Capítulo 16 - Reencontro inesperado

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Diria que estou feliz

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Diria que estou feliz. Se realmente estivesse! Parece que nada me completa, e que a felicidade é algo passageiro e vazio. Eu não estou vivendo e sim sobrevivendo.

Sobrevivendo pelos meus amigos, principalmente pelo meu filho, minha família e trabalho.

Eu voltei pro trabalho, não podia fugir mais do que queria. Tive que assumir um papel que nunca achei que assumiria. Ser rude, grossa e uma mulher de poucas palavras.

Toda as vezes que eu dava liberdade à alguém do trabalho rolava piadas, brincadeiras totalmente sem graça e comentários maldosos. Adriana, Matheus, Gustavo e Angélica sempre me vigiam ou algo do tipo.

Totalmente desnecessário!

Eu e Laura fizemos tipo uma festinha para dizer a todos que estávamos grávidas, a maioria já sabia e a outra parte desconfiava. E desde então eles me tratam como uma adolescente irresponsável.

Qual é? Eu sei que engravidei, assumi tudo parcialmente sozinha e parece que ninguém enxerga isso, além dele.

Ele tem sido atencioso, amoroso e compreensível. Diria até paciente e calmo. Mesmo não sendo nenhuma dessas características do Gustavo, ele vem tentando me "reconquistar" mesmo sabendo quem eu amo é o Lucas e que não voltaria pra ele devida circunstâncias passadas.

Tem três meses que eu não choro por Lucas. Até por que eu não consigo ficar sozinha pra isso, e também não tem motivos, não mais. Ele mentiu, me enganou, o desgraçado disse e até demonstrou que me amava e depois da carta eu realmente não tive mais desculpas para dar sobre chorar por ele.

Eu já chorei de raiva por mim, já chorei de medo pelo meu bebê. E agora só fica o vazio e ele aqui dentro que me preenche de uma maneira tão grande que parece que nada de ruim aconteceu na minha vida antes dele está aqui.

— Loren? — Doutor Alberto me chama e eu o encaro e sorrio fraco.

Estou tão nervosa pra saber o sexo do bebê que chega a ser angustiante.

— Você foi ao psicólogo que eu te indiquei? — Ele pergunta e eu olho para a janela onde o sol está tentando se sobressair as nuvens pesadas indicando chuva.

— Eu não preciso de psicólogo. Eu evolui sozinha. — Eu digo e mexo no fecho da bolsa. Tudo menos olhar pra ele.

— Olha pra mim Loren. — Ele pede e eu fecho os olhos e abro-os respirando fundo e o encaro. — Sei que não é fácil, você e Laura se abriram pra nós, não as pernas que eu digo. — Ele diz nervoso ao explicar o que me faz rir.

— Eu entendi. — Eu digo para ele suavizar e continuar dizendo.

Bem que eu queria ter aberto minhas pernas em um sentindo melhor pra ele...

— Você, principalmente você, estava tendo um processo incrível e agora está aqui, viajando. Está preocupada com algo? — Ele pergunta atencioso.

Entre o Passado e a Maternidade Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora