Capítulo 56

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M A R I A   E L I S A 🌻

— Eu vou te matar Maria — Bi falou e e comecei a rir — Você é maluca?

— Não — falei e comecei a rir mais ainda lembrando da cena — Mais foi muito engraçado ele todo preocupada, Maria, sou eu, é o Vinicius meu amor —falei imitando o mesmo —.

— Você não contou a ele? — Bianca perguntou e eu neguei — Maria, ele vai se sentir muito culpado.

— Isso não é nem perto do que ele fez comigo — falei me lembrando do que meu tio me disse — pode contar pro povo, só conta a situação, pros pais dele também, só não quero que ele fique sabendo.

Ficamos conversando por um tempo até ela se tocar em relação aos médicos.

— Os médicos te ajudaram Maria? — falou rindo e ri mais ainda —.

— Contei por cima a situação pra eles e implorei muito — falei com a cara mais sínica do mundo — o enfermeiro que me ajudou, aquele que chamou vocês, eu pedi pra chamar o Vinicius primeiro, ele que me ajudou a pensar em perda da memória.

Ficamos rindo e ela ficou séria derrepente.

— Ele te empurrou da escada? — Bi perguntou vindo pra mais perto de mim —.

— Não — falei me lembrando do degrau falso — eu estava chorando muito, estava vendo tudo embaçado.

— Seu tio machucou muito ele — falou e ri — Tá doendo muito?

— Os remédios pra não ficar com dor tá passando — falei e virei pra ver os medicamentos em bolças interligadas aos fios — o médico disse que quer falar comigo, algo sério.

— Eu vou passar a noite com você hoje — falou e assenti, ela ficou mechendo no celular por um tempo e me olhou — Já repassei pro povinho sua situação, e depois de mandarem uma resposta apaguei a mensagem pra todos.

Concordei a cabeça e virei pro lado sentido uma dor forte no pé da barriga.

— Bianca — falei respirando fundo — chama um médico pelo amor de Deus.

Ela saiu correndo depois de dar um grito de dor.

Respirava fundo pelo nariz e soltava pela boca.

O médico entrou junto com o enfermeiro e a Bia, correu até a mim e começou a mexer em uns negócios que não sabia o que era.

O enfermeiro tirou Bianca da sala e depois voltou ajudando o médico.

Depois de injetar uns remédios o enfermeiro revisou e ambos se posicionaram em frente a minha cama.

— Vou precisar conversar algo com você — o médico disse e se sentou na ponta da cama — se você quiser chamar sua amiga pra ficar com você agora enquanto contamos.

—Por favor — falei e o médico assentiu —.

O enfermeiro saiu pra chamar a Bi e eu fiquei regulando minha respiração, enquanto o médico me ajudava.
 
— Você tá melhor amiga? — Bi perguntou desesperada entrando na sala —.
 
— Tô sim — falei e sorri de lado — pode falar doutor.

— Bom — ele falou e se levantou — através da queda surgiu uns ferimentos, como podemos ver — suspirou, ele olhou pro chão e voltou a me encarar — com isso houve uma perda, um feto, Maria você perdeu seu bebê de 2 meses, estava indo pra 3 meses, houve um aborto através da pancada.

Ele falou isso e não conseguia reagir, Bianca sentou na ponta do lado da minha cama, o enfermeiro saiu pra pegar um medidor de pressão e voltou examinando a Bi.

— Por isso essa dor, esses medicamentos — o doutor disse e eu concordei com a cabeça ainda desacreditada — eu sinto muito.

O enfermeiro terminou de examinar a Bia e ele saiu junto com o doutor.

— Maria — ela disse depois de se levantar — Olha pra mim — ela disse e depois de perceber que não tinha me movido começou a me chacoalhar —.

— Vou dormir — falei me deitando e virando pro lado — pode deitar do meu lado se quiser, só apaga a luz quando for dormir.

— Eu vou ir respirar ar puro e já volto — ela disse e continue na mesma posição —.

Quando ouvi a porta ser fechada eu virei pra cima e respirei fundo, percebi que estava chorando, secava minhas bochechas mas não adiantava nada, depois meus olhos começaram a doer de tanto chorar.





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Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora