Equipe de reconhecimento H, disparar!

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Um barulho longe ecoa, está tudo escuro e quente, não consigo discernir o que é, mas parece ser uma sirene, quando de repente:

-Acorda surdo! Tão chamando a gente!

Sinto meu pé sendo puxado e meu corpo caindo ao chão, acordo para me deparar com um garoto de cabelos loiros, pele clara e olhos cinzas gritando para mim, ele está vestido com um collant azul que lhe cobre do pescoço aos pés, cortes amarelos no peitoral e braços destacam seus músculos sobre a roupa, ainda meio atordoado pergunto:

-É para a gente?

Ele afirma com a cabeça e diz:

-Sim, a Kayle tá descendo já, o Beta-22 está nos esperando já, faz o favor de se vestir logo?

Me levanto calmamente e caminho até o outro lado do quarto, abro uma porta de vidro e tiro uma caixa, abro e um collant roxo está dentro, o garoto fecha a porta e retiro minha roupa, dou uma olhada em mim mesmo no espelho ao lado da minha cama, e vejo minha cicatriz em forma de três garras no meu peito direito, lembro de como conseguir aquilo, e isso faz meu coração acelerar, sinto minha pele ficando quente, minhas pupilas dilatando e meu campo de visão aumentando, coloco o collant perto de meu corpo e ele me envolve sem nenhum esforço, pequenas placas duras aparecem em meus ombros com um símbolo em cada, um "H" dourado arranhado e um pouco sujo, devido ao número de batalhas que já enfrentei com essa roupa, saio pela porta do quarto e chego em um corredor cinza com luzes vermelhas levando para meu lado direito, o garoto loiro está andando em direção às luzes, e nas suas costas pode ser ver o mesmo símbolo no meu ombro, um grande "H" dourado também sujo e arranhado, sigo-o até uma grande porta de metal, que se abre verticalmente, descendo e entrando no chão, revelando um elevador de grades e fios, entramos juntos, ficamos em silêncio por um tempo, e ele então tenta me dar um soco com sua mão direito, mas desvio me jogando para trás, ele começa a dar risada e diz:

-Já está tão bem acordado assim? Normalmente você demora mais para pegar no trampo.

Rio junto com ele e conversamos até a porta se abrir novamente, saímos e um grande galpão se estende diante de nós, vários portões nas paredes de quase 3 metres com diferentes letras brilham com luzes variadas, trotamos em direção ao portão de nosso esquadrão, novamente, o símbolo em meus ombros e nas costas do loiro estampa o portão, pelo qual abrimos e entramos.

Dentro, existe Três cápsulas de vidro, vários computadores, 5 mesas de metal formando uma grande linha, e uma figura sobre uma delas, nos aproximamos e dizemos em uni som:

-Cabeça de latão!

A figura se vira e revela um rosto robótico, com apenas uma faixa vermelha brilhante que corta horizontalmente a face, cintilando de cima a baixo, ao nos ver diz:

-Me respeitem que eu sou 64 anos mais velho que vocês.

O ciborgue não traja nada, seus membros finos de aço se movem fluidamente trabalhando em algo na mesa, ele para de mexer com o objeto e se move ao computador mais próximo dizendo:

-Vamos ter que mergulhar hoje, Rift no fundo do oceano Pacífico.

Eu olho para o garoto ao meu lado e digo:

-Bem que o Rey tava precisando de um banho mesmo.

O loiro bate na minha barriga e diz:

-Haha, vê se não dorme no friozinho do fundo do mar.

O portão atrás de nós se abre, e uma garota alta de cabelos vermelhos fogo entra em um collant amarelo brilhante, com o símbolo no centro do peito, ela anda em postura até nós e diz:

-Bom dia meninos e cabeça de latão.

O robô diz infeliz:

-Até tu Brutus...

A garota sorri e anda até uma cápsula que possui um monitor ao seu lado com com uma figura amarela, enquanto aperta algumas coisas na tela diz:

-O Beta já me passou as informações, acho melhor irmos logo, temos e voltar para o café da manhã ainda.

Afirmamos com a cabeça e andamos até as outras duas cápsulas, me aproximo do monitor com meu rosto e vejo, uma figura humanoide, aperto por 5 segundo o botão escrito "Iniciar armadura", enquanto a cápsula abre e revela uma armadura da minha altura, com placas roxa protegendo as pernas, braços e barriga, um capacete com cinco faixas distribuídas em leque, longo cilindros cortados emanando luz magenta nos ombros, e duas braçadeiras de meio palmo de altura no antebraço, me posiciono a sua frente, e sua peças se abrem me permitindo vesti-la, sinto sua placas e nano tecidos se ajustarem ao meu corpo, não vejo através do visor, meus ombros são pressionados e ouço um leve "click", uma luz aparece na minha visão, e um display mostra minha altura em relação ao mar, distância de meus companheiros, temperatura da armadura, munição, combustível, além de outros instrumentos de voo e mira.
Desço da cápsula com o som alto dos meus pés colidindo contra o chão, viro-me para minha direta e vejo uma armadura azul descendo d doutra cápsula, suas costas esbanjam uma capa de tecido fino, e seus pés não tocam o chão, a poeira no solo a sua volta cria um pequeno redemoinho, seus braços possuem placas circulares com uma coloração azul ciano, e seu capacete possui um "T" que corta no meio do rosto na altura dos olhos, e brilha com forte azul escuro. 
Ao meu lado esquerdo, uma grande armadura amarelo dourado apoia sua espada longe de metal brilhante no solo, enquanto ajeita seus escudo no braço esquerdo, seu peitoral possui linhas brancas desenhando as linhas que estão por debaixo de seu corpo, seus capacete possui asas na lateral e a face quase toda em um amarelo escuro, a não ser por uma faixa que vai da testa a pouco acima do nariz.
A nossa frente, o robô se põe em baixo de uma abertura circula, de onde diversos braços robóticos começam a montar peças em seu corpo, e rapidamente, o frágil ciborgue possui um robusto corpo com grandes braços e pernas, andamos em silêncio para fora do quartinho, caminhamos para o lado contrário do galpão de onde estava o elevador, um grande portão que toma toda a parede começa a se abrir, uma fraca luz amarela toma meu campo de visão, e pouco depois, o horizonte amanhecendo pode ser visto facilmente, abaixo o mar se estende a centenas de metros, o barulho de turbinas podem se ouvidas ao longe, meus companheiros se posicionam ao meu lado, ouço pelo rádio uma voz feminina dizendo:

-Paladin pronta.

Logo após, uma voz robótica dizendo:

-Bruiser pronto.

E finalmente, uma voz jovem dizendo:

-Caster pronto.

Sorrio como sempre sorrio antes de começar, suspiro e digo:

-Hunter pronto.

Nos aproximamos da borda enquanto digo ao som do vento correndo, das ondas abaixo, e das máquinas no galpão atrás de nós:

-Esquadrão de reconhecimento H, atirar.

Nos jogamos do veículo, enquanto caímos, olho para cima e vejo uma gigante aeronave negra, com oito turbinas laterais lhe propulsionando e o portão na sua traseira se fechando, olho novamente para baixo e vejo a água se aproximando rapidamente, pouco antes de atingirmos a superfície digo:

-Preparar para o impacto, as coisas vão ficar molhadas.

E então atingimos a água em uníssom, enquanto as bolhas cobrem nossa visão.

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⏰ Última atualização: Mar 08, 2020 ⏰

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