CAPÍTULO 4 – Irmandade
Os grunhidos dos Grawls avisaram ao veterano Jotun que o caminho estava livre para a passagem dos seus irmãos. Um a um, a companhia composta por outros três guerreiros, seguia seus passos. Confiavam na liderança do primeiro, tanto quanto o chefe e os outros tinham feito.
- Gorog pode passar. – grunhiu o batedor grawl. – Não norns pela frente.
O jotun hesitou por um momento, logo a sua frente estava o único acesso comum para os dois pontos distintos daquela região montanhosa. Do lado norte da ponte, os ninhos dos grifos e do lado sul, o declive que levava para a região nevada de Wayfarer, de onde ele e sua comitiva tinham vindo.
- Vamos pelo outro caminho. – anunciou aos seus companheiros com um sorriso malicioso no rosto. – Se norns nos seguirem, terão de dar volta maior. Vocês passem por ela e então a quebrem. Vão.
Após uns minutos grunhindo e tentando compreender a mensagem do veterano Jotun, o líder dos batedores grawl disparou saltitando pela passarela de madeira, parando na ponta do lado oposto ao da outra comitiva. Quando seu último batedor cruzou o caminho, um grito muito similar ao de um símio saiu da garganta do batedor.
Os jotuns apenas se conformaram em escalar o outro lado, ignorando o mirabolante plano que os outros tinham montado. O som característico de rochas deslizando avisou aos gigantes de pele azul que a ponte tinha sido destruída, mas o que deixava o veterano ainda mais contente era que se algum desavisado estava naquele momento no baixio dos ninhos as pedras o teriam esmagado.
O líder jotun emitiu um som misto entre uma risada e um grunhido, desaparecendo na neve e por entre as rochas que começavam a despontar na parte mais alta daquela escalada.
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- Ela é nossa aliada? Acho que ainda não entendi!
Ygvra usava o melhor de seus reflexos para lidar com os três batedores grawls que a rodeavam, as criaturas eram rápidas, e igualmente previsíveis, pensou, ao continuar naquela dança entre esquivas e ataques sutis com as adagas. Um salto para trás, um giro sobre o solo, um chute, dois passos para o lado e assim sucessivamente.
Do outro lado, uma irritada elementalista atirava saraivadas de raios e rajadas de ar violentamente contra o que parecia um xamã Jotun ou algo próximo disso, pois a geada e o gelo estavam em favor do inimigo. Entre gritos e ofensas da norn para o gigante, uma espada cortou o ar em sua direção.
- Cuidado!
- Eu vi! – Dhala esquivara por pouco mais preocupada com a magia do seu próprio alvo do que com a espada de pedra e gelo que lhe fora atirada, uma magia de proteção rebateria facilmente o projétil. Desde quando jotuns usam magia dessa forma? Sua mente mesmo na batalha lhe inundava com dúvidas, agora não mais de suas habilidades, mas desafiando-a em buscar o pouco conhecimento de história que detinha.
Terminado o rolamento, a magista espalmou a mão jogando uma lufada de ar tão forte que se chocou contra os dois guerreiros mais próximos tal qual uma parede de concreto, atropelando e empurrando os inimigos para trás. O guincho estridente de Fincabico cortou o ar, anunciando o retorno da matriarca com o que agora era um corpo estraçalhado do que outrora fora outro guerreiro jotun.
O corpo que ainda sangrava foi jogado como uma presa qualquer no chão, não muito longe do xamã que grunhiu algum tipo de obscenidade em sua língua ancestral, ao menos era isso que a elementalista pensara se tratar.
Dhala procurou a figura de Ygvra, que orgulhosamente abatera seu primeiro perseguidor, mas ainda lidava com outros dois. Tanto tempo esquivando e procurando brechas entre os corpos quase totalmente cobertos por pelos grossos, já estava transformando seu semblante energético em um rosto cansado.
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Valkyrs - Damas da Guerra
FanficOs Norns, o povo das Montanhas Shiverpeaks, acreditam que sua sobrevivência se deve ao sacrifício que os Grandes Espíritos do Mangusto, Boi e Coruja, fizeram no passado ao lutarem contra a serpente de gelo, Jormag, para que pudessem escapar. Histór...