Capítulo XI - Príncipe Ian

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Eu já tinha aceitado o fato de não conseguir andar. Mas por um segundo eu senti meu corpo inteiro formigar e em seguida estava de pé sem entender muito bem ao que estava acontecendo. olhando para a janela do quarto avistava Wallacy que andava solitário em meio a grama verde. e como uma estrela cadente que caia o céu se escureceu e uma brisa passou por ele e em seguida passou por mim trazendo algumas folhas secas.

― Que cheiro bom ― O cheiro de terra molhada vinha em meu nariz me trazendo lembranças da minha família, quando olhei para trás Wallacy estava atrás de mim.

― Olha estou melhor. ― falei mas ele nem sequer olhou para mim.

― Que bom, fico feliz. ― disse ele se trocando.

― O que foi?

― Não foi nada, só estou cansado.

― Tudo bem, então. ― foi ainda para a porta que olhei para o seu peitoral e percebi que o colar estava branco ao invés de rosa ou vermelho. e me lembrei do que o garoto misterioso tinha me dito. "Enquanto o colar ficar rosa ou vermelho Wallacy me amaria, mas caso ele ficasse branco ele não me amaria mais." Minha cabeça não parava de dar voltas, o que poderia ter acontecido para que o colar fica-se desta cor.

Na mesma noite Wallacy dormiu como uma pedra. E eu continuei pensativo confesso que foi uma longa noite. No dia seguinte assim que amanheceu eu fui ao jardim ver algo que tinha perdido. Ou não sei, tentar entender. Mas sei a manhã inteira no jardim tentando pensar no que aconteceu. Pensei até na possibilidade dele ter encontrado um outro brasão para o colar. Mais os acontecimentos futuros me provaria que não.

Todo o que eu tinha aprendido nesse pequenos dias que tinha ficado ao lado dele pareceram que não eram nada, a personalidade dele estava diferente parecia que algo tinha morrido dentro dele. Sei que as coisas pareciam completamente diferentes.

O jardim nunca foi tão solitário como hoje, caminhando dentre os pastos avistei meu cavalo, mas a égua de Wallacy não estava lá, me preocupei já que era algo importante para ele. Correndo fui até o castelo, minha respiração estava alterada, mas depois de ter corrido uma quantidade considerável, finalmente consegui encontrar wallacy, ele estava com um livro nas mãos. ― Ah onde está sua égua? ― falei ainda ofegante.

― Qual delas a que eu me casei ai a que ganhei de minha mãe.? ― Disse ele abrindo um pequeno sorriso.

― Engraçadinho estou me referindo a que você ganhou de sua mãe a tão preciosa herança, Euridse!

― Ha sim, eu dei ela.

― O que ? porque fez isso! ― A expressão em seu rosto, me fazia sentir que não se passava e um simples cavalo.

― Porque eu quis.

― Qual o seu problema?

― Eu estou ótimo, meu problema no caso agora está sendo você! saia daqui e pare de me perturbar va ver se tem como as camareiras trocarem os lençóis eles estão sujos. E por fim adoraria se me trouxesse um vinho, branco de preferência! ― em seus olhos conseguia ver sua pupila estava encolhida e menor do que sempre tinha visto, isso seria mais uma prova de que eu estava sendo tratado como um sutil estranho.

― Imbecil. ― minha expressão era bem clara, eu estava a caminho do quarto. foi quando uma luz misteriosa que saia de um dos quartos me chamou atenção.

― Meu rei ― o mesmo homem estava novamente em minha frente, entrei e em seguida fechei a porta.

― Por que sempre desaparece me fale seu nome?

― Já tive muitos nomes, mas pode me chamar de Mesmero.

― Mesmero, o que você quer aqui?

― Eu vim te ajudar, a se livrar da carta de seu pai e também para realizar um desejo!

― Sério, eu não sou muito fã dos contos de fada

― não é necessário gostar de contos de fadas para acompanhar eles e nem para viver um! ―Mesmero disse

―Se for assim eu quero que ele me ame novamente. Ele parece um pedaço de feno comigo.... E não gosto disso... ―falei quase gritando.

―claro, mas infelizmente isso não vou poder realizar.... Pois ele ainda te ama. A diferença é que ele não sabe disso agora. Você precisa lembrar ele!― ele me olhou ― pois só lutando você consegue vencer a guerra.

― por onde devo começar? ―perguntei...

―comece queimando a carta.

―mas é do meu pai....

―hum... ok. Wallacy sacrificou sua égua para que você se cura-se, mas acho que ele não vale a pena mesmo. ― parecia que ele me afronta a com essa resposta.

― tudo bem vou queimar! feliz?― falei segurando a carta em minhas mãos avistam da lareira não muito longe dos meus passos eu joguei fechando brevemente os olhos foi quando o papel de um papiro estranho se desfez a dança do Fogo, que antes era azul meio avermelhado agora se tingindo com o verde sinistro a carta se desfez.

―Obrigado. Você evitou que um mal ruim, vinhece a esse mundo. ― suspirou ele.― Escute com atenção o colar e a chave que precisa para entrar no coração de Wallacy, mas ao entrar você tem que ser forte pois naquele lugar existem coisas que você precisa combater e vencer.

― E seu eu perder?

― Perdera tudo! e isso inclui Wallacy. ― Agora andando e quase desaparecendo. ― Siga o que te falei e conseguirá entrar novamente a onde um dia você já entrou, e com isso farei com que o seu desejo se torne uma realidade.

A criatura não estava mais aqui.... Senti que não voltaria mais.... O colar ele ainda está usando e isso é bom, agora tenho que fazer com que as coisas voltem ao normal.

― ah você está aí, Vamos jantar!― Wallacy disse, com um olhar frio e sinistro para mim.

― já estou indo.

Ao chegar na sala de jantar, logo avistei a grande mesa de jantar com comida suficiente para uma população inteira. ― Sente-se perto de mim! ― Wallacy falou.

Não falei nada, só me sentei, por mais que eu senti que as coisas tivessem mudado, em um ponto as coisas não mudaram a gentileza dele ainda prevalecia, ta que às vezes um tanto como um ogro mais mesmo assim, tem bondade.

― O senhores estão sem se beijar já a algum tempo, creio que devem se beijar para que o contrato se torne válido por mais algumas horas. ― Um senhor com grande barbas e com um roupa que parecia de outro país falou enquanto mantém as mãos para trá. Ao escutar isso, Wallacy largou os talheres banhados em prata, que caia na mesa fazendo um grande barulho, dava para sentir que isso o irritou muito, o chato era que a um tempo atrás era eu que me sentia assim. agora sei como o tratei. E isso me deu nojo de mim mesmo.

O beijo foi curto, e molhado, mais ao mesmo tempo eu conseguia sentir que ele ainda estava lá, sento o que o Mesmero disse. mas agora preciso de forças para conseguir lutar para que Wallacy voltasse aos meus braços.

Destinado a um escocês militar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora