How (Not) to Break a Heart [ChanBaek]

Um dia é da caça...

CAPÍTULO 01 - UM DIA É DA CAÇA...

Chanyeol e Jongin olhavam para o mais novo, que não havia sorrido em qualquer momento da manhã. Os três estavam sentados em uma das arquibancadas assistindo a um jogo de basquete. Não que se interessassem pelo esporte em si, mas gostavam de manter uma relação cordial com os jogadores, por isso sempre marcavam presença ali, assim poderiam fingir que se importavam. O terceiro em questão era Oh Sehun. Pelo que os outros haviam entendido, este havia conhecido alguém na festa que fora na noite anterior, e esse alguém havia bagunçado sua cabeça totalmente. E os outros dois não conseguiam compreender, por mais que tentassem.

Eram conhecidos no colégio como Tríade Filha da Puta. Sehun não gostava muito desse título. Nem os outros, na verdade, mas estes não ofendiam-se tanto. Jongin desde a pré-adolescência metia-se em relacionamentos com garotas aleatórias, que não duravam mais de seis meses. Sua carência fazia-o acreditar que estava apaixonado, mas era só ele enjoar da pessoa que dava um pé na bunda. E assim que terminava uma relação, logo entrava em outra. Seu charme e carisma transformavam-no em um conquistador nato. Sabia que era muita imaturidade, mas preferia terminar e partir pra outra a trair.

Sehun não curtia muito isso. Ele apenas transava com as pessoas e ia embora em seguida. Geralmente, fazia questão de deixar claro que só queria sexo. Sem jogos, sem ilusão (pelo menos na maioria das vezes, de vez em quando era necessário dar uma enrolada na pessoa). Por isso incomodava-se tanto com o tal apelido do grupo. Mas esse título fazia total apologia ao líder do trio.

Park Chanyeol. Esse nome está presente em fofocas, bilhetes secretos, cartas de amor, conversas online e desabafos para algum barman entediado. Tinha uma personalidade totalmente encantadora, apaixonante, gentil… Um ator por natureza. Nem mesmo ele saberia dizer o que faz todos entregarem-se a ele tão facilmente, mas isso seria apenas mais um de seus truques, para aparentar humildade, quando tudo resume-se a uma palavra: esperteza. Ou melhor: falta do que fazer. Sua vida era tão entediante que ocupava-se estudando as pessoas, entendendo-as, descobrindo suas motivações e desejos. E então usando as informações coletadas para seduzi-las. A mais pura falta do que fazer. E filha-da-putice. Por isso não se incomodava com o apelido do trio. Sabia que fazer isso seria hipocrisia.

Voltando ao ponto. Jongin e Chanyeol tentavam entender o problema de Sehun.
“Ele é a pessoa mais inteligente que já conheci.” Disse o maknae do trio.

Pelo pouco que lhes foi revelado, o que eles entenderam foi: Sehun foi em alguma festa aleatória (eles eram convidados para muitas) para caçar. Lá ele conheceu uma dupla. Resolveu que queria passar a noite com um deles, mas a conversa acabou indo um pouco longe demais e ele acabou se encantando com a tal personalidade. Depois de horas e horas de papo, eles finalmente transaram. No dia seguinte (ou seja, no dia atual), Sehun percebeu que o estranho não havia deixado sequer um número para contato. Isso lhe fez questionar profundamente seu estilo de vida. Sentia-se culpado por todas as pessoas que acordaram e não o encontraram na cama. O caçador se tornara a presa.

“Mano, você ‘tá me assustando já.” Reclamou Jongin. “Para com esse drama.”

“Vocês não entendem! E se um dia algum de nós conhecer o amor de nossas vidas, e simplesmente partir seu coração como faz com todas as outras pessoas?”

Chanyeol replicou indiferente. “A resposta é simples: se você se importa com esse tipo de bobagem, você não nasceu para a piranhagem, ao contrário de mim.” Jongin não pôde conter um riso ao ouvi-lo, mas Sehun continuava sério.

O Park continuou. “Olha, Sehun, já que isso te afetou tanto, hoje eu passo na sua casa, te consolo e cuido de você de um jeito bem gay. Prometo que até aguento essas suas reflexões sobre amor verdadeiro.”