Parte 2 - As áreas

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Capítulo 10

Ano 62, Área sete, agora

Joanna

O barulho do veículo se aproximando agora se torna mais alto.

Já se passaram três meses desde que eu virei uma especialista. Nesses três meses, já passamos por oito áreas. Essa é a sete. Faltam duas áreas para que eu possa cumprir o objetivo da minha vida. Chegar e investigar a área cinco. Sinto que todos os problemas de minha vida estão ligados àquele local. Nos últimos três meses, não importa o quanto eu me esforce, não fiz nenhum progresso nas pistas que meu irmão me deixou, muito menos para descobrir quem é o traidor.

Adoro o mundo aqui fora. Ele me faz sentir como se eu estivesse mais livre. Às vezes me pergunto se a morte propicia a mesma sensação. Gostaria de poder pedir isso ao primeiro predador que eu matei, na área nove. Uma das garras dele ainda está pendurada num cordão em volta do meu pescoço.

John se aproxima de mim, escondendo-se atrás do bloco de concreto, juntamente comigo, somente esperando pelo momento certo. As coisas mudaram nos últimos três meses. Posso dizer que nossa situação mudou para melhor. Nós voltamos a nos falar. Não que isso importe agora. Agora a única coisa que importa é o veículo se aproximando. Agora ele está muito mais próximo, eu diria a menos de dois quilômetros. Eu e ele formamos uma das duplas na qual o nosso grupo se dividiu. A nossa missão é achar e capturar um drone, de preferência funcional, embora isso geralmente seja impossível. Anjo achou que seria mais fácil se nos dividíssemos em pequenos grupos, e foi o que aconteceu. Como nós somos sete, alguém teria de ficar sozinho, e para variar, foi ela novamente.

O veículo vem rapidamente, calculo que algo em torno de cento e cinquenta metros por segundo, e assim que ele passa por entre os nossos dois blocos de concreto, a armadilha dispara. Um pulso eletromagnético é lançado de um suporta para o outro, desabilitando qualquer eletrônico que esteja no meio. E o veículo em que o drone está, é totalmente eletrônico.

Ele é lançado violentamente para frente assim que os propulsores do veículo falham e ele toca o chão, capotando diversas vezes até atingira a lateral de um prédio e parar. Nós corremos rapidamente até o local.

O veículo do drone é muito parecido com uma motocicleta sem rodas, que flutua com a ajuda de propulsores gravitacionais de pequeno porte. O veículo tem um lugar moldado exatamente para o corpo do drone, e fica muito estranho sem o drone em cima. O drone está atirado alguns metros ao lado do veículo, com as pernas e braços amassados, em um ângulo estranho. Um humano jamais iria sobreviver a uma queda nessa velocidade, mas ele não era humano. Aproximamo-nos cautelosamente mesmo ele não se mexendo. John faz sinal para que eu pare, e se abaixa para virar o drone para nós. O vidro da face do drone está parcialmente quebrado, e a outra parte esta toda trincada. Assim que John se vira para mim para dizer que está tudo Ok, algo acontece.

O drone rapidamente saca uma arma de junto da perna e dispara a queima roupa. Como as ligações estão muito prejudicadas, ele não consegue erguer muito o braço, e acaba acertando logo abaixo do joelho de John. Ele grita e cai de lado. Rapidamente eu desembainho a minha espada de lâmina curva e decepo a cabeça do drone. O resto do corpo desvanece, mas a cabeça continua funcionando, devido á bateria de emergência. Guardo a espada e corro até John. O ferimento não atingiu nenhuma veia ou artéria, e não parece muito grave no momento, mas mesmo assim eu aciono o rádio comunicador na alça da minha mochila de equipamentos.

– Grupo 3, grupo 3! – eu grito, e uma voz seguida por estática responde:

– O que foi vingadora? – pela voz, reconheço que é Chao. Ela não é o membro preferido do meu grupo, mas provavelmente é a mais próxima, então eu digo:

Vingadora da Galáxia - A guerra dos DronesOnde histórias criam vida. Descubra agora