21/10/** - P.O.V -Eddy

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Ouvi um barulho infernal de despertador tocar, eu apenas levantei meu braço e toquei naquela merda, não aguentava mais ouvir aquilo.
E olá, a você ai, meu nome é Eddy e eu sou um adulto de 22 anos todo atrapalhado, trabalho em uma empresa enorme, sério, é enorme mesmo. E nesse exato momento eu estou fudido por já estar atrasado.

Merda, onde botei minhas chaves! - estava procurando elas quando do nada acabo pisando em uma pilha de lençóis, quando percebo... era meu colega de quarto, o nome dele é Vinícius, ele trabalha no mesmo lugar que eu, ele é uma pessoa incrível, legal, doce... Pelo menos pra mim.

Que porra é essa?! - Chuto propositalmente o monte de lençóis quando apenas vejo a cabeça dele saindo dali. Bom dia...- ele diz se espreguiçando.
Acabou que eu, e ele nos apressamos para ir logo para o trabalho, é um pouco longe do nosso apartamento, pegamos um táxi e não nos falamos por um tempo no meio do caminho, estava com a janela aberta e olhando para as pessoas, os prédios, tudo que estava no meu campo de visão. Até que olho para o Vinícius, ele estava desenhando em um caderninho encima da sua perna, ele parecia estar concentrado. Ele é muito fofinho concentrado...

Ele notou que eu estava olhado para ele e fechou o caderninho na hora. O-Oque está fazendo... - ele falou gaguejando, estava nervoso. Eu? Vendo o quão fofo você é - falei dando um sorriso, apenas vi ele ficando envergonhado e virando o olhar, enquanto isso escutei o taxista falar algo, mais ignorei e voltei a observar a paisagem.
      Ao chegarmos, entreguei o dinheiro das duas passagens para o taxista e entramos, a nossa empresa era igual aos clássicos filmes norte-americanos, várias pessoas andando pra lá e pra cá com um monte de papelada e sempre com um telefone em seus ouvidos, meu setor é de Recursos Humanos, por mim, é um bom setor.

Bom dia Eddy - diz May, uma das  minhas melhores amigas e cliente interna da nossa empresa, uma pessoa incrível se deseja desabafar com ela.

Bom dia May. - Digo dando um sorriso e começo a andar pela empresa.

Eddy, poderia vir aqui? - Diz Samuel, um companheiro de trabalho, ele faz parte do setor administrativo. Sim? - digo indo perto dele.

Então, como vai com as metas e os prêmios para os colaboradores? - diz ele com uma Caderneta e caneta em suas mãos. Vai bem, os funcionários do setor de marketing já ultrapassaram, e os prêmios estou decidindo com o resto do pessoal.

Hmm... Mais apenas os de marketing passaram? - ele diz um pouco nervoso. Não, o financeiro também. - Digo para faze-lo se acalmar um pouco, ele dá um suspiro de alívio. Bem, já que está tudo bem... E não se esqueçam de decidir os prêmios ainda hoje. - ele diz apontando a caneta no meu rosto, logo abaixa e vai embora para a sala do chefe.

Passei de setor em setor para ver se estava tudo ocorrendo corretamente, alguns me paravam e tiravam alguma dúvida, ou questionavam alguma coisa, eu respondia e continuava andando, até eu chegar no setor de marketing e ver ele... Vinícius, estava sentado em uma mesa, com seus companheiros, eles pareciam estar tendo uma reunião. Eu fiquei parado ali na porta, o observando. Seus olhos negros olhando para as pessoas, seu jeito delicado de falar... Até que uns dois minutos depois eles se despeçam e vão continuar o que já estavam fazendo, Vinícius me nota e vem em minha direção, ele era enorme comparado a mim.

No que poderia ajuda-lo? - ele diz isso com um sorriso. Eu gostaria de saber como está indo o setor comercial. Digo olhando para os olhos dele. Ah bem... - enquanto ele fala eu me prendo ao olhos dele, estava falando de um modo muito bonito, e com sua voz meio rouca o deixava mais velho do que parecia ser.

Entendeu? - ele perguntou, eu continuava olhando para os olhos dele. Eddy? Eddy! - ele começou a passar a mão na frente dos meus olhos, ai que eu me toquei. A-ah?! Sim, sim. Parece que está tudo certo aqui... a-até mais... - eu sai de lá o mais rápido que pude, olhei para trás e percebi que ele estava me vendo ir embora... Ele é tão perfeito...

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Já estava escurecendo, eu estava na minha sala, organizando algumas coisas, quando alguém bate na porta. Pode entrar! - digo, e dou uma olhadinha pra trás é o Vinícius. A-ah... desculpa por mais cedo... - digo tentando colocar um livro encima de uma prateleira, o problema é que ela era mais alta que eu. De boa... - ele diz me observando e vendo a dificuldade que estava tendo. Gostaria de uma ajuda? - ele diz chegando mais perto. Bem... se não for um incomodo... - digo ao sentir ele chegar por trás e pegar o objeto da minha mão e colocar lá encima, me viro pra trás e dou de cara com o corpo dele, eu olho pra cima e vejo que ele me observa de uma maneira estranha, até que ele fala algo. eeh... desculpe. - ele diz se afastando de mim, eu sentia meu coração palpitar, sentia minhas bochechas queimarem e meu estômago dando um embrulho. Você está bem? - ele diz já preocupado que tenha feito alguma coisa errada.

N-não...tudo be-em. - digo dando um leve sorrisinho para ele, não acho que tenha sido convincente mais tudo bem. Todo mundo já foi? - perguntou quebrando um pouco aquele clima. Sim, eu iria te chamar para irmos. - diz ele pegando a bolsa dele. Não precisava me esperar. - digo desligando a luzes da sala e fechando a porta. Podemos ir agora - digo olhando para os olhos dele.

Saímos da empresa, tive o trabalho de desligar as luzes e fechar a porta principal, mais não foi tão chato igual as outras vezes por que ele estava lá comigo, sempre que eu paro e olho para ele eu me prendo, eu percebo quão concentrado ele fica, e é muito lindo, sinto sempre meu coração palpitar.

Eddy, você vem? - Diz ele batendo uma das mãos no banco do táxi, foi ai que percebi que tinha viajado nos meus pensamentos denovo. Estou indo! - dei uma corridinha até o carro, me sentei no banco e fechei a porta. Dessa vez o motorista ligou o radio em uma música que eu já ouvi em algum lugar. Gosta dessa música? - ele diz dando uma olhadinha pra mim. Sim, o nome dela é... - Eu sou interrompido. This is home, muito boa. - eu olho pra ele com meus olhos brilhando, ele nunca se quer cantarolou alguma música perto e mim, ele sempre é tão quietinho em casa que mal se perceberia que ele está lá, se não fosse esse tamanho entregando tudo.

Passamos o caminho todo escutando a música, senti ele encostar o corpo dele no meu ombro, apenas aproveitei o momento e encostei minha cabeça no ombro dele.
                                                                                         
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Ao chegarmos em casa, coloquei minha bolsa encima da minha cama, tomei um banho, me troquei, e fui ver o que tinha para nós dois comer, ao chegar a cozinha vi que não tinha nada na geladeira, a primeira coisa que pensei foi... "Por que não uma pizza". Fui até o sofá onde ele estava deitado e perguntei. Vinícius, irei pedir uma pizza, qual sabor você quer? - digo o olhando por cima do sofá. Hmmm... pode ser uma portuguesa, se você não gosta pode pedir uma de calabresa. - ele diz assistindo a televisão. Okay, vou pedir uma portuguesa. - digo ligando para a pizzaria.

Alguns minutos depois a pizza chega, eu abro a porta, pago o entregador, fecho, e me sento no sofá com Vinícius, ficamos um tempo assistindo televisão, estávamos comendo a pizza com a mão mesmo, até que restou o ultimo pedaço, eu o olhei e ele me olhou, nós aproximamos da pizza na mesma hora, nossos rostos ficaram perto, eu conseguia sentir a respiração dele...Com um impulso eu soltei a pizza e me joguei para trás, caindo no chão. Puff... hahaha! - ele começou a rir da minha cara, ele estava com a pizza nas mãos mais rindo, eu olhei sério pra ele, ele não parou até perceber que eu tinha abocanhado a pizza da mão dele. Ele começou a chorar por uma migalha, e eu comecei a dar risadas forçadas. Quem ri por ultimo ri melhor - digo comendo o ultimo pedaço. Ah, seu malvado - ele diz fazendo um biquinho.

Acabamos deitados ali, naquele aconchegante sofá. Eu já estava quase pegando no sono quando sinto algo me abraçar por trás, Vinícius estava dormindo abraçado a mim, ele era quentinho, eu já não estava aguentando de tanto sono. Acabei pegando o controle da televisão, desligando a mesma e dormindo ali, agarrado com ele.

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Desculpe-me os erros de português!

 

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