Ano 61; Colmeia, sala de reuniões, 27 andar.
Joanna
Por que a sala de reuniões tinha de ficar tão longe? Eu e John estamos extremamente atrasados, temos que descer 24 andares e tudo só parece piorar. Primeiro são os corredores apinhados. Parece que todas as pessoas da colmeia lembraram-se de fazer alguma coisa nesse exato momento, e resolveram sair de casa. Chegamos ao elevador central muito cansados, e já não bastasse isso, ainda há muita gente na fila esperando. John me puxa pelo braço, e me guia pelas escadas. Sei que vamos chegar na sala de reuniões semimortos, mas ainda assim é mais rápido que pelo elevador. Saltamos os degraus dois a dois, às vezes de três em três.
***
O vigésimo sétimo andar está quase vazio, o que é bom, já que temos de chegar o mais rápido possível à sala de reuniões. Percorremos diversos corredores, até chegarmos a um conjunto de portas duplas, guardadas por dois homens enormes. John chega à frente, e é barrado por um dos homens enormes. Ele pergunta:
– Nome? – e ao dizer isso, pega uma espécie de prancheta, para nos identificar. Isso me dá uma espécie de alívio, pois significa que não estamos tão atrasados.
– John. – responde ele, ofegante.
– Só tem um nome garoto? – pergunta o guarda, levantando uma das sobrancelhas.
– John Hawks. – ele responde, dizendo o seu nome completo.
– Está aqui – diz o guarda, após virar algumas páginas. Com uma insinuação de sorriso nos lábios, ele continua – você está muito atrasado. – e após dizer isso, permite que John passe. Então é a minha vez.
– Nome – diz o brutamonte em frente a mim.
– Joanna Weaver. – respondo, torcendo os dedos de ansiedade. O homem vira algumas páginas, então diz:
– Pode passar. – diz ele, abrindo um pequeno espaço nas portas duplas atrás de si, para que eu pudesse passar. Eu passo pela porta, e ela é fechada atrás de mim. Não há som algum. Viro-me, e vejo cerca de duzentas cabeças me olhando. Duzentas pessoas agrupadas em dez fileiras, perfeitamente alinhadas. Posso apostas que se alguém respirasse pesado demais, daria para ouvir perfeitamente. Ando discretamente até a última fileira da esquerda, com todos os olhares focados em mim. Paro atrás de uma garota de cabelos ruivos, um pouco mais baixa do que eu. Os olhares pouco a pouco param de me encarar, e voltam a olhar para frente.
– Senhorita Joanna. – a voz sai pelos alto-falantes, chamando meu nome. Eu imediatamente procuro pela voz que me chama, e percebo que é um homem que o faz. Ele está parado diante da multidão, numa pequena elevação, atrás de um palanque. – nós estávamos aguardando a senhora.
– Espero que não tenham aguardado muito – a resposta que sai de minha boca é imediata.
– Na verdade, não – responde a voz, e após uma pausa, continua – por favor, queira vir aqui à frente.
Saio da fileira, e passo entre ela e a da direita. Enquanto passo, ninguém vira a cabeça em minha direção, mas posso sentir os olhos em minha nuca. Parece sem dúvida, a caminhada mais comprida de todas. Ao chegar à parte da frente das filas, vejo que a parte elevada onde está o palanque é uns vinte centímetros mais alta que o restante do piso, e ao contrário desse, é feito de madeira, não de concreto puro.
Subo na parte elevada, e me dirijo até o homem, que faz sinal para eu me aproximar. Ele tem a pele clara, usa óculos e um smoking, e tem a parte superior da cabeça careca, formando um arco por trás da cabeça. Pelas características típicas, posso supor que ele é da administração. Assim que chego perto o suficiente, Ele passa um braço ao redor de meu ombro, e sem falar nada, me puxa para o outro lado da parte elevada, onde eu percebo que há uma porta. Ao chegarmos a frente da porta, ele me diz no ouvido.
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Vingadora da Galáxia - A guerra dos Drones
Teen FictionA terra foi invadida por uma força externa. Os humanos tentaram reagir, mas sem sucesso. Derrotados, eles se escondem em bunkers gigantescos, chamados de colméias. De dentro desses bunkers, eles começaram a reunir tecnologia alienígena, a estudar e...