Capítulo III – Sã e Salva
Abri meus olhos. Eu estou deitada em uma cama de casal, num enorme quarto branco com uma porta de saída para a varanda. O quarto é super decorado. Um closet, a cama de casal, uma televisão média e um aparelho de som. Onde será que eu estou? Não sei que horas são. Minha cabeça... Está de dia! Ai meu Deus, minha família.
- Bom dia, Bela Adormecida! – Adrian disse com uma bandeja de prata na mão. – Não sei o que você gosta, mas tem aqui pão com geleia e um chá! Espero que goste.
- Que lugar é este? – Perguntei primeiramente.
- Ei, você acordou! – Apareceu William. – Começou a “sessão interrogatória”?
- William, posso conversar com Katherine em particular?
- Mas eu quero ouvir a sessão.
- William, por favor?
- Tudo bem. – Ele desapareceu. – Foi bom te ver de novo Kate.
- Igualmente Will. – Adrian olhou-me com uma cara estranha. – O que foi?
- Kate? Will?
- Eu disse a ele que poderia me chamar assim e fiz o mesmo com ele. Você também pode fazer o mesmo. – Ele pareceu não dar ouvidos a essa última frase.
- Respondendo a sua pergunta, você está na minha casa. Meu castelo. Quer dizer, meu e do Will.
- Onde exatamente?
- No meu quarto. – Fiquei pasma.
- O que eu estou fazendo aqui?
- Você desmaiou na festa e eu trouxe-lhe para o meu quarto.
- Quanto tempo eu dormi?
- Horas. Não sei quanto.
- O que é sessão interrogatória?
- Suas várias perguntas que você irá fazer-me.
- E são muitas. – Completei.
- Pode fazê-las.
- Primeiro, eu preciso ligar para a minha família.
- Eu já os avisei, disse que depois a levaria de volta.
- Nossa!
- O que?
- Você é rápido.
- Sou sim. Você sente-se melhor? – Ele pegou uma de minhas mãos.
- Só um pouco de dor de cabeça.
- Tome o chá, ele vai ajudar. – Tomei um gole tímido. Era muito bom. Tomei outro gole. – Gostou?
- É delicioso. O que é?
- A planta usada chama-se verbena.
- Nunca ouvi falar.
- Verbena é uma planta medicinal. Seu uso tem vários benefícios se preparada do jeito certo.
- O senhor parece-me que conhece muito bem sobre plantas medicinais.
- O conhecimento deveria ser algo habitual para o nosso bem físico e mental, mas eu só sei o básico. Você precisa comer! – Ele disse como aviso.
- Concordo totalmente, mas sobre a questão de comer, farei minhas perguntas primeiro.
- A senhorita precisa comer. – Ele insistiu. Parecia uma ordem.
- Depois.
- Faremos o seguinte, a senhorita faz as suas perguntas, eu respondo e depois você almoça comigo. Está de acordo?