Capítulo Único

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A realidade... Olhando por uma perspectiva mais ampla, nossa vida não passa de um game. A "vida" é, literalmente, um game de grandes proporções que dura toda a sua existência.

Mesmo que demore um pouco para pegar o jeito dos comandos, você acaba aprendendo e é jogado em um tutorial sobre o turbilhão que é a sociedade – a escola.

O cenário deste game é... A Terra.

Quando somos jogados em algum canto qualquer desse gigantesco mapa, o que nos espera é um grande game de interpretação. Recebemos uma vasta gama de opções, uma liberdade enorme e incontáveis mini games.

Nós jogamos assim como nos ensinaram, com empolgação, mas logo percebemos...

Fomos enganados!

As possibilidades infinitas... Eu sei, ao menos isso não era mentira. Mas o cerne deste game está no fato de que ninguém nos disse que poderíamos fazer as coisas da forma que imaginamos.

Nos falta nível, nos faltam parâmetros, fundos e até situação inicial. Tudo que nos falta torna toda essa liberdade inútil. Ainda assim, continuamos a dar o melhor de nós.

Assim, acreditamos que existe uma maravilhosa esperança e uma infinidade de possibilidades. Por isso nos apressamos em aumentar de nível, subir nossos parâmetros e juntar mais fundos.

Mesmo que contrariando as condições injustas nas quais recebemos nossas habilidades passivas, chamadas de "talentos" e "qualidades", durante a construção aleatória do personagem, nós não desistimos, mas insistimos em "esforço" para conquistar mais pontos de experiência, batalhando duro eternamente. É esse o jogo.

É uma história muito acalentadora.

Realmente impressionante, não acha?

Só que ela não tem sentido algum. Não importa sua pontuação, você não vai sair vencedor neste jogo.

Aumentar seu nível, seus parâmetros, seus fundos, chegar ao máximo em cada um deles para depois... Ser culpado por isso. Por quê?

Porque você se "esforçou demais!".

"Você tem o que os outros não têm", dirão para apontar o dedo para você e dizer que isso não é justo. E então, você receberá sua punição.

Ao ser punido por sete bilhões de outros jogadores, um limitador é imposto. E é aí que finalmente um brilho cintila em nossas mentes.

Será que existe mesmo liberdade neste jogo?

Não importa as escolhas que fizermos, ainda assim seremos criticados pela sociedade, pelo outros jogadores, por quem quer que seja. Mesmo recebendo as criticas e continuando a lutar, tentar vencer novamente só nos levará ao mesmo destino. E então, espiando o caminho que percorremos até aqui, nós vamos nos dar conta.

De que nossas ações até aqui não tem nem um pouco de nossa consciência. Alguém decidiu tudo, apontou para onde deveríamos ir e nós apenas seguimos andando, como mandado. E quando percebemos que estávamos apenas "andando no caminho que eles criaram", nossas suspeitas são apenas confirmadas. De repente, o ceticismo se transforma em dúvidas pintadas de certezas. Ok, esse game trapaceiro chamado "vida" é mesmo o maior e mais incrível game de interpretação. Porém, os jogadores não somos nós.

E assim, olhando para nossas próprias mãos, podemos ver uma teia de linhas, que fazem de nossas suspeitas, certezas. E então, olhando à nossa volta, vemos diversas pessoas presas por linhas, que fazem de nossas certezas, compreensão. Esse game que chamam de "vida" só nos coloca em nossos papéis pré-definidos. Como em um teatro de marionetes. Não somos nada além de NPC's.

Ok, agora que temos essa ideia em nossos pensamentos, eu tenho uma pergunta.

"Para que você está vivendo?"

"Para que você está vivendo?"

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