16. Distância

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Distância

Pov narrativa

Já haviam se passado sete meses e todo reino continuava em alerta, Aro cumpriu cada palavra que disse antes de sair. Já fazia mais de dois meses que ele atacou o reino dos Cullen, uma parte do exército estava em campo de batalha e a outra parte ficou protegendo o reino. O príncipe Edward partiu junto com a parte da guarda real, que foi para o campo de guerra, deixando para trás sua princesa e seu filho. Isabella sempre sentia seu coração se apertar quando via um dos mensageiros chegando ao reino para dar notícias, era estranho não ter seu marido por perto, ainda mais no estado em que se encontrava: grávida de quase oito meses.

–- Ele está bem. _a rainha disse ao entrar em seu quarto _Perguntou por você.

Isabella nada disse, continuou a fitar o nada com os olhos marejados, ela já não saia da cama, a não ser para sua higiene pessoal e para ir à janela, ela lembrava-se da briga que tivera com Edward, um dia antes dele partir para a batalha, ela implorou para para que ele ficasse.

(...)

–- Você é o príncipe, mande outro em seu lugar. _Isabella disse olhando para o marido.

–- Eu tenho que honrar minha coroa, Isabella. _ Edward disse tentando convencê-la.

–- De que adiantará uma coroa se o príncipe estiver morto. _ Isabella disse deixando as lágrimas caírem _Eu não posso perder você.

–- Você não vai me perder, querida. _ele disse beijando sua testa—Voltarei para você e para o nosso filho.

Edward tocou a barriga da mulher, que ainda não estava tão grande, mas ele sentia a presença de seu herdeiro.

–- Por favor não vá. _Isabella suplicou.

Edward não disse nada, não iria fazer promessas que quebraria pela manhã, ele a puxou para si beijando sua boca, fora a noite mais intensa entre os dois.

Edward passou a noite toda fazendo amor com Isabella, que se entregou de corpo e alma ao seu amado e, quando o sol estava para nascer no céu, ambos caíram sobre a cama exaustos pelo cansaço. Isabella não demorou a adormecer e Edward se levantou e partiu com sua guarda real.

Isabella acordou sozinha na cama e, quando não viu o corpo do seu marido ao seu lado, foi impossível conter as lágrimas; ela chorou durante dias e noites, elasabia que ele tinha ido junto com o exército e o medo de perdê-lo estava preso em seu peito, que doía a cada batida do seu coração.

(...) 

Momento atual

–- Ele está bem Isabella. _a rainha voltou a dizer.

–- É o que ele diz. _Isabella sussurrou – Meu coração diz o contrário.

–- Não vamos pensar o pior minha querida. _a rainha disse fazendo um carinho em seu rosto- _Lembre-se que tem um herdeiro aí dentro que precisa de cuidados.

Isabella suspirou e nada disse, a rainha por sua vez, achou melhor deixá-la quieta. Há muito tempo havia desistido de animar a jovem que, a cada dia que passava, se afundava ainda mais em sua tristeza, ela sentia tanta falta do marido que nada a animava, e o fato de estar grávida era o único motivo de não pegar um cavalo e sair cavalgando na direção de seu amor.

Mais dois meses se passaram e nada de notícias, Isabella ouviu por alto quando os serviçais diziam quantos já haviam morrido nessa guerra, que parecia não ter fim, ela estava de nove meses, prestes a dar a luz; os cuidados para que ela não recebesse noticias ruins foram redobrados, e por ela não sair do quarto ajudou muito. Já era noite quando Isabella sentiu as primeiras dores no pé da barriga.

O Príncipe e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora