Capítulo 55

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V I N I C I U S 💥

— PARA — gritei sentindo esticarem mais as correntes — EU NÃO AGUENTO MAIS.

— PAREM — Chacal gritou — eles vão te deixar na sua casa, acabamos com as torturas, se eu descobrir que foi você que a empurrou da escada, eu te torturou muito pior e te mato.

Chacal mandou me soltarem e me arrastaram até o carro, me jogaram no banco de trás.

O caminho toda foi silenciosa, os únicos barulho que teve foi os meus resmungos dos machucados.

Pararam no portão da minha casa, me jogaram na calçada e foram embora.

Peguei a chave do bolso da minha calça e entrei, subi as escadas com dificuldades e entrei no meu quarto.

Joguei minha carteira, celular que tinha várias ligações perdidas e algumas coisas que estava no bolso na cama.

Fui pro banheiro, tirei minha roupa com dificuldades, cada movimento sentia uma dor diferente, em um lugar diferente.

Entrei no box e liguei o chuveiro no gelado, e vinha em minha mente a Maria caída no chão, aquela poça gigante de sangue, a tortura, as vozes deles não saia da minha cabeça, nada saia da minha cabeça.

Sai do banheiro enrolado na toalha, coloquei uma roupa e passei uma pomada nos machucados.

Peguei o celular, as chaves, e a carteira, desci as escadas tranquei a casa e fui pra garagem, depois de abrir o portão, tirar o carro, desci e tranquei o portão, entrei no carro e dei partida direiro pro hospital.

Cheguei no hospital e me apresentei como visitante, fui até a sala de espera e ainda estavam todos, eram já sete horas da noite.

— Onde você estava? — minha mãe perguntou e colocou uma mão no meu rosto — Quem fez isso com você?

— Esquece isso mãe — falei sentando em uma cadeira e ela sentou do meu lado — como está as coisas?

— Maria já saiu da sala de cirurgia — ela falou e acariciou meu rosto — estamos esperando por mais notícias, só o que saberemos é que ela não pode receber visitas.

Concordei com a cabeça e respirei fundo, só pode ser um pesadelo.

— Alan tá querendo te matar — Rafa disse sentando do meu lado — Will e Julia levaram ele pra fora pra tentar acalmar.

— Até tu que me matar — falei e me lembrei da tortura na hora —.

— Todos que te matar Vinicius, se liga tu foi mô cuzão com ela — falou e fez uma cara de pena — ela é uma boa pessoa, ela confiou em você, te contou os sonhos e os medos, ignorou o que o tio falava porque idealizava você como uma pessoa boa, você até é, mais não melhor que ninguém pra fazer o que você fez.

Rafa se levantou e foi ficar perto da Bianca.

O enfermeiro entrou na sala e todos já foram perto dele.

— Cada um por vez pode ir ver ela, não se assustem — ele disse com uma prancheta na mão — pode ir o senhor primeiro — ele apontou pra mim e os outros já queria discutir — ele trouxe ela, mais do que justo, venha comigo por favor.

Segui ele até a sala da Maria e a mesma estava deitada, com a cabeça virada pra janela, quando ela ouviu a porta ser fechada ela virou o rosto.

— Maria, olha, me desculpa por ter te usado — falei me aproximando dela — eu não queria te machucar nem te amar, acontece que quanto mais te conhecia mais me apaixonava por você, aprendi cada coisa do seu lado — sentei no colchão e tentei encostar minha mão em seu rosto mais ela afastou — Maria me perdoa, eu te amo.

— Quem é você? — ela perguntou e essa foi a coisa mais dolorosa que escutei hoje —.




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Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora