O vento frio do inverno europeu logo invadiu as quatro paredes pintadas de branco, adentrando a única janela do enorme quarto do hotel. Alguns trovões ressoavam em meus ouvidos, porém, tornavam-se quase imperceptíveis já que o som dos lábios do loiro contra os meus era o única coisa que eu fazia questão de ouvir.
Ele finalmente estava em meus braços.
A chuva caía calma durante a madrugada, banhando as janelas do cômodo e, pela primeira vez, eu era grato a cada gotícula que escorria do céu.
Ele finalmente estava aqui.
Foram quatro semanas longe de meu sol, e foram as mais conturbadas de minha vida. A turnê e tê-lo longe me consumiam por fora e por dentro, tornando-me refém daquele cruel inverno.
Finalmente poderia senti-lo e não o deixaria escapar nunca mais.
Suas mãos percorriam meu corpo enquanto eu o segurava firme em meus braços. Kaminari sequer me dava tempo para respirar, sua boca não deixava a minha por um segundo enquanto adentrávamos, aos tropeços, o cômodo de mobília rústica. De fato, aquilo não era uma reclamação, compartilhávamos da mesma necessidade, afinal ficar tantos dias sem seus toques me deixava faminto – assim como ele.
Era tão bom sentir o gosto de sua boca novamente, o toque de sua pele e o calor de seu corpo... e como se apenas aquilo não fosse suficiente, afastei-me sentido o ar voltar a meus pulmões enquanto segurava com firmeza o tecido branco de sua blusa de gola alta, retirando-a de seu corpo rapidamente e fechando a porta às minhas costas.
A peça de roupa caiu solitária sobre o piso caramelo enquanto eu me encontrava perdido no brilho daqueles olhos dourados que tanto sentia saudade. Os fios loiros estavam uma bagunça, a boca carnuda estava avermelhada devido aos beijos afoitos e a respiração acelerada denunciava que estava dando tudo de si, porém, aquilo ainda não era nem metade de como queria deixá-lo.
Kaminari era lindo e eu não me cansava de admirá-lo.
Meus olhos vagaram pela pele pálida à minha frente, sentindo meu corpo tremer devido ao olhar que o loiro me lançava: tão convidativo e entregue, ele me encarava atento à espera dos meus próximos movimentos – que não demoraram a vir.
Precisava senti-lo, tocá-lo, amá-lo e consumi-lo até a última gota presente em seu corpo, até ver a última lágrima de prazer escorrer por suas bochechas e a última gotículas de suor reluzir em sua pele, até seu último fio de voz clamar por mim...
Denki Kaminari era o nome de todas as minhas necessidades e não importava o quanto entupisse minhas veias de si, nunca seria o suficiente.
Meus dedos tocaram sua pele – e minha boca logo tratou de devorar a sua, sentindo o gosto de seu beijo assim como queria ter feitos em todos aqueles malditos dias sem seu calor – e correram por suas costas, o sentindo arrepiar sob meus toques e desfrutando da textura macia de seu corpo junto ao cheiro doce de laranjas que ele expelia, inundando minhas narinas enquanto perdia-me no sabor de seus lábios. As mãos gélidas do loiro retiraram a jaqueta de couro que vestia, a fazendo descer por meus braços e cair no piso de madeira, fazendo companhia a sua própria peça de roupa, até então solitária.
— Eu senti tanta falta sua, gatinho. – Denki disse assim que sua boca deixou a minha, apenas para arrastá-la por minha pele, avançando ate meu pescoço passando a língua úmida ali, fazendo-me arrepiar no mesmo instante. — Senti tanta falta do seu cheiro, do seu gosto... – Kaminari sussurrou, manhoso e necessitado, sugando minha pele logo em seguida enquanto suas mãos adentravam o tecido escuro do moletom que ainda vestia. — Eu quero sentir você a noite toda...
Seus dedos seguiram a barra da blusa, retirando-a de meu corpo assim como havia feito consigo, e logo que o tecido escuro tocou o chão, os olhos dourados devoraram a pele descoberta, vagando por cada desenho que havia em meu corpo, levando sua destra ao meu abdômen e percorrendo minha pele com devoção por cada rabisco ali presente.
— Estava com medo de esquecer o quão bonito você é. — Kaminari disse, com os lábios carnudos entre os dentes. Ele as encarava enquanto seus dedos acariciavam a mascara chinesa que havia no centro de meu tronco, seus olhos dourados queimavam em desejo, como se quisessem incendiar cada centímetro de pele tocada.
Em reflexo por seus atos, agarrei sua cintura e aproximando meu corpo do seu, fazendo com que os suspiros do loiro invadissem meus ouvidos.
— Você nunca irá esquecer de nenhum centímetro meu, Yellow Head. – Disse, com meus lábios a roçar em sua orelha, e Kaminari tremeu, arranhando meu abdômen com suas unhas curtas. Adorava o efeito que causava em seu corpo ao chamá-lo daquele modo. Segurei seu pulso, guiando-o até o cós de minha calça, onde abri o botão do jeans escuro assim que o loiro acariciou a pequena pelugem escura a baixo de meu umbigo. — Assim como eu não esquecerei você... – Deslizei o zíper da peça de roupa e os dedos curiosos logo adentraram a cueca preta que vestia, e assim que notou um pequeno relevo em seu tato, os olhos dourados me encararam curiosos — Você faz parte de mim agora, Yellow Head.
Abaixei o tecido, revelando minha nova tatuagem ao seu olhar atento e, assim que ele viu a frase gravada em minha pele, seus dedos a tocaram cuidadosamente conforme um sorriso surgia em seus lábios.
— Você é definitivamente louco, Hitoshi Shinso. – Ele murmurou, maravilhado com seu apelido tatuado em meu corpo.
— Eu sou totalmente louco por você, Yellow Head. – Disse, levando meus dedos a seu queixo, perdendo-me na imensidão daqueles olhos dourados e acariciando a pele macia de sua bochecha enquanto me questionava se aquele que estava em minha frente não era, de fato, um anjo.
Kaminari era a coisa mais bonita que vi em toda minha vida, desde seu sorriso angelical à sua aurea astuta e o simples balançar de seus fios loiros com respiração calma assim que finalmente pegava no sono.
— Você é a minha maior loucura. – Ele confessou, então meus lábios tomaram os seus e eu me permiti perder em seus toques.
Levei meus dedos ao cós de sua calça assim que a boca carnuda do loiro deslizou novamente por meu pescoço, causando arrepios e grunhidos involuntários cada vez que ele o mordiscava. Abri o zíper, sentindo a rigidez de seu membro sob meu tato, e suas unhas curtas cravaram em minha cintura devido a contato mínimo.
Pelo visto, Kaminari estava muito sensível essa noite e, de fato, eu iria tirar proveito daquilo mais do imaginava.
Deslizei ambas as mãos até sua bunda, adentrando o tecido de sua cueca e sentindo entre meus dedos a carne macia que tanto senti saudade, e o loiro fez questão de esfregar-se contra meu corpo devido à sua necessidade.
— Eu senti tanta falta dessa sua bunda, Yellow Head. – Sussurrei, apertando com gosto e um gemido manhoso ressoou em meus ouvidos.
Adorava o modo com o qual aquelas duas palavras tornavam-lhe uma bagunça.
Abaixei o tecido escuro de seu jeans, assim como sua peça íntima, apenas o suficiente para vislumbrar a pele branca como leite à minha frente, quase como se pedisse para ser tingida de vermelho, e como eu realmente não negava nada a ele, assim o fiz. O marquei com um tapa forte, fazendo o loiro grunhir e gemer necessitado logo em seguida, arranhando meus ombros e mordiscando o lóbulo de minha orelha como se quisesse compensar a ardência que sentiu ao fazer com que eu também a sentisse. — Garanto que ela também sentiu minha falta, não é?
— Eu senti tanto sua falta que pensei que iria morrer se não o tivesse. – O loiro disse. — Mas agora que estamos aqui, quero que me mate de outra forma.
— Prometo que irei levá-lo do inferno ao paraíso. – Devorei sua boca com desejo, deliciando-me com seu sabor e a textura macia de seus labios, sentindo meu corpo esquentar como um vulcão, prestes a emergir cada vez que sua língua entrava em contato com a minha e não demorou para que o calor nos consumisse e a calça que o loiro vestia tocar o chão, finalmente podendo desfrutar da pele macia de seu corpo totalmente a minha mercê.
Meus dedos vagavam por seu corpo, acariciando cada centímetro a minha frente como se estivesse disposto a decorar cada toque ali, estava tão perdido em seus carinhos que sequer notei quando oloiro jogou-me na cama de endredons escuros.
— Hoje será minha vez de punir você. – Kaminari avisou, ainda de pé, encarando-me com um brilho diferente em seus olhos dourados.
O corpo magro a minha frente reluzia devido às luzes do quarto, destacando a angelicaliedade presente em cada celula de seu corpo; a cueca branca levemente abaixada, mostrando-me o perfeito delinear de suas curvas e o relevo de sua excitação, os lábios entre os dentes conforme o loiro encarava-me em desafio – e eu nunca pensei que iria gostar tanto daquela expressão.
— Irá me punir pelo quê, Yellow Head? – Questionei com um sorriso provocativo nos lábios, apoiando-me nos cotovelos sobre a cama.
Kaminari sorriu e então sentou-se em meu colo, observando cada desenho gravado em minha pele – desde o nome carinhoso que havia lhe dado até o urso em meu pescoço – com o olhar incendiário que sempre possuiu, e entao inclinou-se, beijando cada rabisco em meu corpo, arrastando seus lábios sobre eles com devoção, devagar, como se não quisesse perder nenhum detalhe do sabor de minha pele. Assim que seus lábios chegaram a última tatuagem, ele os arrastou a minha orelha, mordiscando logo em seguida.
— Por me deixar. – Kaminari sussurou enquanto seus braços deslizavam pelos meus, elevando-os sobre minha cabeça e os prensando sobre o calção, me jogando sobre a cama novamente e impedindo que eu os movesse. — Foram dias difíceis sem você... – O quadril passou a mover-se sobre o meu, esfregando seu membro contra o meu de modo cuidadoso, fazendo com que gemesse para ele. — Tão difíceis, Hitoshi...
O loiro não escondia o quanto estava gostando daquilo, gemendo sôfrego em meu colo
— Os piores. – Confessei em um sussurro, apreciando o calor de seu corpo colado contra o meu.
— Não poder chupar seu pau foi a coisa mais difícil em toda minha vida. – Kaminari inclinou-se, sussurrando em meu ouvido e acelerando os movimentos de seu quadril enquanto eu odiava cada maldito pedaço de pano ali restante.
— Não poder foder sua bunda foi a coisa mais difícil em toda minha vida. – Disse, enquanto minha boca beijava cada centímetro de pele a meu alcance e, involuntariamente, meu quadril passou a mover-se junto ao seu, em busca de mais contato.
— Se for um bom garoto, quem sabe irei lhe permitir. – O loiro disse, seguindo por um riso provocativo ao pé de meu ouvido.
— Então, agora o gatinho rebelde está dando ordens? – Questionei de modo desafiador, forçando meus braços a se soltarem de seu aperto.
— É melhor obedecê-las. – O loiro disse com um tom determinado, segurando-me com firmeza e um semblante não muito contente.
— Ou então? - Questionei provocante, e um de seus braços soltou-me, mantendo- me preso apenas por sua mãos esquerda.
— Esse gatinho sabe fazer muitas outras coisas além de alguns meros arranhões. – O loiro disse, acariciando a pele de minha bochecha com um sorriso debochado nos lábios.
— Então me mostre. – Disse. — Vamos ver até onde este gatinho rebelde pode chegar.
Seus dedos acariciaram meus lábios, contornando-os devagar enquanto um sorriso travesso estampava o rosto de expressões angelicais e então, sem aviso prévio, sua destra seguiu a meu pescoço em um aperto forte e meus olhos fecharam-se no mesmo instante, fazendo com que me perdesse em sensações.
A melodia de seus gemidos doces adentrava meus ouvidos e a sintonia de meu quadril com o seu estava me enlouquecendo, os dedos do loiro faziam pressão contra minha garganta e assim que abri meus olhos novamente a visão fora arrebatadora:
Kaminari estava com a cabeça tombada para trás, os lábios entre os dentes e as sobrancelhas franzidas, como se, naquele momento em específico, estivesse tentando mostrar resistência aos estímulos e eu sabia o motivo. O loiro era muito teimoso e não iria dar o braço a torcer em um momento de domínio como aquele; e era daquele mesmo modo que eu tiraria proveito da situação.
Soltei meu braço de seu aperto o levando ao cós de sua cueca e, assim que ele notou, os olhos dourados encaram-me surpresos.
Abaixei o tecido incômodo, fazendo seu membro pular para fora, e logo em seguida libertei o meu da cueca preta que vestia enquanto Kaminari ainda estava perdido em sensações, despertando de seu transe apenas quando tentei mover minhas destra ainda presa por seus dedos. O loiro se recompôs, prendendo-a ainda mais ao colchão e reforçando o aperto em meu pescoço, porém fora desarmado mais uma vez assim que juntei ambas as ereções com a mão e movi meu quadril.
— Ah, merda, Hitoshi... – Kaminari fraquejou em meu colo, debruçando-se sobre mim, completamente derrotado por minhas carícias, como se reclamasse de si mesmo por ser tão entregue.
— Eu esperava mais de um gatinho rebelde como você, Yellow Head. – Sussurrei em seu ouvido logo que o aperto em meu pescoço se desfez, o loiro choramingou assim que esfreguei sua glande contra a minha e deslizei minha palma, esfregando ambos os membros.
O loiro passou a movimentar-se novamente em busca de mais contato. Necessitado, seus dedos entrelaçaram-se com os meus, apertando-os cada vez que um gemido mais alto explodia em sua garganta; os olhos fixos nos meus enquanto rebolava em meu colo com as luzes florescentes banhando seu corpo branco como leite me deixavam hipnotizado.
Aquela, com certeza, deve ser a visão do paraíso; e se estivesse certo eu estava louco para descobrir como seria seu inferno.
Passei a acompanhar seus movimentos com minha destra, o esfregando ainda mais contra mim, com minhas ações passei a gemer do mesmo modo que o loiro: descompensado e desesperado.
Kaminari era perfeito, como um verdadeiro anjo, era como se as expressões submissas em seu rosto terminassem de complementar a obra de arte que era.
Eu amava aquelas expressões.
— Ah, Deus! Tão bom, Hitoshi. – O loiro gemeu, fechando seus olhos no mesmo instante e movendo seu quadril com velocidade, choramingando devido aos efeitos em seu corpo.
O corpo febril tremia sobre o meu, denunciando que ele não estava mais no controle de seus atos. Kaminari estava sedento por prazer e eu estava disposto a lhe dar tudo o que quisesse.
— Você quer gozar, Yellow Head? – Sussurrei e logo o loiro concordou. — Então, implore por isso.
— Hitoshi, por favor... – Ele fraquejou, latejando sob meus dedos — Por favor, me deixe gozar. — Kaminari suplicou, encarando-me com os olhos dourados marejados e as bochechas levemente avermelhadas conforme meus dedos trabalhavam em conjunto com seu corpo. Ao vê-lo daquele modo era impossível não gemer. — Por favor! – O loiro implorou. — Ah! Hitoshi! – e antes mesmo que pudesse lhe responder, ele derramou-se em espasmos e gemidos longos, acrescentando a cor perolada nos desenhos em meu abdômen e o sabor de seu deleite.
— Eu não permiti. – Disse, e o loiro encarou-me ainda um tanto atordoado devido ao recente orgasmo, porém, assim que meus dedos entrelaçaram em seus fios dourados, puxando- os de modo firme, Kaminari tratou de alertar-se, grunhido logo em seguida. — Agora limpe. – Ordenei, estralando um tapa em sua bunda assim que me soltei de sua destra – que a segurava –, fazendo com que ele choramingasse devido a ardência. - E limpe direito.
— Com prazer, gatinho. – Um sorriso ladino cresceu em seus lábios, novamente a expressão travessa estava ali.
Amava a dualidade dele, amava o brilho em seu olhar quando me desafiava e amava as entonações de sua voz quando estava a minha mercê.
Os lábios carnudos juntaram-se com os meus de modo voraz, mordiscando meu lábio inferior e arrastando sua língua até meu queixo, então Kaminari deu início ao seu trajeto.
A boca deslizou por meu pescoço, reforçando as marcas roxas e acrescentando novas, seguindo por meu peitoral, fazendo questão de envolver meu mamilo esquerdo em suas carícias, enquanto eu tentava ao máximo resistir ao olhar travesso que o loiro me lançava e o sorriso presunçoso que pintava seus lábios.
Mas a verdade era que: era impossível resistir a Denki Kaminari e seu calor.
A língua deslizou por meu abdômen, finalmente provando e degustando seu próprio sabor, e sem demora descendo até minha virilha, beijando minha mais nova tatuagem com carinho.
— Oh, porra, Denki... – Gemi assim que a boca envolveu-me por completo, sem aviso prévio. Tombando minha cabeça para trás, senti meu corpo tremer quando o loiro riu orgulhoso por minhas reações.
Kaminari sequer me deu tempo para recuperar o fôlego, me enterrava com precisão e velocidade, seus lábios envoltos em meu membro daquela maneira me fazia perder a razão.
Meu corpo estava em chamas, queimando devido ao calor do meu próprio sol enquanto me incendiavam de várias formas e não demorou para que o fogo, de fato, me consumisse, fazendo com que derretesse em sua boca, deixando seu nome escapar de meus lábios.
Aquilo era como estar nas portas só céu, e eu estava louco para adentra-lo.
— Seu gosto é tão bom quanto me lembrava. – Kaminari disse após engolir, lambendo os lábios melados em busca de mais do meu prazer e degustando de cada resquício ali presente com um sorriso em seu rosto.
Ele engatinhou como um gato sobre mim, beijando minha boca e fazendo com que desfrutasse de meu próprio gosto, assim como ele, e não demorou para que eu o agarrasse novamente, deslizando minhas mãos por cada centímetro quente de sua pele, mais impaciente do que de costume.
Kaminari possuía o dom de acabar com minha sanidade.
— Empina pra mim, Yellow Head. – Sussurrei, apertando a carne macia de sua bunda e, ansioso, o loiro logo o fez, saindo de meu colo e debruçando-se sobre a cama, comigo a suas costas.
Com o rosto sobre os lençóis brancos, afundado no colchão macio, os fios loiros totalmente bagunçados e as bochechas avermelhadas, o loiro encarou-me de lado suplicante, com os olhos semicerrados e dois de seus dedos em sua boca enquanto ele movia seu quadril devagar e convidativo.
Eu não aguentaria fazê-lo implorar dessa vez.
Inclinei-me e então pude, finalmente, desfrutar de minha melhor refeição. Deslizei minha língua por sua entrada enquanto ele banhava meu ouvidos com um longo gemido em deleite.
— Seu gosto continua tão bom quanto me lembrava. – Disse, mordiscando sua nádega esquerda a estapeado logo em seguida, sentindo suas pernas vacilarem.
— Então aproveite, gatinho. – O loiro disse em um sussurro, entrelaçando seus dedos em meus fios lilases e puxando-me para perto.
E eu, de fato, iria aproveitar.
Meus labios beijavam cada centímetro a minha frente, deliciando-me com seu sabor, o indivando com minha lingua e deslizando-a por onde queria, tomando do maximo que conseguia dele, espremendo sua bunda entre meus dedos enquanto o aperto em meus cabelos e os gemidos gostosos do loiro se intensificavam. Assim que notei suas pernas começarem a tremer, afastei-me, ajoelhando novamente sobre o colchão e recebendo um grunhido de reclamação do loiro, que matinha dois de seus dedos entre os labios.
— Hitoshi...– Kaminari chamou, retirando os dígitos de sua boca em um estalo. — Por favor... – Ele suplicou, manhoso, inclinando-se para mim e fazendo meu membro roçar em sua bunda. Um gemido inevitável escapou de meus lábios devido ao contato. — Por favor, me foda.
Denki Kaminari era um pecado e, às vezes, eu desconfiava que ele era o próprio diabo, afinal, era o anjo mais bonito que já havia visto.
Mas, caso fosse, ele teria que lidar com o pior de seus servos.
— Você não imagina o quanto fica lindo implorando para mim dessa maneira. – Levei ambas as mãos à sua bunda, massageado a carne entre meus dedos e esfregando meu membro em sua entrada conforme o loiro se contorcia sobre a cama de lençóis embolados, e então o primeiro tapa foi dado, tingindo a pele branca de vermelho e fazendo ecoar um estralo e um gemido surpreso pelas paredes do cômodo. — Você não está no comando aqui, eu sou seu dono e as ordens são apenas minhas. Você deve obedecer apenas a mim. — Disse. – Você entendeu?
O loiro choramingou, concordado, enquanto seus dedos apertavam a fronha do travesseiro.
— Eu fiz uma pergunta, Denki. Responda. – Ordenei, e como punição minha palma estalou novamente em sua pele, agora um tanto avermelhada.
— Ah! Sim! – O loiro afirmou, surpreso. — Sim, Hitoshi...
— Gatos rebeldes não se criam comigo, é melhor se comportar ou terei que educá-lo da pior forma. — Adverti, mais uma vez tingindo sua pele e observado o loiro contorcer-se sobre os lençóis negros. — Você entendeu?
— Sim, Hitoshi... – Ele choramingou, encarando-me com os olhos dourados transbordado súplica.
Controlar-me sob aquele olhar era uma tortura pior do que a que Denki estava sofrendo – e por isso eu lutava para não me tornar seu refém.
— Você sabe que gosto de garotos obedientes, não é? – Questionei, massageando a pele dolorida a minha frente enquanto aproveitava uma das melhores visões já proporcionadas a mim; maravilhado.
Kaminari concordou e assim me inclinei sobre ele, envolvendo meus braços em seu tronco e o colocando de joelhos sobre a cama a minha frente, conforme eu o apertava contra meu corpo.
Ele arfava, ansioso e sensível, e eu certamente iria tirar proveito da situação. Entrelacei meus dedos em seus cabelos, puxando de modo firme e fazendo Kaminari tremer a minha frente.
— Todas as vezes que eu foder essa sua bunda, quero que grite meu nome - Sussurro a seu ouvido. - Você entendeu, Yellow Head?
— Ah Deus sim... – Kaminari sussurrou e, devagar, o invadi, sentindo meu corpo entrar em combustão. — Hitoshi!
Um gemido longo escapou de meu lábios assim que me enterrei por completo, o sentindo pulsar ao meu redor assim que pousou sua cabeça em meu ombro esquerdo.
E não demorou para querermos mais daquilo.
— Oh porra, eu senti tanta falta desse seu calor. – A sensação de preenchê-lo novamente era maravilhosa e eu estava em total deleite por ouvir meu nome explodir em seus lábios em entonações que nem eu mesmo conseguia imaginar um dia ouvir. — Você é tão gostoso, Yellow Head. — Minha destra agarrava firme sua cintura, sentindo o balançar de ambos os corpos conforme Kaminari cravava suas unhas curtas em minha nuca, deslizando por onde alcançavam. – Porra! Tão bom!
Eu queria mais, cada vez mais, e tudo de si.
Eu o queria até o fim.
O corpo pálido do loiro esfregava-se contra o meu, em busca de tudo o que queria lhe dar, compartilhando da mesma necessidade que entupia minhas veias.
— Eu amo você! – O loiro disse entre gemidos lamuriosos, conforme eu o invadia certeiro. – Me foda para sempre, Hitoshi!
— Porra, eu amo tanto... – Levei meus dedos até seu queixo, fazendo com que me encarasse apenas para, em seguida, poder deliciar-me com o sabor de seus lábios. Logo em seguida deslizei meus dedos em seu pescoço, apertando e firme mordiscando seu lábio inferior. — Eu quero fodê-lo todos os dias. — Rosnei, deslizando a mão que estava em sua cintura até seu membro gotejante, o que faz Kaminari morder os lábios carnudos com força. — Quer que eu o foda todos os dias, Yellow Head? – Ele concordou. — Quem quer que o foda?
— Hitoshi! – Kaminari gemeu. — Hitoshi! – Ele choramingou. — Oh Deus, Hitoshi!
Minhas destra o masturbava no mesmo ritmo em que eu o invadia; eu tinha a minha frente um loiro sucumbindo à loucura.
E talvez ele não fosse o único.
— Você está tão sensível, Yellow Head. – Sussurrei em seu ouvido assim que ele passou o jogar seu quadril contra o meu, em busca de mais daquele frenesi. — Sentiu tanta falta assim do meu pau?
Eu amava aquele nosso doce inferno e, talvez, Kaminari não fosse o diabo que reinava aqui.
— Eu senti tanta falta, amor. – Ele disse em tom baixo, quase sem forças para formar palavras conforme gemidos curtos e descontrolados escapavam de sua boca e seu membro pulsava em minha palma. — Oh, porra, eu vou...
— Isso...Vamos! – Sussurrei em seu ouvido, sentindo Kaminari apertar-me em seu interior e fazendo-me grunhir enquanto mordia sua orelha. — Goze pra mim, Yellow Head.
Kaminari afundou suas unhas na minha nuca e a melodia que mais amava explodiu de seus lábios.
— Oh, Deus! Hitoshi!... Hitoshi. — Ele se desmanchou, pintando o tecido do edredom com o tom perolado de seu deleite e não bastou muito para que me juntasse a ele em nossa própria bolha de prazer.
Permanecemos como estávamos, apreciando a respiração acelerada, o calor dos corpos e os sorrisos que estampavam nossos rostos.
Sua cabeça estava repousada em meu ombro esquerdo, com os fios loiros grudados em sua testa, as bochechas rosadas e os olhos fechados, uma fina camada de suor fazia seu pele brilhar contra a luz e destacar-se mais que os raios cortantes da tempestade que nos guardava aquela noite.
Kaminari era, definitivamente, um anjo.
Seus dedos entrelaçaram-se aos meus e o loiro gargalhou, como se aquele mero toque o enchesse de alegria.
— Esta feliz? – Questionei.
— Como não estaria? – Os olhos dourados se abriram e um sorriso radiante estampou seu rosto assim que o loiro inclinou-se para beijar meus lábios com ternura. — Você finalmente esta aqui.
Kaminari era o homem da minha vida.
— Eu amo você. – Disse. — Eu amo você! Porra, eu amo tanto você. — Repousei minha cabeça em seu ombro, o envolvendo em meus braços com um aperto necessitado, soando extremamente derrotado. — Eu senti tanta saudades sua, Denki.
Eu simplesmente não queria solta-lo, queria agarrara-me a ele cada vez mais, até que me consumisse, até me perder em si e nos tornássemos um só.
— Eu estou aqui agora e prometo não ir a lugar nenhum, e muito menos deixá-lo ir. – O loiro disse — Eu amo você, gatinho.
O loiro beijou-me e, de repente, um fino miado de gato foi ouvido dentro do cômodo. Rapidamente, Kaminari desviou seu olhar para onde sua audição indicava, e nada mais era que meu recente companheiro de quarto.
O felino de pelagem esbranquiçada e escura espreguiçava sobre o parapeito da janela, acordando de um sono profundo.
— Acho que o acordamos. – Disse, e o loiro encarou-me surpreso.
— Aí meu Deus, Hitoshi! – Kaminari gritou, empurrando-me e puxando os cobertores sobre nossos corpos como se nos escondesse de uma criança inocente. — Será que ele nos viu?
— Não se preocupe. – Gargalhei. — Ele tem o sono tão pesado quanto o seu. – O abracei novamente, enquanto observava a semelhança no olhar de ambos. Agora, eu tinha dois gatos de olhos dourados. — Estava esperando que você chegasse pra darmos um nome a ele. Como iremos chamá-lo?
— Café. – Kaminari disse, o felino pareceu gostar do nome pois desceu da janela e logo pulou na cama, aninhando-se em meio ao cobertor.
— Bem-vindo à família, Café. – Disse, o acariciando e recebendo um ronronar aprovativo e uma risada gostosa vinda do loiro.
Estávamos finalmente em casa, e agora tínhamos um novo morador.
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Yellow Head
FanfictionForam quatro semanas longe de meu sol, e foram as mais conturbadas de minha vida. Finalmente poderia senti-lo e não o deixaria escapar nunca mais. || kamishin || +18 ||