mesma até meu quarto — Eu preciso entender, isso não vai e não pode ficar assim Anna — Resmunguei
— Emma é uma criança em corpo de adolescente — Anna suspirou enquanto agasalhava a pequena com as roupas que eu havia separado — Ela não fala, age como uma criança de 3/4 aninhos, a saúde dela é super frágil, Mary e David tem vergonha dela, eles a maltratam, deixam ela sem comer, a castigam
Anna chorava e eu nessa hora fazia o mesmo, eles iam pagar caro por tudo que fizeram a essa criança, à se iam.
— Todas as vezes que eles saem, Emma vem e fica comigo, eu sempre deixo a porta do quintal aberta para ela ter acessibilidade, mas dessa vez nevou e a porta deve ter emperrado — A pequena estava com minhas roupas e era obvio que estava enorme nela, observei a menor abrindo os olhinhos e brincando com os cabelos de Anna, que a olhava com amor.
— Ela e Neal são gêmeos, eles cresceram como duas crianças normalmente, mas Emma ficou em seu mundinho, já Neal não — Anna revirou os olhos
— E por que ninguém faz nada? A cidade é pequena e todos aceitam a forma como Emma é tratada?
Perguntei indignada e vi a menor se encolher
— David e Mary ou Snow como ela gosta de ser chamada são os " donos " da cidade, David é o Xerife e a sua mulherzinha é a Prefeita
Anna acariciou o rostinho de Emma que sorriu e meu Deus, que sorriso
— Ninguém é louco de ir contra a autoridade deles Gina, eles tem o controle da cidade e das pessoas — Suspirou — Eu, Ruby minha irmã, a Granny e mais alguns que cuidamos de Emma, mas é totalmente escondido, tanto que se eles voltarem e Emma não estiver na casa, eles batem nela e deixam ela de castigo — Anna chorava e vi a pequena mão gorducha passear sobre teu rosto e secar sua lagrima que cai por ali
— Está tudo bem meu amor — Anna se recompôs — Vamos tomar aquele leitinho gostoso uhm?
Emma acenou com a cabeça fazendo sim com a lingüinha entre os dentes nos fazendo gargalhar
Por Deus, ela era adorável.
— Emma, lembra que a titia disse que a Dona da casa era uma pessoa muiiito legal e que um dia viria brincar com a gente? — Anna perguntou pra menor que assentiu — Então, essa é a Regina, dona da casa, uma grande amiga minha e de Elsa e que tirou você da neve, ela cuidou da bebê — Afirmou
Anna apontou pra mim e então ela me olhou, nossos olhos se conectaram de uma forma tão intensa que eu não conseguia parar de olha-la, aquele verde quase azul me hipnotizou, senti meu corpo quente, e minhas pernas começaram a ficar sem força, minha vista escura e então tudo se apagou.
------------------------------------------------------------
E ai, o que acharam? O que será que aconteceu?
Dependendo do numero de comentários eu volto ainda hoje.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinado a ser - SwanQueen
Fanfic." Eu só rezo para que em outras vidas nossos caminhos se cruzem, que um simples toque nos lembre tudo que vivemos e que o destino nos dê a chance de recomeçar. - Destinado a ser. (infantilismo)