Capítulo 13

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  - Paulinha- Mariana bateu na porta do banheiro enquanto a outra estava no banho.

  - Que?- gritou lá de dentro.

  - Eu to saindo pra encontrar o Dan e... Não sei que horas eu volto e nem se vou voltar, ok?

  - Sim! Bom passeio!- falou e seguiu com seu banho.

  A morena se sentiu mal com aquela situação. Ela que havia sido traída e era ela quem tinha que se ausentar na reunião de amigos. Não era justo.

  Paula terminou seu banho e então foi para o quarto trocar de roupa. Havia chego do serviço cansada, já faziam semanas do descobrimento do caso de Rafael e Samanta, mas ela seguia com seu psicológico exausto.

  Ela se sentou no sofá e pegou seu celular pensando para quem deveria ligar. Não queria ficar sozinha na sexta-feira à noite. Pensou em ligar para Breno, mas provavelmente ele estaria na reunião de amigos também.

  - Alô?- atendeu seu celular animada quando viu o nome do amigo na tela.

  - E aí? Tá fazendo o que?- ele perguntou.

  - Nada, na verdade- suspirou- Tava procurando uma companhia pra uma sexta-feira à noite.

  - E porque você não me chamou?- questionou- Eu to a sua disposição.

  - Achei que iria no jantar que eles combinaram- disse um pouco desconfortável.

  - Jamais, tá doida? Eu ainda to irritado com o Rafael, com a Samanta e com a Mariana- seu tom de voz mostrava a verdade das palavras- E acho ridículo eles se reunirem como se nada tivesse acontecido e te deixarem de fora.

  - Os incomodados que se retirem... não é assim o ditado?

  - Não se preocupe quanto a isso. Eu to indo aí e a gente vai se divertir muito mais do que eles- disse convicto- Eu te garanto!

  - Estou aguardando.

  - Até logo!- ele desligou o celular.

  Minutos depois a campainha da casa foi tocada. Ela se levantou e abriu a porta com um sorriso no rosto, mas ele logo desapareceu ao ver quem estava do outro lado.

  - O que você está fazendo aqui?- franziu as sobrancelhas.

  - Eu vim te chamar para ir jantar com a gente como sempre fizemos- ele tinha as mãos no bolso da calça e mordia o lábio inferior constantemente, demonstrando seu nervosismo.

  - O que eu menos preciso agora é ficar perto de você, Rafael- disse sincera.

  - Olha, eu não queria te magoar, ok? Eu te amo e quero passar o resto da minha vida ao seu lado... O lance com a Sam...

  - Não aconteceu? Foi apenas um surto coletivo?- perguntou irônica- Não tem nada que você fale que vá mudar a minha decisão, Rafael.

  - Você parecia tão feliz comigo- o olhar triste nos olhos azuis do homem fez o coração dela vacilar, mas se manteve firme.

  - Eu era muito feliz com você- deu um pequeno sorriso- Eu te amava e...

  - Não me ama mais?

  - Sim, eu ainda te amo, mas isso vai passar. Digo por nós dois! Esse amor todo vai passar e a gente vai conseguir ser feliz longe do outro.

  - Eu não quero isso, meu amor- se aproximou segurando o rosto dela e encostou os narizes.

  - Para, Rafael- ela pediu, mas não tinha força para se afastar.

  - Você quer, eu sei disso- passo os lábios pela bochecha da outra.

  - Ela disse pra você parar- a voz masculina fez o homem soltar a morena e se virar encarando o outro- Como você teve a cara de pau de aparecer aqui?- Breno tinha uma expressão irritada e os braços cruzados.

- O que você tá fazendo aqui?- olhou confuso para o outro- E quem te deu o direito de se meter no meu relacionamento com a Paula?

- Não existe relacionamento nenhum!- rebateu- Agora, se não se importar, pode voltar para onde você estava- foi adentrar a casa, mas o outro segurou seu braço.

- Rafael- Paula o repreendeu.

- Quem você tá pensando que é pra falar assim comigo?- olhou bravo para o homem, e logo olhou para a morena- Peraí, vocês... eu não acredito.

- Diferente de você... eu sempre fui fiel, jamais me envolveria com alguém estando com você- a mulher fez questão de esclarecer antes mesmo do outro insinuar algo- E o que acontece comigo depois que terminamos, não é da sua conta.

- Eu devia ter ficado esperto quando você vivia atrás da minha mulher- franziu as sobrancelhas- Você queria tirar ela de mim o tempo todo.

- Você mesmo fez esse trabalho- tirou deu braço da mão do homem- Rafael, eu não quero confusão, então sai daqui antes que as coisas fiquem ruins.

O outro suspirou e ficou olhando para Paula por alguns segundos.

- Você vai me perdoar algum dia, né?- questionou com lágrimas nos olhos.

- Com certeza- falou séria.

- E posso ter esperança de...

- Não, Rafael. Não tem mais possibilidade de eu me relacionar com você novamente. Você quebrou minha confiança, e isso é impossível de se recuperar.

Breno olhou para a amiga e fechou a porta da casa na cara do homem que estava do outro lado.

- Para de sofrer por esse homem!- segurou o rosto dela entre as mãos e olhou em seus olhos- Ele não merece nenhuma lágrima sua.

- É que tá recente, mas eu prometo que vou superar- deu um pequeno e triste sorriso.

- Isso aí, pensamento positivo- acariciou o rosto dela com os polegares- A vida tá te preparando algo muito melhor.

- Eu não sei se sou capaz de me relacionar sério com alguém de novo.

- Quando a pessoa certa aparecer, você não vai ter nem dúvidas do que quer. Tudo que vai querer é estar com ela e ponto- não conseguia desviar o olhar daquele lindo rosto.

- Você já achou a sua pessoa certa?- ela observava os olhos dele percorrendo todo seu rosto.

O homem não falou nada, apenas olhou em seus olhos e deu um pequeno sorriso, aproximando mais seu rosto do dela e dando um demorado beijo em sua bochecha.

- Não se aproxima muito que eu to frágil e há semanas sem beijar na boca- Paula disse em um tom de voz brincalhão.

Breno deu uma risadinha e afastou o rosto a olhando novamente. Mal sabia ela que o que ele mais queria era exatamente isso.

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