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Amy POV

Hoje é como um dia comum. Acordei e fui para o trabalho, mas não vi Harry. Talvez ele estivesse dormindo. Olhei ao meu lado, encontrando o irlandês loiro com olhos azuis sorrindo para mim.

- Nialler, que horas são? – suspirei e ele riu.

- Seu turno acabou. Você pode ir agora, bobinha. – sorri como uma criança na noite de Halloween ao ver todos SOS doces a sua frente. Não me leve a mal, eu amo meu trabalho, mas começa a ficar meio chato depois de algumas horas.

Notei que Niall ficaria sozinho, e eu não quero que ele fique chateado. Talvez eu fique até o seu turno acabar. Ele faz sempre isso comigo porque não quer me deixar sozinha, então é hora de retribuir o favor.

- Bem, eu ficarei mais um pouco e nós podemos ir embora juntos. – ele balançou sua cabeça.

- Não, você pode ir, está tudo bem, sério.  – ele disse. Chacoalhei minha cabeça e ele suspirou, ele me conhece tão bem. Niall e eu somos amigos há um bom tempo. Quando comecei a trabalhar aqui, ele já estava, e ele era quem me ajudava com tudo. Foi ai que a nossa amizade começou.

Eram seis horas e seu turno ainda não havia acabado. Eu o ajudei com algumas coisas e, então, sentei na cadeira, esperando por ele…

- Harry, por que você não me ligou? Deixei algumas mensagens, e quando você não me respondeu, fiquei preocupada. – eu disse. Harry sentou no sofá com a testa enrugada, então ele suspirou profundamente e foi que eu soube que algo estava errado. – Harry, está tudo bem? – ele olhou para os meus olhos castanhos e então para longe. Levantou-se e se aproximou.

- Amy, eu acho… – ele parou e eu estava realmente assustada.

- Você acha o quê? – ele olhou para longe e passou suas mãos pelos seus cachos bagunçados. – Amor, por favor, o que foi?

- Eu acho que nós deveríamos dar um tempo. – depois que ouvi aquelas palavras saírem da sua boca, meu coração partiu, mas sem fazer barulho.

- O quê? – eu disse, com calma, sem olhar para ele.

- Me desculpa. Eu sinto muito, eu te coloquei nisso. – balancei minha cabeça, sem entender o que ele estava falando. Os últimos dias foram ótimos e perfeitos. Eu pensei que ele até mesmo me amava, mas não foi nada para ele. Era tudo uma mentira?

Quando eu o conheci, ele era o bad boy que toda garota se apaixonava, mas eu não. Quando ele pediu para sair comigo, eu o rejeitei na primeira vez porque eu sabia que ele ia partir o me coração. Eu sei que meninos como ele só querem brincar, e ele sempre disse que eu fui um desafio para ele.

Depois de um tempo, eu o conhecia, ele começou a mudar por mim. Foi ai que eu saí com ele, e nós namoramos por um tempo. Agora eu percebi que tudo foi um jogo. Ele continuou pedindo desculpas, mas eu nunca o irei perdoar. Ele agora é meu inimigo, aquele que eu mais odeio.

Amy, Amy…

- Amy! – voltei a realidade e olhei ao Niall, confusa. Olhei ao relógio e notei que seu turno acabara. Droga, eu lembrei mesmo como tudo foi como se fosse ontem.

- Desculpe, er, vamos. – sorri para Niall e ele ainda estava preocupado, mas ele não disse nada. Saímos da cafeteria em silêncio até Niall falar.

- Então, como está o seu colegal de apartamento? – ri e ele sorriu.

- Você está falando do Harry? Ele está bem, obrigada por perguntar.

- Você sabe que é engraçado e estranho viver com o seu ex, não é? – eu não estou muito acostumada a pensar em Harry como meu ex, ou até mesmo como meu amigo.

- Eu não sei. De verdade, não sei. – Niall riu.

- Amy? – ouvi uma voz com sotaque britânico atrás de mim, Niall e eu nos viramos na mesma hora para a pessoa que falou.

- Harry?! – ele sorriu, mas sua expressão mudou quando olhou para Niall. Olhei para o meu amigo e ele estava sorrindo. – Harry, esse é o Niall, meu melhor amigo. Niall, esse é o Harry, meu… – parei para pensar em alguma palavra, Harry pegou a mão de Niall e a apertou, sorrindo. Eu podia dizer que aquele era um sorriso falso.

- Colega de apartamento e amigo.

- Prazer em te conhecer, Harry. – Niall disse. Fiquei ao lado de Harry, era estranho, na verdade.

- Prazer em te conhecer também, Niall. – Niall concordou e olhou para mim.

- Tudo bem, acho que você não vai embora sozinha agora. Vou para casa, te vejo depois, Amy. – concordei e o abracei. Senti Harry revirar seus olhos, mas eu o olhei. Niall foi embora e me deixou com Harry. Andei com ele em silêncio, esse não é ele, ele nunca está quieto.

- Harry, por que está tão quieto? – ele me olhou e riu. Suspirei. – Harry, é por causa da briga de ontem?

- Não. Não, eu só estou… hum, pensando. – concordei e notei que amanhã teria aquela festa que Harry falara. – A festa é amanhã. Você ainda virá? – Harry perguntou e me olhou. – Você virá comigo? – sorri e concordei. Ele sorriu de volta. – Então eu vou. – sorri e então fiquei de frente para ele, nós continuamos andando daquela forma.

- O que você faria se eu dissesse que não iria? – ele riu de novo.

- Bem, você é tão bipolar, então… – engasguei e ele riu.

- O quê? Eu não sou! – ele concordou.

- Ah, sim, você é! Você continua me odiando e gostando de mim ao mesmo tempo. E, às vezes, você me trata bem, ai me trata mal.

- Mesmo? Quem disse que eu gosto de você? Talvez eu esteja sendo legal, só isso.

- Tudo bem. – ele disse com um sorriso, então começou a correr. Ri e corri atrás dele. – Tente me pegar, meu amor. – Harry gritou e continuou correndo. Corri o máximo que pude. Depois de chegar perto do nosso apartamento, ele diminuiu sua velocidade. Eu o peguei e, depois de estabilizarmos nossas respirações, fomos andando e ele abriu a porta. Quando entramos, ri.

- Então, perdedor, qual o meu prêmio? – ele riu comigo e lambeu seus lábios. Ai meu Deus… Aquilo foi tão sexy. Ele notou que eu estava olhando e sorriu.

- O que você quer? – ele deu alguns passos na minha direção e seu rosto ficou a centímetros do meu. – Um beijo, talvez?!  - ele começou a fechar seus olhos e eu pirei. Cobri sua boca, então beijou minha mão. Ele riu e eu me afastei. Eu não acredito, aquilo foi tão rápido. Quero dizer, eu quase o beijei em apenas um segundo? Ele era tão confiante.

Sentei no sofá e ele parou na minha frente.

- Hum, eu quero… Ah, eu quero uma de suas toucas. – sorri, sabendo o quanto ele amava vesti-las. Ele nunca dá a ninguém uma de suas toucas, elas são seus bebês. Ele engasgou e eu ri.

- O quê? Nunca!

- Bem, você, perdedor, disse “O que você quer”. E eu quero uma de suas toucas. – ele franziu a testa como uma criança e entrou em seu quarto. Andei atrás dele e ele pegou a sua touca preta e a estendeu para mim. Sorri e fiquei de frente ao seu espelho. A vesti e continuei me olhando, ele veio atrás de mim e sorriu.

- Eu acho que deveria te dar todas as minhas roupas, como nos velhos tempos. – virei-me e sorri.

- E, eu acho, que deveria ir ao meu quarto. - ele riu e, antes que eu pudesse sair do seu quarto, ele me chamou. Virei-me para olhá-lo nos olhos.

- Não esqueça da festa amanhã.

Ah, ela será divertida.

Roommates | h.s (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora