Capítulo 57

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V I N I C I U S 💥

— Vou com você filho — minha mãe disse vindo até a mim na rua —.

Entrei no carro e esperei minha mãe entrar também.

Liguei o carro e dei partida no carro.

Minha mãe foi a viajem inteira falando da minha vó e fofocando das vizinhas, e eu só concordando.

Entrei no estacionamento do hospital e estacionei o carro.

Minha mãe foi na frente e fiquei por um tempo no carro.

Desci e fui na recepção, dei meu nome e ela checou.

— Desculpe mais o senhor não está autorizado pra visitar — falou me olhando depois de mexer no computador —.

— Como? — perguntei indignado — até ontem estava aqui.

— Proibiram de o senhor entrar — falou checando mais uma vez o computador — Não posso liberar o senhor.

— Não, eu quero ver a Maria Elisa — falei tentando passar mas a recepcionista fez um sinal e apareceu dois seguranças —.

— Por favor — um dos seguranças falou — Vou ser obrigado a chamar a polícia.

M A R I A   E L I S A 🌻

— Por favor Lidia — falei pra ela — sei que Vinicius tem que saber, tem todo direito aliás, mais não conta pra ele.

— Ele é meu filho — falou se sentando na poltrona —.

— Eu não quero o ver — falei a encarando — Vamos permanecer com a mentira e ocultar uma verdade.

Ela concordou com a cabeça e se levantou.

— Por tudo que você me falou Vinicius deve estar no carro me esperando — falou caminhando até a mim — Tchau querida.

Eu assenti, ela me deu um beijo na testa e saiu da sala.

Fiquei por mais algumas horas no hospital e depois vieram me dar alta.

Bi me ajudou arrumar as minhas coisas e tomar banho, Jorge já estava a nossa espera.

Passamos na farmácia pra comprar alguns remédios e fomos direto pro morro.

— Como tu tá? — meu tio me perguntou depois de ter aberto a porta de casa — Você tá bem? Tá sentindo alguma coisa?

— Calma tio — falei rindo dele que estava em desespero — estou bem sim, ou vou ficar.

Bi e Jorge saíram e ficou só meu tio e eu.

— Perdi minha entrevista de emprego — falei me lembrando que hoje é segunda e fiz uma cara triste — me deram atestado de uma semana, será que a Julia pode levar pra mim no meu emprego e na minha faculdade?

— Vou falar com ela, mas acho que ela entrega sim — falou me puxando pro sofá — em relação a entrevista à Julia foi lá conversar com eles, explicou toda situação e marcaram pra daqui 15 dias.

Respirei aliviada e dei um sorriso.

— Por favor — falei e meu tio provavelmente já sabia do que se tratava — Não mata ele, não faz nenhum mal pra ele, ele errou e muito feio, mais acredito que com a minha distância e a minha mentira vai afetar mais ainda ele, uma hora ou outra ele vai saber a verdade, mais não vai conseguir chegar a lugar algum, desculpa por não ter acreditado em você antes.

— Você já tava encantada com o bom moço que ele mostrava ser Maria — falou secando uma lágrima de minha bochecha — ele te empurrou da escada? Só me responde isso.

— Não tio — falei já sentindo meu coração doer e chorar mais ainda — ele fez bem pior, ajudou eu a tirar um pedaço de mim.

— O que você está falando Maria? — ele perguntou confuso —.

— Com a queda perdi um bebê — falei chorando mais ainda — o meu bebê.

Ele me olhava com uma expressão nada boa.

— Eu vou matar ele — falou se levantando e puxei sua mão pra sentar de novo —.

— Não — falei fazendo carinho em minha mão — acredite, tudo que falei que vou fazer vai o machucar mais ainda.


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Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora