Capítulo 12

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Ano 62; Área 12.

Joanna

Eu realmente estava enganada sobre ter o resto da semana. Três dias se passaram sem que nós pudéssemos fazer qualquer descoberta. E não fomos somente nós que olhamos por indefinidas horas para aquele mapa. Além de mim, John e Karen, também marcaram presença Anjo e Sam. Não que eu esperasse que eles fossem de grande ajuda, mas era o melhor de que dispúnhamos. Assim que se passaram três dias de frustração e cansaço, eu fui chamada para acompanhar Anjo em uma missão com os guardiões. Nada muito importante. Somente abrir uma caixa misteriosa que caiu em frente a outra equipe na área doze.

Agora estou parada bem em frente à caixa, mas não faço a mínima ideia de como abri-la. Os equipamentos que possuímos não são muitos, se limitando a uma furadeira e uma máquina de cortar ferro. Isso e armamento pesado. Não sei porque eles nos mandaram com armamento pesado, já que ele é inútil, visto que nem sequer conseguimos abrir a caixa.

Por falar na caixa, ela tem uns cinco metros de altura e cerca de três e meio de largura, e cerca de dois de comprimento Ela é toda negra, feita de algum tipo de metal, sem junções visíveis, e nenhum indicativo de como abrir. Não faço a mínima ideia do que tem dentro, mas provavelmente é algum tipo de bomba que falhou, já que foi jogada praticamente em cima dos outros guardiões.

– Eu desisto – diz Mark, um dos guardiões do nosso grupo.

– Não, não desiste – diz Anjo, irritada com a sugestão de Mark.

– Mas é impossível! – Exclama James, outro guardião do nosso grupo. – nenhuma das ferramentas que usamos funcionou. E além do mais, por que nós tivemos que vir abrir isso? Por que não veio quem achou?

– Por que nós somos melhores – diz Anjo, e eu não sei se é para incentivar o grupo ou para inflamar seu ego. – andem logo seus preguiçosos.

– Assim não dá! – exclama Mark, bufando novamente – Está muito quente.

E está mesmo. A área doze se localiza em algum tipo de savana. A primeira vez que eu vim para a área doze, pensei que aqui era o deserto que eu procurava, mas não chega nem perto de ser um deserto. Mesmo assim, o sol arde furiosamente no céu, as plantas baixas e espinhentas não oferecendo nenhum abrigo, e nenhuma fonte de água por perto.

– Mas que droga! – grita Anjo, frustrada, e chuta a caixa, deixando escapar um pequeno gemido de dor. Mas então algo interessante acontece. A caixa preta enorme começa a soltar uns guinchinhos muito estranho, e eu diria até simpáticos. Então uma espécie de fumaça sai de um dos cantos, e a parte à direita se destaca das demais, indo para frente. É algum tipo de abertura. Nós nos encaminhamos para lá.

– Mas o que... – é a única coisa que eu consigo dizer. Á primeira vista, não há nada no interior da caixa, mas assim que aperto os olhos contra a claridade do dia, consigo ver o contorno de alguma coisa se definindo. O contorno de alguma coisa enorme. Assim que percebo o que é, me afasto e grito para os outros – Saiam daqui!

Jogo-me para o lado, assim que uma faixa quadrada vermelha se acende no meio do topo do contorno. Os olhos se focam em mim antes de eu desaparecer pela lateral da caixa, e um segundo depois de eu estar correndo para longe da caixa, ela explode. Não olho para ver exatamente como a coisa é, e a direção da minha corrida ligeiramente para a esquerda em direção a uma enorme pedra. Assim que consigo me atirar para trás da pedra, alguém surge vindo do outro lado. É Anjo.

– Mas o que é aquilo?! – eu grito em meio ao barulho de disparos e explosões.

– É algum maldito tipo de drone! – grita Anjo em resposta. Se aquilo realmente é um drone, é algum tipo que eu jamais vi. Assim penso nisso, alguma coisa passa pelo lado da pedra, e acaba acertando o tronco de uma árvore mais à frente. É Mark. Em um impulso, Anjo quase corre em direção ao corpo estendido dele, mas eu seguro o seu braço, fazendo sinal com a cabeça em direção ao drone. Ela olha para mim e grita alto, por sobre o barulho dos disparos. – Você corre, eu atiro! – e me empurra para o lado, me expondo além da pedra.

Vingadora da Galáxia - A guerra dos DronesOnde histórias criam vida. Descubra agora