Capítulo 1 - Química e INsegurança

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Era mais um dia de curso no colégio profissionalizante Thiago Bini, Luís havia chegado atrasado, a turma do curso técnico em química esteva no pátio, faziam experimentos.
Felipe era da turma que estava no pátio e viu Luís chegar, e ficou olhando para ele enquanto esse se dirigia a sua turma. Sempre havia visto ele pelo colégio, mas, aquele dia, pela primeira vez, algo nele chamou mais atenção de Felipe.
Luís digitava enquanto andava, estava conversando com o namorado, Ivan, não parecia nada tranquilo, isso se devia a estarem tendo mais uma discussão por motivo tolo. Ivan não conseguia entender que não era seguro deixar a panela no fogo enquanto ia ao mercado, mesmo Luís estudando curso técnico em segurança do trabalho, a teimosia de Ivan irritava muito a Luís, que simplesmente deu tchau e avisou que estaria em aula, as mensagens não pararam de chegar por alguns minutos ainda.
No intervalo, Felipe encontrou Luís no banheiro e olhou para ele de canto dos olhos, o mais discreto possível, mas, não se atreveu a falar nada, nem sabia se Luís o havia olhado também, lavou suas mãos e admirou Luís enquanto esse saia do banheiro.
Luís costumava ir para o curso e voltar para casa sempre de escolar, exceto quando se atrasava, o que também acontecia com certa frequência, e quem também utilizava o transporte escolar era Felipe, sempre acompanhado de sua amiga, Diana, do segundo período do mesmo curso de Luís, que estava no primeiro. Quando esse entrou no ônibus, Felipe notou que, novamente ele estava no celular, e o olhou disfarçadamente, sem ser notado por ele.
Como Luís não largava o celular quando não estava em aula, Felipe chegou a conclusão que devia estar namorando, se conseguisse ver seu dedo para poder confirmar, não arriscaria falar com ele.
Como percebeu uma distração do amigo, Diana lhe chamou:
- Hein, hello!
- Ah? Que foi?
- Eu tava te contando como a professora de comunicação estava chata hoje, aliás, como sempre né?
- Ah, sim.
- Ai, Felipe, você nem prestou atenção. - ela reclamou.
Aparentemente, depois de algum tempo mais de discussão e já estando o escolar perto da parada de Felipe, finalmente Ivan cedeu e compreendeu que era perigoso deixar as coisas no fogo e sair, então, aliviado pelo fim do impasse, Luís olhou para qualquer direção que não fosse a tela do celular, por sorte, esse lugar acabou sendo a porta do ônibus, a qual Felipe já se preparava para descer, esse tempo de descanso aos olhos de Luís fez com que, finalmente o notasse, e percebesse que ele o estava olhando, porém, ao ser notado, Felipe desvia o rosto, e concentra-se em descer do escolar o mais rápido possível, envergonhado por ter sido notado.
Luís, porém, fica intrigado, questionando se Felipe teria realmente lhe olhado ou se havia sido apenas impressão sua.
Ao chegar em casa, Felipe despe-se e olha seu corpo no espelho do quarto, uma lágrima escorre em seu rosto:
- Por que tenho que ser assim? Me sinto incompleto. - soluçou.
No espelho, viu as cicatrizes em seu peito, quase imperceptíveis, ainda de cueca, não se atrevia a tirar diante do espelho, o pranto rolou solto.

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⏰ Última atualização: Jun 21, 2019 ⏰

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