Capítulo 3 - Vida nova

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Capítulo 3 - Vida Nova

Após todos os ocorridos, Maxwell após muita espera no centro adotivo foi adotado por uma senhora de 80 anos chamada Meredith, que o tratou como um filho e cuidou dele por alguns anos. Após alguns anos cuidando de si mesma e de Maxwell como um filho, Meredith faleceu de doenças respiratórias, mas deixou uma herança, contendo seus bens financeiros e sua casa com Maxwell, que agora já tem 23 anos.

Há pouco tempo, Maxwell começou a trabalhar em um depósito de bebidas especiais como cultivador de uma fruta exótica chamada "Tagzol", que é extremamente rara e que é muito encontrada na Austrália, mas que também é muito vendida e cultivada no depósito em que Maxwell começou à trabalhar.
Após o expediente, Maxwell começa a conversar com alguns funcionários do local, mas uma das funcionárias lhe chamou atenção: Elizabeth Mary, uma jovem de 22 anos, loira e baixinha. Max gostou de sua aparência e carisma, já que ela é uma mulher gentil com todos. Pra não ter que ficar isolado na mesma área de trabalho, ele decidiu falar com ela para a conhecer melhor.
- Olá, tudo bem?
- Tudo sim, e com você?
- Também. Qual seu nome moça?
- Elizabeth, e o seu?
- Maxwell. Bom te conhecer.
- O prazer é meu Max. O que você faz aqui no depósito?
- Cultivo Tagzol. E você?
- Na maior parte do tempo extraio o líquido da frutinha. É cansativo já que tem várias dessas, mas eu já acabei por hoje mesmo, então temos mais tempo pra conversar.
- Como as plantinhas demoram 2 semanas pra crescer, não vou trabalhar amanhã. Se quiser, amanhã mesmo nós podemos ir em uma cafeteria para se conhecer melhor. O que você acha? -Diz Maxwell, com um estranho charme.
- Por mim tudo bem, combinado. -Responde Elizabeth, com um sorriso no rosto e uma certa timidez.

No dia seguinte eles foram se encontrar em uma cafeteria localizada perto do centro da cidade. Chegando lá, conversam sobre vários assuntos, até que Max decidiu que queria beber um pouco. A jovem concordou e eles foram até um barzinho, que ficava do outro lado da rua. Lá conversaram tranquilamente, até que um homem gordo e já bêbado quis arranjar confusão com Maxwell.
- Qual é babaca, sai do meu banco.
- Você nem estava sentado aqui cara. - Responde Maxwell, em um tom calmo, olhando para aquele bêbado.
- Não tô nem aí, sai antes que eu arrebente essa sua cara de metido.
- Olha o que tu diz.
- Então sai do meu banco!
- Tenta me tirar.
- Agora cansei.
O homem tenta acertar um soco em Max, que segura a mão e começa a apertar como se estivesse amassando uma folha de papel.
- Vai querer continuar com isso?
- Argh! Que dor! Solta minha mão!
- Vai continuar a mexer com os outros?
- Não! Me solta, tá doendo cara!
- Acho que ele se arrependeu, solta ele Max.
Max solta a mão do homem que imediatamente sai correndo do bar em tropeços. O mesmo homem grita no meio da rua: -Aquele homem é um demônio! Ninguém é tão forte assim!
Logo após, Elizabeth comenta sobre o caso.
- Meu Deus, como tem gente maluca nessa cidade! Esses bêbados não deixam mais ninguém em paz.
- Realmente... mas deixa isso pra lá. Me diz aí, o que você mais admira? -Pergunta Maxwell, enquanto bebe cerveja.
- Uma coisa que amo muito são os super heróis. Eles me fascinam... A idéia de alguém que tem o poder de mudar o mundo e destruir ao mesmo tempo é fascinante, infelizmente nosso mundo é normal demais, não existe nenhum super-homem voando por aí.
- É verdade.. mas me diz, o que você faria se soubesse que existe super-herói voando por aí e salvando as pessoas pelo mundo?
- Eu procuraria um psicólogo.
Ambos riem. Após um tempo de conversa, Maxwell paga a conta do bar e acompanha Elizabeth até o caminho de casa.
No caminho eles conversam ainda mais.
- Mas e então Elizabeth, sempre foi seu plano trabalhar extraindo o líquido de plantinhas exóticas australianas?
Elizabeth ri e logo começa a falar:
- Sinceramente? Não, originalmente meu plano era ser algo como advogada ou talvez secretária.
- Acho que você seria uma boa advogada, pelo que vi você é boa em conversar e convencer as pessoas.
- Você acha? -Elizabeth ri em um tom baixo, mostrando estar um pouco tímida.
- Acho sim Elizabeth, digo, você me convenceu a não bater naquele sujeito no bar, se tem uma demonstração melhor que essa, desconheço. - Maxwell ri.
- Ora essa seu bobo, mas pensando bem, aquele cara merecia apanhar só um pouquinho.
Ambos riem. Eles chegam na casa de Elizabeth, Maxwell consegue pedir o número de celular dela. Eles se abraçam e Maxwell volta para casa.

- Ela gosta de heróis.. Eu poderia me tornar um. Eu gostaria de ver o que aconteceria, eu realmente gostaria. Sabe? Ao menos por um dia, salvar as pessoas. Eu nunca compreendi esses poderes.. Não sei de onde vieram, mas imagino que seja uma dádiva, eu posso destruir todos que eu quiser apenas com um dedo se eu quiser. Bom.. como vou usar esses poderes? Acho que isso depende exclusivamente do meu estado emocional. Se eu estiver bem, é tudo o que importa.
-Maxwell fala sozinho enquanto olha seu reflexo no espelho, após isso ele senta na cadeira de seu quarto e começa a desenhar. Ele pensa em trajes heróicos e coisas do tipo. Ele realmente está pensando em se tornar uma espécie de herói.
Após algum tempo desenhando e escrevendo ele concluiu seu "Rascunho".
- É isso! Não restam dúvidas. Em breve, o mundo conhecerá seu primeiro herói e ele se chamará.. Hope (Esperança)!

Fim do capítulo 3.

Ureel, O DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora